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“ Eu lembro quando eu perdi minha cabeça
Havia algo tão agradável naquele lugar
Até mesmo suas emoções tinham um eco
Gnarls Barkley - Crazy ”

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Enquanto Martinne soluçava de dor, com lágrimas escorrendo por seu rosto, e todos ao redor pareciam desorientados, sem saber o que fazer para ajudá-la em Normandy Island. Após o fim da ligação Scarlet que cuidava dos irmãos de sua melhor amiga em Sultern saiu em disparada em direção ao quarto, e os dois garotos correram atrás dela, ainda envoltos em toalhas.

― Vistam suas roupas, meninos. ― disse ela assim que os viu na toalha.

― E o banho? ― perguntou Erick.

― Fica para depois. ― respondeu, antes de se apressar de volta para a cozinha, em busca de seu celular.

― O que está acontecendo? ― Jacob apareceu na porta, já vestido, e logo o irmão mais novo surgiu logo atrás.

― Tenham calma, garotos. ― ela pressionou o celular contra a orelha. ― Alô? Jefferson?

― Tudo bem, senhorita? ― respondeu uma voz do outro lado.

― Jefferson, preciso que você venha me buscar aqui nos trailers. Rápido, é uma emergência.

― Eu até iria... mas o carro está indo para a lavagem.

Scarlet colocou a mão na cintura. ― Jefferson, por favor, você sabe que se não fosse importante, eu não estaria pedindo.

Ela ouviu o homem bufar. ― Certo, estarei aí em breve.

A loira pegou sua bolsa e os pertences dos meninos. Ela trancou a porta e se virou para os garotos.

― Tudo bem, vocês vão ficar na minha casa por um tempo. Logo estarei de volta. ― Ela segurou Erick pelo braço, e Jacob seguiu ao lado deles.

― E a nossa irmã? Onde está ela? ― perguntou o menino loirinho, ajustando os óculos enquanto olhava intensamente para Scarlet.

― Estou indo buscá-la. ― respondeu.

Ela atravessou a ponte a passos largos e logo avistou o Range Rover preto se aproximando. Ela abriu a porta traseira para os meninos entrarem e, em seguida, se sentou na frente.

― Para casa, Jefferson. ― ordenou ela sem olhar para o motorista, concentrada em digitar algo em seu celular.

Durante o percurso curto, a menina começou a balançar as pernas e a esfregar a testa, claramente nervosa. Martinne estava visivelmente mal, e toda vez que Scarlet pensava nisso, seu coração se apertava de angústia.

Quando o veículo se aproximou da casa dos Collins, a menina saiu e abriu a porta para que os meninos pudessem sair. Ela correu em direção à porta da frente, digitou sua senha e deixou-a aberta para que os meninos entrassem. Sua irmã estava sentada em um canto lendo.

― Onde está o papai? ― perguntou à irmã, que apontou para o escritório. Provavelmente seus pais estavam em uma reunião, mas isso não importava no momento. ― Fiquem aqui. ― ela se aproximou rapidamente do escritório e abriu as portas com pressa, surpreendendo a todos na sala com sua súbita aparição.

Os olhares surpresos e confusos se fixaram em Scarlet, enquanto ela, com determinação, encarava os presentes na sala. Seus pais, juntamente com alguns membros da equipe do governo, pareciam perplexos com sua repentina entrada.

A mulher loira se levantou com uma expressão de indignação, batendo as mãos na mesa enquanto encarava a filha com fúria nos olhos.

― O que você pensa que está fazendo, Scarlet? ― perguntou ela com uma voz firme, claramente irritada com a interrupção repentina.

Vermelho: a cor do sangueOnde histórias criam vida. Descubra agora