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“Porque ele não está voltando para casa hoje à noite
E acabei de tomar minha última pílula
Preciso de algo para anestesiar essa dor      911 - Ellise

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Emmry atravessou o corredor a toda velocidade, quando avistou Noah saindo do banheiro. Sem hesitar, ela empurrou Noah contra a parede, prendendo-a. A expressão de surpresa e medo tomou conta do rosto de Noah.

― Me solta, Emmry! ― Noah esbravejou, tentando se soltar.

― Cadê Melanie? ― Emmry exigiu, seu olhar feroz e determinado.

Noah tentou se desvencilhar, mas a força e a determinação de Emmry a mantiveram presa contra a parede. Ela hesitou por um momento, os olhos arregalados de medo e surpresa.

― Eu não sei do que você está falando. ― Noah respondeu, sua voz tremendo levemente.

― Não minta para mim. ― Emmry pressionou ainda mais, aproximando o rosto do dela. ― Eu sei que você e suas irmãs fizeram algo com Melanie. Onde ela está?

Noah olhou para os lados, como se procurasse uma maneira de escapar, mas a intensidade no olhar de Emmry a fez perceber que não tinha outra opção a não ser falar a verdade.

― Elas a levaram para o porão.― Noah admitiu, sua voz trêmula.

Sem perder tempo, Emmry soltou a menina e correu em direção ao ginásio.

Quando chegou no porão, Emmry parou abruptamente, seus olhos se arregalando ao ver a cena diante dela. Melan estava deitada no chão, imóvel, com sangue escorrendo.

― Melanie! ― Emmry gritou, correndo para o lado da amiga. Ela se ajoelhou ao lado da menina, suas mãos trêmulas enquanto verificava se ela ainda estava respirando. Felizmente, Martinne ainda respirava, mas estava inconsciente e machucada.

― Emmry ― Martinne abriu os olhos devagar.

― Não faça esforço ― Emmry disse desesperada, tirando o celular do bolso.

― O que você está fazendo? ― Martinne perguntou, tossindo.

― Estou chamando uma ambulância ― respondeu Emmry, tentando manter a calma. ― Você precisa de ajuda médica.

Martinne tentou se levantar, mas a dor intensa a fez desistir.

― Larga esse celular ― disse Martinne, retirando o celular das mãos de Emmry.

― Eu vou ligar para a emergência, Melanie.

― Não vai não. Me ajuda a levantar.

Emmry olhou para Martinne com preocupação, mas viu a determinação nos olhos da amiga. Relutante, ela guardou o celular e ajudou Martinne a se levantar, sendo o mais cuidadosa possível.

― Tudo bem, mas se você se sentir mal, vamos direto para o hospital. ― disse Emmry, passando o braço de Martinne sobre seus ombros para apoiá-la.

Martinne fez uma careta de dor, mas conseguiu se manter em pé com a ajuda de Emmry. Elas começaram a caminhar lentamente, afastando-se das arquibancadas.

Vermelho: a cor do sangueOnde histórias criam vida. Descubra agora