IMPOSSÍVEL

Estranha

Karen

É, acho que eu tenho muita coisa para explicar, ainda mais depois do que aconteceu a alguns minutinhos atrás, mas antes de tudo queria deixar bem claro que sempre amei o Téo, desde quando ainda tinha uma certa amizade com o pessoal do lado vila, muitas coisas aconteceram na minha vida, desde que meu pai, a pessoa mais importante pra mim morreu, eu mudei drasticamente, o meu mundo havia perdido a cor, por onde eu olhava eu via pequenos flash dele, era como se cada lugar me remetesse a uma memória antiga, acabei me fechando, afastei aquelas que eram as mais próximas a mim, afastei a minha mãe, afastei a Ellen e principalmente aquela que eu sempre admirei, a Lívia, eu não queria ter sentimento de afeto por elas e sofrer novamente no futuro, porém, ainda existia uma pequena coisa que me confortava, um menino com um jeito bruto e marrento, sim, esse menino era o Téo, eu sempre o observava de longe, mas mesmo de tal distância, eu sentia extremamente feliz ao vê-lo, mas a vida nunca vai ser justa com todo mundo, já que depois que ele e a Lívia viraram amigos, ela começou a namorar com ele, e a partir daquele dia em que vi os dois juntos, eu comecei a nutrir ódio pelo pessoal do lado vila, eu queria que eles se ferrassem em tudo, foi então que conheci os meninos do lado torre, e em uma tentativa de querer irritar ao lado vila, acabei me tornando amiga deles, mas enfim, esse é só um contexto rápido, a alguns dias atrás, eu percebi que o Téo e a Lívia estavam brigando demais, e isso acabou me deixando contente, pq sim, mesmo depois se tudo, eu ainda gostava daquele garoto, e conforme foi passando os dias, eu tentei me aproximar, e em um momento de fraqueza, eu e ele acabamos nos envolvendo, começou com algumas conversas básicas, depois alguns encontrinhos as escondidas, e por fim até o nosso primeiro beijo no CEC, que além de ter sido muito arriscado, foi o meu primeiro beijo, ou seja, um beijo diria eu que especial, depois disso aquilo se tornou viciante, começamos a nos conhecer melhor, e então, resultou nisso, ficamos nas escondidas, mesmo com ele namorando a Lívia e eu tendo que fingir que odeio ele.

Rosalina-A, olha só quem resolveu aparecer............

Dizia ela perto da árvore que separa o lado vila do torre.

Karen-Que é, vai encher o saco agora é?

Rosalina-Uhhh, vejo que gata está arisca hoje.....

Dizia ela dando uma risadinha no final.

Karen-Não é isso tá legal, é só o meu jeito.

Rosalina-Eu sei, até pq se não soubesse eu nem estaria te provocando hahahaha......afinal, você é um furacão ambulante.......

Karen-OIII???

Rosalina-Calma, calma, é que ninguém sabe como você vai estar, tem horas que você até chega a rir com a gente, e também tem outras que você só sabe dar patada, então, nada mais justo, é um furacão ambulante.

Karen-Olha, para o seu governo, eu não sou animal para dar patada, e também não estou obrigando ninguém a gostar de mim.

Ela apenas suspirou e colocou a mão em meu ombro.

Rosalina-Ou coicera, eu sei tá legal, por mais que você seja assim, eu, Alex, Romeu e o Nando gostamos muito de você tá legal.

Karen-Tá....tá.....

Dizia eu sem dar muita importância, me despeço dela e vou em direção a minha casa, confesso que é muito ruim morar aqui no lado vila, assim que entro vejo minha mãe sentada na sala.

Telma-Boa tarde dona Karen, posso saber aonde a moçinha estava?

Karen-Com meus amigos..........

Telma-Aham, sei.........

Quando eu iria responder, escuto passos pesados vindo da escada, era a doida da Lívia.

Lívia-Mãe, vamos assistir alguma coisa?