001.

225 32 13
                                    

— Maldita hora que eu aterrei, puta merda, me deram um boa noite Cinderela sem colocarem sequer a droga no meu copo. — A voz de Do Hanse foi ouvida assim que entrou dentro do apartamento de Beatriz Wong.

— Sabia que você tinha ido. — San diz.

— Cadê a pestinha?

— No banheiro. Na verdade acho que ela deve ter caído pela sanita abaixo.

— Wong! Você está jogando Hay Day de novo enquanto caga? — Hanse falou num tom alto, se dirigindo até à porta do banheiro, ouvindo a resposta da garota e em seguida ela saindo.

— Falar com o San ou não é a mesma coisa. Eu falei que ia escovar os dentes!

— Você esteve até agora sem escovar os dentes? Credo, Wong!

— Culpe seu namorado. Agora outra coisa... Como assim você estava na festa do Seonghwa?

— Eu fui convidado, então eu fui. O San não quis ir. Você sabe bem, ele não gosta de ir a festas. Ainda mais do Seonghwa.

— Eu não te vi lá.

— Pera... Mas você não foi convidada.

— Entrei à socapa.

— Bem me parecia. Ele não te convidou por motivos óbvios.

— Foda-se, eu entrei na mesma.

— O San já te deu bronca ou nem por isso?

— Nem te falo nada. — Caminhando até seu quarto, vestiu uma roupa mais apresentável caso tivesse que sair de novo para alguma coisa ou mesmo mais alguma visita inesperada, deixando o Do à espera, saindo do cómodo minutos depois.

— Osh, você está marcada. — Hanse apontou, afastando o longo cabelo da garota, revelando um belo chupão em seu pescoço, algo que ela sequer notou, indo rapidamente até seu espelho.

— Puta que pariu. Como que o San não me disse nada?

— Então parece que andou comendo alguém nessa festa.

— É...

— Quem foi o azarado? — O punho da mais velha se cerrou, dirigido ao Kim.

— Não te interessa agora.

— Oh. Anda lá, Wong. Conta para o seu Hanse quem é o azarado.

— Azarada sou eu por te ter infernizando a minha vida.

— Você não vive sem mim, imbecil. — Ela apenas fez uma careta, tapando o chupão com seu cabelo, igual estava antes.

— De qualquer forma, você não deve conhecer.

— A única penetra era você, conhecia todos e estavam todos convidados.

— Você pode fazer uma lista? — Ela disse, completamente alterada e ainda pegando nos braços do Do e o balançando, implorando para aquilo ser feito.

— A sua sorte é que o Seonghwa passou para mim a lista. Ele me pediu opiniões. Nem sei porque, ele é um vagabundo, mas enfim, me convidou, vamos considerar milagre.

— Ele é meu amigo, não o xingue.

— Amigos não se beijam e muito menos fodem o psicológico de um gay romântico. Playboy do caralho. Até me admiro ele não te ter levado para a cama de tão obcecado que andava por te comer.

— O boquete que ele fala que eu fiz, eu nunca fiz, mas deixei ele prosseguir com essa mentira porque para mim pouco me importa. Eu sou virgem, pelo amor de Deus, me deixem continuar sendo virgem.

— E acho muito bem. Continue assim, purinha, sendo meu nenê. Mas eu acreditei do boquete.

— Mas é mentira. Eu nunca pegaria o Seonghwa. Eu sei que você gostava dele, mas admita, você está bem melhor com o San.

— Óbvio, esse é todo bobo por mim. Faz o que o Seonghwa nunca faria por só querer andar de boca em boca. Jesus, como eu fui me apaixonar por uma coisa daquelas. — Wong comprimiu os lábios, rindo fraco apenas porque o Do também se riu. — Mas continue pura, Wong. Leve minha dica para a vida. Não faça nada com pressa. O momento há de chegar. Ainda mais, só existe uma primeira vez. Se perder a virgindade com um qualquer não tem mais volta depois. — A mais velha ficou um tanto paralisada. Hanse a mataria se descobrisse que ela fez exatamente isso, e com certeza a desilusão viria e isso era o que ela menos queria.

Respirou fundo, caminhando de volta para a sala e disfarçando, pedindo a San em palavras mudas que se calasse sobre o assunto, pois ele era o único que sabia sobre tudo o que tinha acontecido, e sabia melhor do que ninguém que o namorado mataria a garota, e com certeza a desilusão seria enorme.

[...]

— Ih, você se divertiu mesmo. E mais disse que não ia fazer nada. — Seonghwa comentou para o amigo, que possuía uma regata branca larga, mostrando seus chupões no pescoço e arranhões nas costas que estavam um pouco expostas, além das marquinhas que se encontravam em sua cintura, que mesmo estando tatuada, os espacinhos num tom avermelhado dava para entender que ali também foi alvo das mãos de alguém.

— Tirei virgindade a uma garotinha. Não sabia que a tinha convidado. 

— Quem? Não to a ver quem que eu convidei e ainda era virgem. A menos que tenha me mentido algures na vida ou eu que acabei interpretando de tal forma.

— A melhor amiga do San. Esqueci-me do primeiro nome dela por ser meio difícil de pronunciar. Mas aquela amiga gata dele.

— A Wong? Beatriz Wong? Eu não a convidei. — Seonghwa pegou seu celular, procurando o nome da garota, que obviamente não se encontrava. — Ela não estava na lista, Wooyoung.

— Essa mesmo. Eu fodi com ela.

— Impossível.

— Caralho, não acredita em mim? Olha meu estado. Ela tem as unhas enormes, me deixou bem marcado, e olha que eu sou bem tatuado.

— Eu preciso saber como que ela entrou, se realmente foi verdade.

— Eu ia trocar as garotas?

— Não seria a primeira vez. — O Jung revirou os olhos. — Pera... Mas vocês nunca se tinham visto pessoalmente.

— É, eu só a conhecia por ser amiga do San. Nunca a tinha visto pessoalmente. Até demorei para entender que era ela.

— Puta merda. — Seonghwa leva as mãos aos seus cabelos. — Eu não convidei ela porque convidei o Hanse. Mas que top, ele namora e eu não fazia ideia. E pior, o namorado dele foi o único que não veio dos convidados, deve ter sido por isso que eu não notei a presença da Wong. Mas foda-se, tinha que ser logo pelo que nunca vai a uma festa? Porra, mais uma vez ele não veio.

— Se o San não queria ir nem à festa surpresa que lhe organizaram, imagina do ex-crush do namorado. Mas, mudando de assunto. Tem o número da gatinha?

— Tenho.

— Pode me passar?

— Vou pensar no seu caso. Você tirou a virgindade dela. E se ela contou ao San... Você é um homem morto.

Virgem só de signo | jung wooyoungOnde histórias criam vida. Descubra agora