007.

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No dia seguinte, Wooyoung se encontrava em casa da sino-portuguesa após ela mandar a localização, não demorando quase nadinha para estar ali na frente, com Seonghwa lhe fuzilando dentro do seu carro esperando que ele entrasse.

— Pode ir embora.

— Vai que ela te enganou. Vai que ela nem mora mais aqui. — Wooyoung apenas revirou os olhos antes de olhar o melhor amigo, virando-se então somente quando foi para responder.

— Ou pode estar dormindo só. Sei lá, pode ter adormecido. Você só está esperando aí porque quer. — Seonghwa apenas revirou os olhos, esperando. No mesmo segundo, a porta se abre e se revela uma Beatriz Wong completamente animada, nem parecendo que eram exatas nove e meia da manhã.

— Bom dia. E eu não estava dormindo, estava arrumando meu quarto. Se eu estivesse dormindo você não tinha a localização da minha casa.

— O Seonghwa que não tinha certeza se você morava no mesmo lugar.

— O Seonghwa é sempre o culpado. — Ele diz dentro do carro, recebendo um aceno da garota e ainda um belo "talarico favorito" saindo da boca dela. — Não tive saudades de te ver. Tchau. — E então, ele deu partida para fora dali, deixando os dois jovens completamente sozinhos.

Wong puxou o Jung para dentro da sua casa, completamente animada, apresentando-lhe rapidamente sua casa, e por fim lhe apresentou o quarto, onde já estava arrumado depois de uma bela bagunca no dia anterior para conseguir encontrar o carregador do seu computador — que foi descobrir dentro do seu roupeiro. Sabe-se lá como entrou ali, mas que estava ali dentro, estava.

— Você nem imagina o quanto bagunçado isto estava. Tudo por causa deste carregador. — Ela disse, pegando o carregador, colocando-o perto do computador. Wooyoung riu fraco, sentando-se na cama dela, aproximando-se dela assim que subiu também, roubando-lhe um beijo. Foi somente um selinho, mas por ser um pouquinho demorado, fez com que Wong sorrisse completamente boba, corando.

— Eu precisava fazer isto. — Wooyoung diz, vendo o sorriso com covinhas da sino-portuguesa aparecer vezes sem conta. Isso o fez sorrir, sentindo borboletas na barriga que não pensou sentir, ainda mais porque eles ficaram apenas uma vez, querendo combinar novamente. Mas que estava sentindo borboletas em sua barriga ele estava, e até se espantava que ela estivesse daquele jeito depois de tudo o que aconteveu com eles quando eram mais novos. Wooyoung tinha errado, mas muito mesmo. Para uma criança, aquilo foi o pior de tudo que o Jung podia ter feito, e se espanta por ela não falar disso.

Será que ela realmente não o reconhecia? Wooyoung tinha mudado, mas não dava para esconder que ele tinha um irmão gémeo. Não dava. Seu irmão gémeo poderia estar a trabalhar fora do país, mas isso não impedia de reconhecer o gémeo, pois eles eram gémeos idênticos — por mais que o Jung só veja defeitos no rosto do irmão e lhe chamando cópia barata sempre que conseguem se encontrar. Jung Wooseok se matava trabalhando no exterior, mas ainda assim, ajudava a família, pois Wooyoung estava desempregado, não conseguido de jeito nenhum um emprego fixo que não o tirem por conta de não ser bonito ou algo do tipo. O irmão obviamente odiava isso, pois sabia que muita gente ainda ligava para isso, mas o irmão não queria viajar com ele, sendo completamente apegado à mãe, ajudando no que pode, dependendo mais do que tudo do melhor amigo e mesada do irmão por existência do outro mesmo, mesmo não querendo.

Seonghwa era rico, não lhe custava ajudar o Jung, mas Wooyoung se sentia mal pois foi desde que conheceu o Park, se vê mais desleixado. Até mesmo se culpa pelo seu irmão ter pago sua faculdade e ele não ter feito nada para agradecer, assim como para Seonghwa.

— Você vive com seus pais?

— Meu pai se mudou para Macau com a nova mulher dele e eu fiquei aqui porque tivemos certas brigas. Não gosto muito de falar disso. Ele paga a minha faculdade na mesma, mas assim que eu terminar, tenho que me desenrascar sozinha e eu odeio depender dos outros. Até mesmo dele. Mas as brigas não foi por causa disso.

— Compreendo. Eu detesto depender dos outros também. Terminei a faculdade que foi paga pelo meu irmão, mas agora estou desempregado porque ainda ligam muito para a beleza.

— Eu sei. Vivo aqui desde pequena, mesmo possuindo as nacionalidades a que tenho direito.

— E você faz bem. Mas deve ser difícil ser sino-portuguesa na Coreia do Sul.

— Perguntam-me muita vez se eu conheço o CR7 pessoalmente.

— Por acaso, essa pergunta sempre esteve na minha mente. — Ele disse, rindo fraco, olhando para ela que não o encarava por jeito nenhum, estando mais concentrada no computador. — Conhece?

— Tenho uma foto com ele. E o San costuma me levar aos jogos que a equipa dele faz por aí. Sinto-me mal porque eu aproveito para ir a todo lugar e mais algum com o meu amigo rico? Sim, mas ele que faz por isso também. Me mata se eu não for.

— Eu compreendo demais. O Seonghwa é podre de rico. Herdeiro de uma herança tão grande que se eu tivesse isso tudo, com certeza já tinha comprado muita coisa que preciso. Sobretudo já tinha carta e carro.

— Eu queria ter os problemas dos ricos. De verdade. Porque que problemas eles têm? Eles são ricos. Pobre que se fode, isso sim. Mas enfim, eu sou a menininha do San. Até me impressiono dele me mimar ainda mais do que ao Hanse, que é namorado dele.

— Ele te conhece desde pequena, não é? É que o Seonghwa diz que sim.

— Sim. E ele sabe de tudo o que aconteceu desde aí para cá. Mas isso não vem ao acaso pois não tem só a ver com o meu pai. E também, porque iria querer ouvir falar sobre a minha vida? Com certeza não quer me ouvir falar disso.

— Neah, eu passaria bem te ouvindo. Só pedia que me perdoasse por só olhar sua boca. Tanto que estou fazendo isso. — E com isso dito, Wong o olhou, mas logo voltou a olhar para a tela do computador. O rubor vermelho das bochechas se fez presente novamente. — Você é fofa. Nem parece que pulou em cima de mim depois que eu te desvirginei. 

— Ai, para! Agora está me deixando com vergonha. — Levando uma das suas mãos ao rosto, mostrou a tela do computador ao Jung e lhe mostrou tudo o que tinha que fazer. — Eu te dou uma recompensa se conseguir me ajudar. 

— Bem que poderíamos dormir juntos de novo, mas acredito que o San deve vir para sua casa. 

— Caso conseguirmos ir ao shopping mesmo, por favor, não fale que transamos. O Hanse me come viva se descobre. Só o San sabe que eu cometi a loucura de perder a virgindade assim, numa festa.

— Relaxe. Graças a Deus foi comigo. Você comigo não precisa se preocupar.

— Preciso sim. Essa sua boca está me chamando muito e eu tenho isto para fazer. 

Virgem só de signo | jung wooyoungOnde histórias criam vida. Descubra agora