Amor de todas as vidas

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Oi gente, chegamos ao nosso último capítulo. 🥲
Queria muito agradecer aos que me abraçaram e me acompanharam nessa. Essa foi a minha primeira fanfic e ter recebido tantos bons retornos foi um carinho no coração. Vi algumas pessoas me pedirem pra escrever outra, me digam, o que vocês gostariam de ler?
Muito obrigada e um talvez até breve.
Boa leitura, beijo.

{Agosto de 2045}

POV LEONARDO:

- Com licença, Seu Leonardo. -- O responsável pela estrutura que estão montando na área da piscina abre a porta do meu quarto. -- Não encontrei suas mães, devo deixar a máquina de fumaça a disposição de vocês?

- Ah Carlos, já pedi pra parar com essa história de "Seu Leonardo", só Léo já tá ótimo. -- Peço mais uma vez. -- Pior é que eu não tenho nem ideia se vai precisar de máquina de fumaça, mas minha mãe diria que é melhor ficar aí e não usar, que querer usar e não ter... deixa aí montado.

- Certo então. -- Sai fechando a porta.

Estou dando os últimos retoques na surpresa que preparei para os 20 anos de casadas das minhas mães.
Eu estou de malas prontas para começar minha volta ao mundo, falo disso desde os meus 15 anos, minha mãe Luiza sempre deu o maior apoio, diz que é um prazer pra ela poder me proporcionar essa experiência, já a minha mãe Valentina... bom, ela está dando o melhor de si para não surtar com a ideia de me ter longe.
Eu disse desde o começo que não queria festa de despedida, mas elas inventaram que fariam uma festa de casamento para comemorar suas bodas de porcelana. Eu sei muito bem que essa conversa de bodas é só uma desculpa para não me deixar ir sem a tal festa de despedida, mas me empenhei em preparar uma surpresa com meus irmãos para elas, espero que dê tudo certo.

- Carinha? -- Escuto minha mommy chamar do lado de fora do quarto.

- Aqui no quarto, Amô. -- Grito já sorrindo, ela vai reclamar.

- Que conversa é essa de "Amô", Leonardo? -- Abre a porta de uma vez. -- Você sabe muito bem que não gosto que me chame assim.

- Mas esse não é seu nome não? -- Me faço de bobo enquanto ela me encara com as mãos na cintura.

- O que você tá fazendo? Cadê todo mundo dessa casa? -- Olha pra fora do quarto como se procurasse por eles. -- Decidiram todos me abandonar igual você?

Reviro os olhos para seu drama, coloco a guitarra apoiada na cama e vou até ela com os braços abertos.
Eu acabei ficando bem mais alto que as duas, então sempre que as abraço acabo escondendo seus rostos em meu peito.

- A mãe levou o Gab pra cortar o cabelo e depois vão tomar sorvete. -- Beijo sua cabeça.

- Você não toma mais sorvete não? -- Ela não perde a oportunidade de fazer drama com o fato de eu estar crescendo.

- Você sabe que eu tomo, mas estou preparando uma coisa pra vocês. Precisava de um pouco de silêncio.

- Preparando o que? -- Sai do abraço e se senta na cama apoiando sua velha guitarra na perna.

- É surpresa, ué.

Ela toca a música que cantava pra me fazer dormir.

- "Pode se achegar
Já era hora, tome teu lugar
O que eu mais quero é tua companhia
Agora sei o que antes não sabia
O bom da vida é dividir o dia
E degustar a dor e a alegria..." -- Canta baixo.

Me olha com os olhos em lágrimas, não quero vê-la chorando de novo. Desde que ficou decidido que eu ia mesmo, ela não pode me ver fazendo nada que chora como se estivesse se despedindo de mim pra nunca mais me ver.
Me sento ao seu lado e peço a guitarra e ela me entrega. Eu posso continuar o momento fofo ou dar um de Mini Valentina e levantar o astral do momento.

Se o Mundo Estivesse Acabando...Onde histórias criam vida. Descubra agora