Capítulo 4

33 3 0
                                    


Depois de algum tempo conversando e satisfeitos, Christopher e Dulce sairam da lanchonete.

Christopher: Minha mãe já está vindo me buscar.

Dulce: Hum... A minha tambem deve estar a caminho.

Christopher: Porque não dirige? Vai dizer que ainda não tem idade para dirigir?

Dulce riu.

Dulce: Eu já tenho dezessete, ok. Tambem já tenho carteira. Só me falta um carro.

Christopher: E porque não tem um?

Dulce: Meus pais só vão me dar um quando eu tiver dezoito. Até lá, minha mãe vai ter que me buscar na escola.

Christopher: Hum... Eu tinha um carro antes do acidente. Nunca mais pude dirigir ele.

Dulce: E você tem quantos anos mesmo?

Christopher: Dezenove.

Dulce: Hum...

Christopher: Que foi?

Dulce: Nada.

Nesse momento um carro grande parou em frente à eles.

Christopher: Já vou. Quer carona?

Dulce: Não precisa, minha mãe já deve estar chegando.

Christopher: Tem certeza?

Dulce: Sim. Pode ficar tranquilo.

Christopher: Ok. Nos vemos amanhã na escola.

Dulce: Até amanhã.

Se abaixou e beijou a bochecha dele.

Dulce: Foi bom te conhecer.

Christopher: Tambem foi muito bom te conhecer.

Christopher foi para perto do carro e abriu a porta. Havia uma pequena rampa e um enorme espaço entre o banco de trás e os bancos da frente.Christopher rodou as rodas da cadeira e subiu por essa rampa, mas teve um pouco de dificuldade e Dulce foi ajudá-lo.

Christopher: Obrigado.

Dulce: Por nada.

Christopher sorriu para ela e Dulce fez o mesmo. Em seguida ela fechou a porta e a mãe de Christopher saiu com o carro. Dulce ficou parada ali, esperando sua mãe, que uns três minutos depois chegou. Ela entrou no carro calada e sua mãe estranhou aquilo.

Blanca: Aconteceu algo, filha?

Dulce: Conheci um garoto hoje.

Blanca: Isso é comum no primeiro dia de aula, não é? A não ser que goste dele.

Dulce: Não é isso mãe, ele é deficiente.

Blanca olhou sem entender para a filha.

Blanca: Que tipo de deficiencia ele tem?

Dulce: É paralítico.

Blanca: Nossa...

Dulce: É muito triste mãe... Ver alguem tão jovem condenado a passar o resto da vida sobre uma cadeira de rodas. Eu me emocionei hoje com ele contando como foi o acidente e como as pessoas o rejeitavam depois do acontecido.

Blanca: Filha, que triste isso!

Dulce: Sim, mãe, é muito triste. Ele não gosta que sintam pena dele, mas sei lá... Isso é inevitável...

Blanca: Te entendo... Mas tenta não demonstrar isso para ele. Trate-o da melhor forma possível, mas sem exagerar.

Dulce: Ele disse que eu fui a única garota que não o tratou como um anormal...

Blanca: Nossa, então essa situação é pior do que eu pensava.

Dulce: Sim...

As duas foram conversando durante o restante do trajeto.

O amor cura? VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora