No dia seguinte fizeram a mesma coisa. Dessa vez iriam para outro lugar. Quando sairam do colégio, Daniel estava conversando com outros garotos do lado de fora e viu eles saindo de lá.
Daniel: Hey Dulce!
Ele foi até ela.
Daniel: O que está fazendo com esse ai?
Apontou para Christopher.
Dulce: Vamos comer alguma coisa.
Daniel: Que eu saiba seu namorado sou eu, e eu não me lembro de dizer que deixo você sair com outros caras. Se bem que esse ai não deve servir para nada nessa cadeira.
Dulce: Não fale assim dele!
Daniel: Claro que vou falar! Aqui não é lugar dele!
Dulce: E porque? Hein?! Me fala!
Daniel: Porque ele é deficiente! Ele não é normal! Ele não é como nós!
Dulce: Claro que ele é como nós! Ele é como outra pessoa qualquer! Ele sente dor, ele pensa, ao contrário de você né! Ele fala, ele ama... Ignorantes como você não sabem olhar por esse lado!
Christopher: Dulce... Não discute com ele por mim... Ele tem razão.
Daniel: Ta vendo, Dulce. Até ele concorda. Ele pensa!
Ele falou ironico.
Dulce: Para Daniel! Não te suporto mais! Chega! Acabou! Nunca mais me dirija a palavra!
Ela ja ia saindo, mas Daniel segurou seu braço. Christopher estava um pouco afastado dela.
Daniel: Não faça mais isso ok?! O namoro só acaba quando eu quiser.
Dulce: Não! Eu não quero mais!
Daniel: Mas vai ter que querer! Agora você vem comigo.
Ele segurou forte o braço dela e a puxou.
Dulce: Me solta! Ta me machucando!
Christopher foi para perto dos dois.
Christopher: Solta ela!
Daniel fingiu que não ouviu e continuou puxando Dulce. Christopher foi até ele e deu um soco no estomago dele. Daniel soltou Dulce e se virou irritado para Christopher.
Christopher: Briga com um homem, seu covarde!
Daniel soltou Dulce e deu um soco no rosto de Christopher, que segurou a camisa de Daniel e os dois cairam no chão. Christopher acertou alguns socos em Daniel, que revidou. Em seguida, Daniel conseguiu ficar de pé e acertou vários chutes no estomago de Christopher, que não conseguia se defender. Dulce gritava desesperada mandando os dois pararem.
Dulce: PARA COM ISSO DANIEL! TA MACHUCANDO ELE! PARA! SOCORRO! ALGUEM AJUDA!
O porteiro do colégio viu aquilo e foi separar.
XXX: Para! Vou chamar a polícia.
Ao ouvir isso, Daniel correu, e seus amigos o seguiram. Christopher gemia e rolava de dor no chão. Dulce se abaixou imediatmente e o segurou.
Dulce: Christopher!
Ele continuou gemendo.
Dulce: Tenho que te levar para um hospital.
Christopher: Não Dulce... Não faz isso. Minha mãe vai ficar preocupada e eu não quero que isso aconteça.
Dulce: Mas Christopher! Você pode ter fraturado alguma costela, sei lá...
Christopher: Não, eu estou bem...
Ele tinha um corte na sombrancelha e outro perto dos lábios.
Dulce: Você não está bem! Precisa de um médico.
XXX: Querem que eu chame uma ambulancia?
Christopher: Não... Estou bem... Me coloquem na cadeira por favor.
Dulce: Pode me ajudar, senhor?
XXX: Claro!
Os dois levantaram Christopher, que fez algumas caretas de dor.
Dulce: O que vou fazer com você?
Christopher: Pode me levar em algum lugar para limpar esses cortes?
Dulce: Não sei...
XXX: Olhem, eu vou ajudar vocês. Tem uma casinha aqui do lado. Eu tenho as chaves. Esperem só um pouco, vou pegar um kit de primeiros socorros, mas não falem para ninguem que deixei vocês irem lá, ok?!
Christopher: Obrigado, senhor.
O homem entrou no colégio.
Dulce: Christopher! Como pode fazer isso?!
Christopher: Isso o que?
Dulce: Brigar assim! Olha, você está todo machucado!
Christopher: São só alguns cortes...
Dulce: Se esse senhor não tivesse aparecido, eu não sei o que seria de você.
O homem voltou com uma caixinha e entregou à Dulce.
XXX: Olha, esta é a chave. Depois que terminar, me entrega. Vou estar aqui esperando.
Dulce: Ok. Muito obrigada.
Dulce saiu empurrando a cadeira de Christopher. Viu a casinha que o porteiro tinha falado e foi até ela com Christopher.
Christopher: Me dá a caixa, eu seguro enquanto você abre a porta.
Dulce entregou a caixa para ele. Em seguida abriu a porta. Era uma casa minúscula. Havia apenas dois cômodos, que eram uma sala e um banheiro e na sala havia apenas uma mesa com seis cadeiras. Dulce e Christopher entraram sem se preocuparem muito com o local. Dulce fechou a porta e em seguida colocou Christopher perto da mesa. Puxou uma cadeira e se sentou em frente à ele. Pegou a caixa de primeiros socorros e colocou em cima da mesa. Abriu e pegou um pouco de algodão, depois molhou com álcool. Passou por cima do corte da sombrancelha.
Christopher: Ai!
Dulce: Não se mexe!
Christopher: Vai um pouco mais devagar!
Dulce: Ok, vou tentar.
Ela continuou limpando o ferimento.
Dulce: Não sei porque foi brigar.
Christopher: Não podia ver aquele cara te tratar daquele jeito.
Dulce: Christopher, ele não ia fazer nada comigo!
Christopher: Mesmo assim. E se ele resolvesse fazer?
Dulce: Eu saberia me virar.
Christopher: Olha Dulce, você não ia conseguir se livar dele.
Dulce: Eu iria.
Christopher: Você só diz isso para eu não me preocupar, mas é tarde demais. E valeu a pena fazer isso.
Dulce: Você é louco.
Christopher riu. Dulce havia cabado de limpar o ferimento da sombrancelha, e foi limpar o corte que estava perto dos lábios dele. Não pode deixar de notar os lábios rosados e úmidos dele, mas voltou a se concentrar no ferimento. Christopher olhou para o rosto dela, parecia tão concentrada no que estava fazendo. Viu ela morder os lábios e não evitou um sorrisinho. Dulce percebeu e olhou nos olhos dele, e viu que ele ainda olhava para sua boca. Christopher subiu o olhar e encontou o olhar de Dulce, que parou de passar o algodão no ferimento dele. Sem pensar duas vezes, Christopher segurou na nuca dela e a beijou. Depois de tanto tempo sem beijar, ele pensou ter desaprendido, mas não. Dulce se rendeu ao beijo. Ambos tiveram sensações diferentes, não era algo que costumavam sentir quando beijavam outras pessoas. Era diferente. Pareciam provar o melhor beijo do mundo. Suas bocas se encaixavam perfeitamente, suas linguas se encontravam num mesmo ritmo. Quando faltou oxigênio, ambos se soltaram e se encararam.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O amor cura? Vondy
RandomSerá que o amor pode curar? será que a força do amor é tão forte que é capaz de curar.