Capítulo 20

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Christopher ligou para o táxi e ele foi buscá-lo. Dulce foi no carro com ele, tentava puxar assunto mas ele a ignorava. Ao chegar na casa dele, Christopher pagou tudo e saiu do carro com a ajuda do taxista, e nem se despediu de Dulce. taxista em seguida deixou ela em casa, e ela entrou bastante triste em casa. Christopher tinha razão, ela o iludiu depois disse que não queria nada com ele.

Dulce: Idiota! Porque foi fazer isso?!

Ela bateu na própria cabeça. Ela queria ficar com ele, mas tinha medo. Tinha medo de machucá-lo, de decepcioná-lo, de não ser o que ele queria. Ela não sabia o que era amar, seu único namorado foi Daniel. Se conheciam desde crianças, e aos treze anos começou a namorar com ele, mas por influencia dos outros. Faziam mais de três meses que não se beijavam, que não saiam juntos. Só se viam na escola, e nem se falavam. Dulce se jogou na cama e começou a chorar. Teria que aceitar isso, somente aceitar... Segunda-feira, Dulce chegou na escola no pouco depois de Christopher. Ela o seguiu e o alcançou.

Dulce: Oi Christopher!

Christopher: Oi.

Dulce: Como foi seu domingo?

Christopher: Dulce, não vem falar comigo como se nada tivesse acontecido. Vai procurar seu namorado, talvez ele esteja afim de conversar com você, porque eu não estou.

Dulce: Christopher!

Ele saiu e Dulce ficou parada olhando ele. Seria difícil vê-lo na escola e não poder falar com ele. Dulce foi para sua sala e não prestou atenção nas aulas. Na hora da saída, ela foi procurar por Christopher, mas ele acabava de entrar no carro da mãe. Blanca foi buscá-la. À tarde ela se arrumou, iria para o centro de deficientes. Iria vê-lo outra vez.Ao chegar lá, o viu treinando basquete. Pensou em ir falar com ele mas a chamaram para ajudar um outro grupo. Christopher treinava basquete, os outros que estavam lá já eram mais experientes. Depois de treinar e jogar, ele foi dar uma volta pelo local.

XXX: Oi.

Christopher se virou. Uma garota morena e muito bonita falava com ele. Ela era cadeirante tambem.

Christopher: Olá.

XXX: É novo aqui?

Christopher: Sim, começei hoje.

XXX: Hum... Bem que eu percebi... Me chamo Maite, e você?

Christopher: Christopher.

Ele estendeu a mão para ela e ela apertou. Um sorriu para o outro.

Christopher: Faz quanto tempo que vem para cá?

Maite: Uns dois meses...

Christopher: Hum.. Aqui é muito legal.

Maite: Sim... Aprendi natação em alguns dias...

Christopher: Eu sabia jogar basquete antes de parar de andar, agora quero a pernder a jogar assim.

Maite: E porque é paralítico?

Christopher: Sofri um acidente, e já sabe né...

Maite: Imagino.

Christopher: E porque você é?

Maite: Cai do prédio. Morava no décimo segundo andar. Antes de cair no chão me bati em uns arbustos que amorteceram um pouco a queda, mas mesmo assim fiquei desse jeito.

Christopher: Que ruim...

Maite: Sim... Mas as vezes é melhor assim, quando você faz algo comum para os que andam, acaba ganhando mais reconhecimento.

Christopher: Quer dizer que prefere não andar?

Maite: Não é isso! Eu adoraria voltar a andar, tanto que estou fazendo fisioterapia e estou tendo progresso. Mas as vezes ser assim é melhor.

Christopher: Não acho...

Maite: Porque?

Christopher: As pessoas não gostam da gente como somos por dentro. Muitas vezes se aproximam por pena, e isso machuca muito.

Maite: Eu sei, tive que me acostumar com isso. Vim para cá porque tem pessoas iguais a mim, que passam por tudo que passo e me entendem.

Christopher: Tem muitos amigos por aqui?

Maite: Sim, vários. Todos somos amigos aqui, ninguem está só.

Christopher: Que legal!

Maite: Sim, vem, deixa eu te aprsentar ao pessoal.

Christopher: Ok, vamos.

Os dois sairam de lá. Dulce viu ele conversando com a garota e sentiu ciúmes.

O amor cura? VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora