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[ 13:20 ]
= Nos aposentos da princesa Suyen =Uraraka: aqui, majestade. ― deixa uma bandeja de prata sobre o sofá e traz-me rapidamente um cálice, repleta de água fresca. ― tente beber tudo, sim? Fará bem para a senhorita. ― seguro aquele cálice com as minhas duas mãos, tentando minimizar o tremor presente nas próprias para conseguir ingerir o máximo daquela água. ― a senhorita chega a estar pálida, majestade. Não quer mesmo que eu mande o Rei Mizuki chamar um médico? Ou até mesmo o Rei Toya e...-
Suyen: NÃO! ELE NÃO! ― nego desesperadamente, acabando por deixar aquela taça cair e molhar boa parte do carpete com o líquido cristalino anteriormente presente dentro dela. ― nã-não fale dele. Por favor. Não fale dele, Ochako!
Uraraka: tudo bem, tudo bem... ― seus braços cercam-me, em um abraço acolhedor e carinhoso. ― ...eu não falarei dele. Pode ficar tranquila, alteza. ― sinto os seus lábios quentes e macios selarem a minha testa, em uma investida vã para me acalmar. ― eu só...eu só quero entender. O que aconteceu, princesa? O que a deixou assim? Tão nervosa? Tão gelada? Tão trêmula? ― solta-me e eu, com as mãos no rosto, busquei estabilizar a minha respiração ofegante. ― majestade... ― suas mãos vão ao encontro dos meus ombros, realizando neles uma leve massagem. ― ...se tem algo que eu possa fazer para tranquilizar a senhorita, diga! Por favor! ― suplica, visivelmente preocupada.
Apenas fique comigo. Era isso o que eu diria à minha dama de companhia, caso a minha garganta não se encontrasse fechada para as palavras. Ao mesmo tempo que queria chorar, liberar todo o líquido presente nesse corpo apenas pelas lágrimas, eu queria me manter firme, sem derramar uma lágrima sequer por aquele filho da p*ta do Rei Toya.
Sinceramente, eu não estou mais me reconhecendo. Antes, eu era tão segura de mim mesma, confiante e, levemente, feliz. Mas, agora, eu sinto como se me sentisse ameaçada por todos os ângulos possíveis. Como se a qualquer momento a minha vida fosse se transformar absolutamente. Como se a qualquer momento uma aliança fosse surgir em minha mão esquerda e eu me visse nas mãos daquele homem, sendo a sua esposa para todo o sempre.
É...
Talvez eu esteja sendo desesperada, mas...aquele olhar...a forma como o Toya olhou para mim...não foi como antes. Algo mudou de repente. Algo que me trouxe uma sensação horripilante. Um medo. Uma angústia.Uraraka: majestade... ― sua voz serena volta a ecoar pelos meus aposentos, distraindo a minha mente problemática. ― ...sabe...hoje mais cedo eu passei na cozinha e a senhorita não imagina o que terá de sobremesa no café da tarde... ― faz suspense, citando um fato totalmente aleatório, mas que chamou a minha atenção. ― ...bolo de chocolate com cobertura crocante, majestade! ― seu sorriso alegre me comove, conseguindo fazer-me exibir um semelhante. ― eu sei que é para o café, mas...se quiser, eu posso conseguir um pedaço grande para a senhorita. Que tal, hein?
O jeito dela me animar é diferente, mas funciona.
Suyen: você não tem jeito mesmo, Ochako. ― respiro fundo, mantendo um meigo sorriso em meu rosto tristonho. ― confesso que preciso mesmo de um pouco de açúcar, sabe? ― mando uma breve piscadela à minha amiga, retirando-lhe uma risada adorável.
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[ 14:00 ]
Graças a iniciativa da Ochako, recuperei o meu ânimo com um modesto pedaço de bolo, furtado discretamente da mesa de doces da cozinha.
Estando um pouco mais calma após ingerir certa quantidade de açúcar, respirei fundo e tive uma conversa sincera com a minha dama de companhia. Sem qualquer receio, contei-lhe tudo o que havia acontecido tempos atrás e como eu me senti em relação à isso. Como se fosse algo simples, Ochako me encorajou a contar tudo o que havia lhe dito ao meu pai. Afinal, pelas palavras dela, dificilmente ele colocaria os Negócios Reais a frente do bem-estar e segurança da sua própria e única filha.
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A Princesa e o Guerreiro
Fanfiction~> [ Concluída ] <~ Suyen Mizuki e Katsuki Bakugou. Pertencentes de duas realidades sociais totalmente diferentes, mas que o destino se dará ao trabalho de unificar. Ela, uma princesa de uma dinastia extensa, preponderante e principalmente respeitad...