Capítulo 20

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— Estou tão cansado. — Pete faz biquinho, e olha para as escadas da entrada do Castelo. — Me carrega. — Eles haviam acabado de voltar de uma bela luta com os sequestradores.

— Claro meu amor. — Vegas pega Pete no colo e começa a subir.

— Não aguento mais vocês. — Macau sobe os degraus correndo, e vai em busca de seu marido.

— Meu Vegas é tão forte. — Encosta a cabeça no ombro do Theerapanyakul. — Tomara que nosso filho tenha chegado bem, aquelas pessoas pareciam ser confiáveis, e talvez um pouco estranhas, tenho certeza de já ter os visto em algum lugar, ou talvez seja coisa da minha cabeça.

— Não pense muito, eles não ousariam fazer nada com nosso filho.

— Tem razão... Se bem que eles tinham roupas parecidas com meu mundo.

— Hum?

— Não sei, mas pode ser. — Pete faz biquinho. — Mas como você diz, não irei pensar nisso agora. — Ele suspira. — Eu queria tomar vinho.

— Não. — Vegas diz sério. — Se lembre do nosso filho.

— Eu sei que não posso, mas pelo menos umas comidinhas apimentadas, estou com tanta fome. — Pete aperta mais Vegas, e sem seguida faz uma carinha fofa. — Alimente seu marido, ele agora está comendo por dois.

— Melhor não comer coisas muito apimentadas.

— Mas porque? Eu não vou comer a comida sem gosto que vocês comem.

— Mas ela é nutritiva. — Vegas tenta persuadir.

— Não. — Pete começa a chorar. — Você não me ama mais, só porque estou gordo e feio. — Faz drama.

— ... — Vegas olha para a cintura super fina de Pete e em seguida levanta a sobrancelha direita. — Você está perfeito.

— Mentiroso. — Bate no peito do Theerapanyakul. — Me coloca no chão. — Vegas obedece. — Não quero falar com você hoje.

— Mas... — Vegas olha chocado para o seu marido.

— ... — Pete anda nervosamente pelo castelo, ele não sorria e nem olhava para os guardas que achavam aquela atitude estranha. Pete nunca deixava de sorrir.

— O que houve com Pete? — Nop pergunta assim que vê seu amigo. — Macau chegou dizendo que não aguentava mais a diabetes de vocês.

— Ele não está falando comigo. — Aponta para Pete que acabara de passar pela porta do quarto batendo-a com força.

— O que você fez?

— Nada.

— Então foi muita coisa. — Nop riu. — Acontecia a mesma coisa Macau, só que com ele era pior, sabe como ele é explosivo, e quando os hormônios da gravidez fez sua presença, ele ficou pior. Macau com raiva já é um perigo, ele com raiva quando estava grávido era pior ainda. — Nop lembra da vez que quase foi acertado por uma bala.

(...)

— Venice meu amorzinho. — Pete diz doce abraçando Venice, nem parecia que estava furioso a cinco segundos atrás..

— Pai, o senhor está me sufocando. — Venice reclama em protesto.

— Você nunca mais vai sair das minhas vistas, sabe o trabalho que deu para te trazer de volta. Você realmente se parece com seu pai, não sei se fico feliz ou com medo.

— E eu não sei se isso foi um elogio ou uma crítica. — Venice responde rindo.

— Onde está aprendendo palavras tão difíceis?

— Papai me ensinou.

— Tinha que ser. — Revira os olhos.

— Papa brigou com papai?

— Claro que não, não seja bobinho. — Mente.

— Sei. — Venice passa a ponta do dedo no nariz, um gesto que ele pegou de Pete.

— Agora vá tomar banho, porque você está parecendo um porquinho.

— Não estou não. — Faz bico.

— Está sim.

— Não estou, e só vou tomar banho porque está na hora. — Venice diz e sai correndo para ir tomar banho.

— Pete. — Vegas entra na sala.

— Vegas porque demorou tanto, estou com muita vontade de comer manga com sopa de porco, e de sobremesa eu quero doce de hortelã. — Pete sorri feliz enquanto pensa nas comidas, se esquecendo totalmente que estava bravo com Vegas.

— Ta legal. — Por fora, Vegas não transmitia nada com o que seu marido falou, mas por dentro ele estava pensando em como esse pedido era horrendo para o paladar.

(...)

As semanas passavam, e Pete a cada dia aparecia com uma vontade diferente, e Vegas movia montanhas para fazer todas as vontades de seu marido. Percebendo isso Pete tirava proveito, coisa que não passava despercebido do Theerapanyakul mais velho, mas como sempre Vegas não ligava para isso.

— Vegas onde está Venice? — Pete pergunta percebendo a ausência de seu filho.

— Passeando. — Vegas responde sem tirar os olhos do livro que lia, enquanto tinha um Pete deitado em sua coxa.

— Com Rain? — Pergunta abrindo os olhos e encarando a face serena de seu marido.

— Hum.

— Depois de conhecer esse garoto meu bebê não para mais de sair com ele.

— Ciúmes? — Riu da expressão que seu marido fez.

— Claro que não, eu com ciúmes. Só acho que meu bebê é muito novo para namorar.

Ele claramente estava com ciúmes.

Mirrors - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora