Alguns anos haviam se passado, a vida em Wonderland estava indo bem, e calma diga-se de passagem. Pete às vezes não gostava dessa calmaria, e saia aprontando deixando Vegas a ponto de ter um treco, mas nada que chegasse aos pés do que ele fez no passado.
— Nossos filhos estão tão crescidos. — Pete diz olhando para Venice e Syn. — A gente deveria tirar umas férias. — Pete não iria dizer o real motivo para essas férias, não seria uma mentira, apenas uma omissão, e ele tem certeza que Vegas já sabe disse, mas o mesmo segue uma regra, se Pete não quer fala ele não irá insistir.
— Claro meu amor.
— Podemos ir para o meu mundo, eu trabalhei muito naquele espelho, e depois de muitos testes podemos ir e voltar quantas vezes a gente quiser, se bem que eu prefiro ficar aqui, eu gosto dessa vida calma, e de ficar com meu Vegas, passar um tempo com meus filhos, coisa que não tive com meus pais, aqui é mil vezes melhor que lá. — Abraça Vegas com força, os mesmo estavam sentados embaixo de uma árvore que ficava na parte de trás do castelo, curtindo o fim da tarde.
— Quando vamos? — Vegas pergunta acariciando os cabelos de Pete.
— Primeiro temos que achar alguém para ficar com as crianças, não podemos deixá-las sozinhas, e eu não quero levá-las. E Venice não é muito confiável, você sabe que ele anda saindo escondido para ver Rain, e isso é um perigo, conheço bem meu filho para saber que ele está aprontando, tenho até pena do coitadinho do Rain.
— Vou falar com ele. — Vegas fala se levantando.
— Vegas, deixa ele, é a primeira paixão. Tão fofo. — Pete puxa Vegas e o senta de novo, e em seguida se aconchega em seu peito. — Eu quero que nossa viagem seja incrível, vou falar com um amigo e ele vai vir cuidar de nossos filhos.
— Macau cuida. — Vegas não gostava de estranhos perto de seus filhos.
— Claro que não, ele está ocupado dando atenção para nosso sobrinho e para Nop, não é justo a gente jogar nossos filhos na mão dele e sair para curtir. Meu amigo pode cuidar deles, quer saber a gente deveria ir hoje, eu falo com ele e ele pode vir. O que acha? — Pete olha radiante para Vegas, e esse era o ponto fraco do Theerapanyakul, aquele sorriso, Vegas nunca diria "não " para aquele maldito sorriso.
— O que você quiser.
— Vamos arrumar nossas coisas, você avisa a seu irmão e eu vou falar com meu amigo, nossa estou tão feliz, a gente deveria ir para Paris ou Inglaterra, quem sabe Roma, tem tantos lugares, podemos visitar outros mundos e conhecer coisas diferentes. Estou tão feliz. — Pete se levanta do chão e começa a pular de alegria e excitação.
Vegas olha para aquela cena e sorri por enfim sentir aquele sentimento de pura felicidade, e com um último olhar, o mesmo deixa Pete e segue em busca de seu irmão.
— Até que fim. — Destino aparece.
— Eu já disse para não chegar assim, se eu sofresse do coração já tinha morrido. — Diz com a não no peito.
— Drama desnecessário... Vamos para o que interessa, está tudo pronto, só falta a sua parte, nada pode dar errado, eles fazem parte de meu plano especial... É bem complicado. — Destino suspiro, os mundos tinham que ficar em equilíbrio, nada podia ser nem demais, nem de menos, tem que sempre ser na medida certa.
— Eu sei. — Pete pega sua arma e sai em busca deles. — Eu tenho que fazer tudo, mas vale a pena, ficar um tempo com meu Vegas, fazer coisas em lugares diferentes. — Pete sai das terras do castelo e anda um pouco, quando chega em uma árvore ele sobe na mesma e espera as novas vítimas de Destino.
(...)
— Demorou. — Vegas diz desconfiado.
— Tivemos um pequeno problema com agenda, mas nada que uma boa conversa não resolvesse. — Pete olha para seus filhos. — O pai de vocês já contou?
— Sim. — Venice responde com Syn nos braços. — Pelo menos meus ouvidos vão ter descanso, eles estão traumatizados de ouvir o "toda noite" de vocês.
— Venice. — Vegas o repreende e Pete abre a boca em choque, ele nunca imaginou que seu filho mais velho escutasse...
— Pelo menos o Syn tem sono pesado e nunca escutou. — Venice continua com as reclamações.
— Escutou o que? — Syn pergunta.
— Nadinha irmãozinho. — Venice aperta as fartas bochechas.
— Você só escuta porque fica saindo depois do toque de recolher, para se encontrar com Rain , quero ver quando ele voltar para casa, o que você vai fazer. — Vegas debocha, às vezes eles nem pareciam pai e filho.
— Vou pedi-lo em casamento. — Diz com confiança.
— Tá maluco? você ainda é uma criança. — Vegas se altera.
— Adolescente. — Venice rebate.
— Um bebê ainda. — Syn neste momento olhava de um para o outro.
— Lógico que não.
— Pete olha seu filho. — Vegas pede ajuda a seu marido.
— Quando ele faz coisas erradas é meu filho. — Pete diz baixinho, sem ligar para a discussão.
— Não mete o papai nisso. — Venice rebate.
— Meto sim. — Vegas cruza os braços. — Eu tenho razão.
— Não tem não.
Pete e Syn apenas observavam a pequena disputa, cenas como essa era frequente, eles já estavam acostumados.
— Tenho sim, falei por último, ganhei.
— Nada haver, esse seu argumento.
— Sou seu, e agora vai dizer o que? — Pete lança um olhar vitorioso para seu filho.
— ... — Venice revira os olhos frustrados.
— Viu isso Pete, eu ganhei. — Vegas canta vitorioso para seu marido.
— ... — Pete pega Syn no braço e sai ignorando Vegas e Venice.
— Pete.
— Vou arrumar as malas.
(...)
— Vegas você já arrumou tudo?
— Estou quase terminando. — Vegas diz colocando uma peça de roupa na mala e em seguida fecha o zíper. — Terminei.
— Então acho que podemos ir, seu irmão está com as pessoas que cuidaram de nossos filhos, ele está passando as instruções. — Pete diz enquanto troca de roupa.
Assim que Pete termina de se vestir Vegas o beija, era um beijo apaixonado, a cada dia o Theerapanyakul se apaixonava um pouco mais pelo seu marido, e ele tinha certeza que daqui a milhões de anos ele ainda seria apaixonado por aquela criatura tagarela e extrovertida.
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Mirrors - VegasPete
FanfictionEm todo o mundo é contado lendas e mais lendas sobre os espelhos, mas nenhuma delas foi provada se eram reais ou apenas um mito criado pelo medo humano, alguma culturas é normal cobrir os espelhos das casas quando alguém morre, pois eles acreditam q...