Reconhecendo... eles?

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Na Jaemin era uma pessoa amorosa.

Quando criança, aprendeu a gentileza, o respeito e a doçura em casa com sua mãezinha (sim, ele a chamava de mãezinha, mesmo todo mundo falando que era podre, ele não ligava). E carregou tudo isso consigo ao crescer.

Viveu boa parte da sua vida no mesmo lugar, até se mudarem para o outro lado da cidade para viver na casa (que Jaemin chamava de mansão pelo tamanho) de sua avó. Aconteceu de a saúde da avó Na decair, e mesmo com toda aquela casa enorme, nenhum dos filhos morava mais com ela, e o marido já tinha a tempo falecido. Simples assim, a família de Jaemin foi ocupar a mansão e transformá-la novamente em um lar.

Achou que mudar de escola seria difícil, mas sua mãe garantiu (com promessa de dedinho e tudo!) que se mantivesse aquela gentileza, respeito e doçura, encontraria pessoas incríveis que iam tratá-lo com o mesmo carinho.

E, quem diria? Encontrou. No primeiro dia de aula. No primeiro sorriso que Lee Jeno deu. No aperto de mãos desajeitado e na fala ensaiada de "é um prazer! Espero que possamos ser bons colegas!".

Jaemin corrigiu para "espero que possamos ser bons amigos". E Jeno aceitou.

Uma semana se vendo todos os dias na escola, e Jaemin não quis ficar o sábado e domingo sem falar com o novo amigo. Ligou para ele durante horas em ambos os dias – até sua mãe e sua avó perguntarem quem era aquela "pessoa especial".

Duas semanas comendo lanche juntos, e Jeno estava na casa das senhoras Na fazendo uma reverência baixa demais (recebendo elogios de "que jovenzinho respeitoso!") e passando a tarde inteira com Jaemin.

Três semanas dividindo todas as canetinhas coloridas, e os pais de Jeno estavam lá na mansão, todos almoçando juntos em um domingo.

Um mês brincando de trocar os casacos na escola, e estavam indo no cinema pela primeira vez. Usaram todo o dinheiro da mesada para comprar pipoca, e acabaram voltando para casa correndo assim que o filme acabou porque não tinham conseguido comprar água – e a pipoca estava muito salgada!

Dois meses trocando bilhetinhos no meio das aulas, e já tinha virado rotina andar de bicicleta no parque juntos no fim de tarde. Se a vó Na tivesse boazinha, teriam até uns trocados para comprar sorvete e assistir o pôr do sol sentados em um banquinho branco.

Três meses, quatro meses, cinco meses se passaram com a proximidade apenas aumentando, as brincadeiras que só os dois entendiam se tornando mais frequentes.

Seis meses depois de conhecer Lee Jeno, e o Na não conseguia imaginar a vida sem ele.

"Eu quero ficar com você pra sempre." Jeno disse, em um dia em que não tinham dinheiro para o sorvete, nem tinha pôr-do-sol no tempo nublado, mas mesmo assim estavam sentados no banquinho.

Hello! ... Kitty?Onde histórias criam vida. Descubra agora