Novo... inquilino?

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Mark gostava de visitas.

Ele sinceramente gostava. Por um milagre do universo, ele não era aquela pessoa fissurada em limpeza achando que receber alguém significava ter a obrigação de arrumar tudo (apesar de sua mãe ser assim, e o perfil de Mark combinar com essa neura, o universo decidiu poupá-lo). Para ele, uma visita era sinônimo de alegria na casa.

Quando pequeno, elas significavam dias de seus avós visitando, e Minhyung amava seus avós (ainda ficava sentido de eles morarem na Coreia, dificultando muito a convivência). Às vezes, alguma amiga de sua mãe aparecia, e elas sempre eram atenciosas em ouvi-lo tocar o violão e o enchiam de elogios. No melhor dos casos, elas até traziam os filhos para brincar junto com Mark!

Depois, adolescente, visitas viraram sinônimo de Lee Jeno e, mesmo quando era para trabalhar em algum projeto da faculdade, eles sempre acabavam se divertindo um monte. Depois veio Renjun e, devagar, todos os novos colegas (que viraram incríveis amigos) do trabalho, e... de alguma forma... nunca perdeu a sensação de diversão e casa que tinha quando eram só ele e Jeno.

Existia uma promessa implícita também que ele receberia Renjun ou Jeno se um dia eles brigassem. Não foi aquele tipo de promessa feita de dedinho, porque ela nunca foi dita em voz alta, mas Mark sentia que era sua obrigação de melhor amigo fazer uma contenção de danos caso os "amigos" tivessem problemas. Ele soube disso no dia que eles contaram que iam dividir um apartamento.

Claro, Mark nunca ia recusar uma visita. Porém, nesse caso, ele torcia para nunca precisar. Apesar de não usarem um rótulo, o canadense torcia para que o casal/não-casal continuasse feliz para sempre (o que fazer? Ele era um romântico incorrigível).

Ele foi dormir preocupado com a tensão que estava havendo entre eles, e sonhou com o rosto assustado de Jeno.

Acordou com uma ligação de Renjun.

De início, não escutou o telefone, pois estava no modo silencioso. Foi Donghyuck quem acordou com a vibração e o híbrido não ficou contente.

"Maaalk..." O híbrido resmungou sonolento na base do ouvido do canadense, antes de puxar os cobertores mais para cima e se enroscar ainda mais ao mais velho.

"Hm?" A resposta veio daquele limbo entre consciência e sono. Mark poderia culpar esse mesmo limbo por ter abraçado Haechan, aconchegando-se no calor do menor.

"Desliga isso!" Mesmo de olhos fechados, foi possível ver o biquinho nos lábios do garoto.

"Hm?" O canadense repetiu, muito eloquente.

Então o interfone começou a tocar também. Era um aparelho fixo que ficava na cozinha, mas que era alto o suficiente e toque agudo o suficiente para ser ouvido (para incomodar) na casa inteira.

Haechan resmungou mais, escondendo o rosto na curva do pescoço do canadense. Mark resmungou também, odiando saber que ia ser tirado daquele pequeno pedacinho de céu (leia-se: sua cama com Donghyuck). Estava ficando preocupado com o quão rápido estava se acostumando com a presença do híbrido ali.

Hello! ... Kitty?Onde histórias criam vida. Descubra agora