Prólogo

49 4 0
                                    


— Em um reino etéreo, além das fronteiras do tempo e espaço, habitavam dois espíritos extraordinários: Lux e Nox. Eles eram distintos em essência, mas compartilhavam um laço singular que transcendia as noções convencionais de amor. Envolvidos em uma dança perpétua de sombras e luz, Lux, o espírito luminoso, exibia um brilho intenso que ofuscava qualquer escuridão que ousasse se aproximar. Enquanto isso, Nox, o espírito das trevas, emanava uma aura misteriosa e atraente, envolvendo todos com um fascínio irresistível.

Lux e Nox eram figuras encantadoras e, ao mesmo tempo, perigosas. Sua força residia na dualidade inerente ao seu vínculo, pois eles se complementavam de maneira única. Mas, por mais complexa que fosse sua conexão, havia um elemento em comum que os unia: o descontentamento com a tirania do ser superior conhecido como Demiurgo.

Demiurgo, o ser supremo que controlava todos os reinos e dimensões, manipulava a vida e a existência em prol de sua diversão egocêntrica. Brincava com o destino das criaturas e governava com mãos cruéis, negando-lhes qualquer livre-arbítrio. Sua sede de poder e indiferença diante do sofrimento alheio alimentava uma revolta profunda em Lux e Nox.

Enquanto a maioria das entidades celestiais temia a ira do Demiurgo, Lux e Nox ousaram se rebelar contra essa opressão. Eles não se curvavam à autoridade injusta, desafiando os caprichos do ser supremo e semeando a discórdia em seu reino de perfeição forçada.

Em um ato de coragem e insubordinação, os dois espíritos traçaram um plano para confrontar o Demiurgo e reivindicar a liberdade para si e para todos os seres do universo. Unidos por um amor profundo e verdadeiro, eles sabiam que suas forças combinadas poderiam, ao menos, abalar o controle opressivo do ser superior.

Entretanto, o Demiurgo era astuto e percebeu a trama dos espíritos rebeldes. Tomado por um furor divino, expulsou Lux e Nox do reino etéreo, condenando-os a uma existência na vida mundana que os humanos conhecem.

Agora, destituídos de sua natureza espiritual, Lux e Nox se encontram imersos na complexidade da experiência humana. Com suas memórias do reino celestial quase apagadas e suas habilidades limitadas, eles são forçados a enfrentar as vicissitudes da vida mortal.

— Oque??? Acaba assim? Eles não voltam pra terra deles — Edward dizia estupefato. — A história ficou ótima Dray mas como eles voltam?

— Ah Ed! Eles ainda não voltaram!

Espelhos Do Desvário Onde histórias criam vida. Descubra agora