Boa Noite, Emma

Capítulo 4

Oi, gente!
Peço desculpas pela demora.
Finalmente estou de volta com o 4º capítulo da fic, vou tentar voltar o mais rápido possível com o próximo.

Boa leitura!

__________

Regina aproveitou para tomar um banho e trocar suas roupas de trabalho, especialmente a blusa manchada de suco verde, por algo um pouco mais confortável. Pouco mais de uma hora e meia depois, Emma ainda não havia saído do quarto. Talvez devesse ter dito que esperaria por ela na sala ou qualquer coisa assim. 

Estava sentada no sofá da sala com seu notebook no colo e o celular de trabalho na mão, mas não conseguia se concentrar nos e-mails que precisavam ser respondidos. Tinha acabado de ligar para o escritório para avisar que não voltaria ao trabalho naquela tarde. Por sorte, Kathryn Spencer havia aceitado substituí-la na reunião e, talvez — só talvez — George, seu sócio, não tivesse ficado tão irritado com ela por desmarcar um compromisso com um cliente importante em cima da hora. 

Mas ainda havia outro problema a ser resolvido: o jantar de noivado de Zelena. De onde tiraria forças para enfrentar todo o drama que Cora Mills faria quando percebesse sua ausência? Sim, porque sua mãe tinha-lhe ensinado que era deselegante deixar de comparecer a um evento no qual havia confirmado presença, mas Regina havia decidido não informá-la sobre sua mudança de planos até que fosse tarde demais para que ela lhe sugerisse uma solução para cada desculpa que pudesse ter inventado para estar no jantar daquela noite. Portanto, não havia necessidade de perder tempo preocupando-se com isso. Só precisava ligar para Zelena e tudo estaria resolvido. Por enquanto. 

Lembrando-se que havia deixado seu celular pessoal dentro de sua bolsa, colocou o notebook de lado e pulou do sofá, subindo as escadas correndo, entrando no quarto e indo até o seu closet procurar pelo aparelho. 

Quando fazia o caminho de volta, parou no corredor, em frente ao quarto de hóspedes. Estava tudo tão quieto lá dentro. E havia uma vozinha no fundo de sua mente que não parava de tentar convencê-la a entrar lá só para ter certeza de que estava tudo bem. Seu lado racional e maduro, no entanto, dizia que deveria sair dali e deixar Emma em paz em vez de tentar invadir a privacidade da garota. Porém, apesar de saber que deveria sempre se deixar guiar pela razão era o certo a se fazer, todo aquele silêncio do outro lado da porta estava deixando Regina em estado de alerta. Ela estava dormindo? Ou será que havia caído e se machucado no banheiro? 

Era melhor entrar. 

Mas e se ela não quisesse ser incomodada? 

Oh, droga, porque raios estava se sentindo tão insegura em sua própria casa e, principalmente, em relação àquela garota? Era uma mulher adulta, uma advogada brilhante que não se deixava intimidar quando seus colegas de profissão a tratavam como se não fosse capaz de fazer um trabalho tão bom quanto o deles, talvez até melhor, só porque não tinha um pênis no meio das pernas. Não costumava baixar a cabeça diante de um juiz injusto ou de um adversário prepotente. Era uma mulher forte, uma profissional de sucesso que dificilmente encontrava um caso em que não se sentisse capaz de vencer. 

Então, porque estava permitindo que uma garota de vinte e poucos anos de idade a fizesse sentir como se estivesse pisando em ovos? 

Após refletir sobre isso por alguns instantes, Regina decidiu que era hora de tomar o controle da situação. Não deixaria que essa garota a pegasse de guarda baixa outra vez. Portanto, respirou fundo, endireitou os ombros e deu três batidas na porta. 

Silêncio. 

Esperou um pouco e bateu novamente. Novamente, silêncio. Agora, sim, estava preocupada de verdade. Então, levou a mão até a maçaneta e abriu a porta.