Eu vou para onde quer que você vá. Perseguindo pelas ruas de Monâco
Vou correr onde quer que esteja. Confio que os rios levam-me a seu coração...Por que você não fecha os olhos e podemos deixar tudo para trás. Acorde no paraíso onde o sol nunca morre e nós nunca vamos dizer adeus.
Monaco, MKTOAinda estavam naquele passeio. O por do sol já estava dando sinal de vida e o quanto aquela vista era incrível. Passaram o dia entre jogos, risadas e muitas histórias boas. Criaram inúmeras lembranças também. Todos da família Leclerc eram super receptivos. Além de um café da manhã delicioso, saborearam um almoço melhor ainda. Marjorie sentia-se em casa, conversou tanto com a matriarca daqueles três homens que perdeu-se na hora. Viu Lando beber mais que o esperado e sair dançando pelo iate, e quando perdeu Sainz ele estava abraçado em seu namorado, ela fitou confusa demais aquela cena e gargalhou por fim. Tirou até uma foto, porque sabia que o namorado e o amigo negariam aquilo. Margaritas, mojitos e alguns outros drinks estavam apostos por ali.
Marjorie se encontrava em um dos quartos que tinha ali, colocava seu vestido logo após de um banho, passou alguns minutos mergulhando e sentiu como se suas energias estivessem renovadas, amava o mar. Seus pais eram os principais culpados por isso, tanto que seu nome começava com "Mar". Sorriu ao pensar nisso, que saudade tinha deles. A vida era corrida demais e quando tinha férias ficava todos os dias possíveis com eles. Se assustou a ver a porta sendo aberta, fez um nota de sempre lembrar que precisa aprender a trancar as portas. Suspirou ao ver que era seu namorado, bêbado e muito bêbado. Não se lembrava de ter visto Enrico bebendo tanto.
— Você não trouxe um vestido mais comportado não? — ele proferiu, fazendo Marjorie o fitar incrédula com aquela pergunta. E riu, ela gargalhou na verdade. Aquilo só poderia ser brincadeira, ele nunca falou sobre suas roupas.
— De onde saiu isso? — ela perguntou enquanto terminava de colocar seus brincos.
— Da minha boca — ela revirou os olhos — mas estou falando sério, você não trouxe uma camiseta, sei lá — explicou enquanto a analisava.
— Você só pode estar de brincadeira — proferiu — eu estava literalmente de biquíni minutos atrás Enrico — começou a pentear seu cabelo molhado — agora você sai com essa?
— É diferente! — a encarou — me arrependi de ter vindo no momento em que vi o outro lá encarando você — ele cambaleou um pouco, perdendo o equilíbrio e sentou-se na cama — inclusive ambos, eu não sei quem encarou mais um ao outro hoje.
Ela gargalhou incrédula mais uma vez. Aquilo era um completo exagero. Tudo bem que ela foi pega o encarando uma única vez e que também sentiu os olhares do Monegasco sobre ela outras vezes. Mas não foi nessa intensidade toda. Enrico era dramático demais.
— Já expliquei, você vê coisas demais aonde elas não existem — baixou um pouco o tom de voz, não queria que ninguém fora daquele quarto ouvisse os dois — Enrico coloque na sua cabeça, estou com você e amo você — ela se aproximou dele, fitando os olhos dele.
Marjorie baixou seu tom de voz, mas talvez se enganaria ao pensar que ninguém escutava o que acontecia ali. Arthur que estava apenas caminhando pelo corredor para ir ao outro quarto acabou ouvindo o momento em que Enrico iniciava aquela conversa sobre o vestido da mulher. Ele parou, provavelmente sua mãe o mataria por estar ouvindo conversas alheias. Diria que ele não foi criado daquela forma. Mas sentiu que precisava continuar ali, por algum motivo aquilo soava errado demais. E justamente pela tal criação que ele tivera. Não se tratava mulher daquela forma.