Pov. Bárbara
2 semanas depois...
Fui acordada pelo celular de Carol tocando a madrugada, Carolina estava deitada em cima de mim com sua cabeça em meu peito. Ela sempre fazia isso.
Sua expressão era serena e calma, sua boca entreaberta que a deixava muito fofa. Caralho, essa mulher é minha mesmo?
Coço meus olhos e logo pego o celular e fecho os olhos involuntariamente por conta da luz.
Vejo que é um número desconhecido e logo franzi o cenho e atendi.
- Quem é que está ligando três horas da madrugada? - Pergunto com a voz rouca e logo ouço a voz de uma mulher que não conheço.
- Olá, Carolina Voltan, certo? - A mulher pergunta com dúvida
- Não, sou Bárbara Passos, irmã mais velha - Quando digo isso a mulher fez um tom nasal em concordância
- Hm ok, sou da recepção do Hospital e a mulher Flaviana Alberto Passos e o homem Adinan Passos Voltan sofreram um acidente quando estavam chegando aqui na cidade e bateram com um caminhão enorme e estão internados aqui nesse exato momento em uma situação grave. Aqui no documento deles falam o número das duas filhas e em caso de emergência o de Carolina Voltan. Então por favor, chegam o mais rápido possível. - A recepcionista fala e eu logo fico preocupada e assustada. Começo a balançar Carolina que não acordava.
- Merda - Sussurro - Moça, chego ai daqui a pouco, obrigada por ligar - Desligo a ligação e tento acordar Carolina que estava em um sono pesado. - Que droga! - Tiro Carol do meu peito cuidadosamente e logo visto uma roupa, pois estava nua.
Quando me vesti, entro no banheiro e escovo os dentes rapidamente e penteio meu cabelo que estava bagunçado.
Volto ao quarto e sento sobre o quadril de Carol e começo a dar beijinhos em seu pescoço, rosto e clavícula, até Carolina começar a se mexer de baixo de mim.
- Amor... Acorda, os papais sofreram um acidente - Falo e a loira abre os olhos lentamente.
- O-os papais o que? - A voz da mais nova estava rouca.
- Eles sofreram acidente e estão internados no hospital em estado grave, veste uma roupa rápido - Eu falo e vejo Carolina arquear as sobrancelhas sem acreditar. - Ok, temos que ir rápido, não vou ficar esperando você acreditar - Falo isso e levanto frustada e logo pego a chave do meu carro, desço as escadas e entro na garagem, destrancando meu carro e suspirando, batendo minha testa no volante.
Minha ansiedade estava a mil, minhas pernas se mexendo involuntariamente, eu estralava os dedos a cada 5 minutos.
Depois de alguns minutos Carolina abre a porta do passageiro e logo se senta no banco, em silêncio. Eu ligo o carro e vou em direção ao hospital quase que em alta velocidade.
Quando chegamos no hospital nós saímos do carro e eu logo travo o carro e vou correndo pra dentro do hospital, vou até a recepcionista e ela pediu alguns documentos e informações e pediu pra gente esperar.
Carolina estava em silêncio desde quando entrou no carro e quando sentei ao seu lado, olhei pra ela que não retribuiu o olhar, continuou olhando pro nada.
- Amor... - A chamo e ela apenas faz um som nasal - Quer conversar? - Pergunto e ela olha pra mim e deita a cabeça em meu ombro, e abraça minha cintura de lado.
- Tô com medo de acontecer algo ainda mais grave, Bárbara, como a gente vai ficar com tudo isso? - Carol sempre foi muito paranoica, ela imaginava que ia acontecer as coisas que não aconteceram ainda.
- Amor, não vai acontecer nada. Pode ficar tranquila e para de pensar essas coisas. - Falo e ouço Carol soluçando. Eu começo um cafuné nela e uns minutos depois ela fala:
- Mas e se acontecer? - Carol sussurra soluça mais algo e ela começa a chorar ainda mais.
- O meu amor, vem cá. - Falo com uma voz mais calma para acalma-lá e logo a abraço e ela se encolhe em meus braços. - Se algo acontecer, eu vou continuar aqui com você. Independentemente de tudo. - Carol esconde o rosto em meu pescoço
- Obrigada, obrigada por sempre estar comigo - Carolina fala com uma voz falha e eu sorrio, ela fica ali por horas.
(...)
Vejo um médico vir em nossa direção e ele estava em uma paleta em mãos. Carol dormia em meus braços e já era quase de manhã.
- Vocês são as filhas de Adinan e Flaviana, certo? - Ele pergunta e eu assenti. - Ok, já está sendo permitido visitas, se vocês quiserem os visitar, já podem. O estado deles está grave mas estamos fazendo o possível para não acontecer nada. - Ele diz e eu assenti.
A primeira pessoa a ir conversar com nossos pais foi Carolina, eu estava lá ao seu lado esperando e ela não conversou nada, apenas chorou. Disse que os amava, agradeceu por tudo que tinham feito por ela, entre outras coisas, aquilo estava doendo muito, muito mesmo.
Estava vendo as 3 pessoas mais importantes da minha vida sentindo dor e sofrendo.
Depois de um tempo eu fui conversar com meu pai primeiro e logo depois com minha mãe e ela logo disse pra Carol se retirar da sala e Carolina se negava. Até que ela saiu e mãe segurou minha mão.
- Mãe olha, eu te peço mil desculpas por tudo, eu sou uma péssima filha desde sempre então... - Começo a falar mas minha mãe me interrompe.
- Não diga isso Bárbara, você sempre foi uma ótima filha eu e seu pai que nunca enxergamos isso, você sempre fez o melhor por nós, você foi a melhor filha mais velha que poderíamos ter. Nós que devemos nos desculpar por tudo, não te tratamos do jeito que deveríamos. - Ela fala e eu começo a chorar muito. - E filha, a gente sabe que tem algo entre você e a Carol. - Eu olho pra ela assustada, como ela soube? - Soubemos porque não somos bestas, nós percebemos, e saiba que não tem problema algum nisso, a gente aceita e só queremos que sejam felizes, e para te deixar mais relaxada, Bárbara vocês não são irmãs de sangue. A Carol é adotada. - Quando ela diz isso eu fico em completo choque e não sabia o que dizer. - Adotamos a Carol porque eu estava grávida e perdi o bebê então adotamos a Carolina quando você era bem pequena, por isso que não lembra, e ninguém fala sobre isso. E você deveria saber porque vocês não são nada parecidas. - Percebo que o coração de mãe batia pouco e fraco e começo a chorar novamente e a abraço. - Eu amo muito você Bárbara, e eu também amo muito a Carolina. Vocês foram as melhores filhas que os pais poderiam ter, e saiba que vou morrer satisfeita e feliz. - Coloco minha cabeça no coração de mãe e deito ali, e o senti parando e olho pra minha mãe que estava chorando com um sorriso bem pequeno.
- Não mãe, não deixe a gente, por favor. Mãe, eu te amo, não me deixa. - Digo desesperada e chorando, Carolina entra na sala e vai até nossa mãe.
- Não, não, não, isso não pode estar acontecendo - Carolina começa a chorar ainda mais.
- Eu amo vocês. - E essa foi a última frase que minha mãe disse antes de seus batimentos pararem e ela parar de respirar. Olho pro nosso pai que estava chorando e com os batimentos fracos
- Pai, você vai ficar com a gente né? - Carol diz em tom choroso indo até nosso pai e o abraçando.
- O "até que a morte os separe" nunca fez tanto sentido, que bom que vou ir junto a sua mãe, não conseguiria ser feliz sem ela. Eu amo vocês filhas, obrigada por tudo. - E ali, nossos pais se foram e restaram somente eu e Carolina que desabamos em um choro e nos abraçamos, e logo chega uns médicos e nos tiram dali.
Aquela foi a pior noite de toda minha vida.
Muita gente já me falou "meu deus, duas IRMÃS?" E já estava com esse cap em mente a MUITO tempo, então esclarecendo, elas não são irmãs de sangue ;)
Me desculpem pelo cap depressivo e avisando novamente, tá acabandoooo
Deixem a estrelinha e me seguem, até logo.
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Forbiden love (Babitan g!p)
FanficBárbara e Carol são irmãs, sim, irmãs. Bárbara tem 19 anos e está fazendo faculdade, e já Carolina tem 17 anos e está acabando a escola. Depois de uma festa, elas ficaram muito bêbadas e transaram... Pois é. Onde isso vai dar? 🥇#1 em Babitan!