A noite me assustava.

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"Então ela partiu, mais uma vez, se foi.. E ninguém vai esperar, por alguém assim, o resto da vida."


Passei o dia pensando no que Camila havia me dito, eu não conseguia acreditar, na verdade eu não queria, fiz todos os trabalhos, e logo troquei de roupa, minha noite me esperava como todos os dias. Desci as escadas e lá estava o Luis, um sorriso sutil tomando conta do seu rosto ao me ver descer, logo se levantou caminhando em na minha direção e beijando meu pescoço.


- Como vai a minha pequena? - Disse me abraçando, e me puxando na direção do quarto, forcei um sorriso, não estava nos meus melhores dias.

- Bem.. - Murmurei, logo entramos no quarto.


Aquele dia o Luis parecia realmente atacado, jogou meu corpo sobre a cama e logo veio sobre mim, beijando meu pescoço, seios, barriga, enquanto eu fingia gemidos, sem sentir realmente nada. Eu me considerava virgem até hoje, pois nunca fiz amor. Nunca fiz sexo de verdade, era apenas o meu corpo que ficava ali, eu sumia mentalmente, me concentrando apenas em fingir gemer às vezes, e fazê-los gemer também. Luis me comeu o quanto precisava, ele sempre tentava beijar meus lábios, mas eu nunca deixei logo ele estava satisfeito, depois de bombar vários minutos dentro de mim, gozou na camisinha que ele sempre reclamava de usar, dizia que devíamos ter um filho. Eu tinha medo dele, já havia apanhado dele algumas vezes em que me recusei a alguma coisa, por isso tentava aceitar o que ele queria, quando isso realmente não fosse me machucar. Logo ele caiu ao meu lado, um sorriso satisfeito surgindo no rosto, enquanto eu fingia um também, fingi cansaço quando ele ia tentar de novo, então ele ficou ao meu lado, apenas acariciando meus cabelos, até que dormiu. Retirei meu pagamento da sua carteira, e deixei um bilhete lhe dizendo que teria que ir a escola no outro dia, levantei rapidamente e corri pro outro quarto, carregando as roupas nos braços, não importava se me viam sempre de calcinha e sutiã ali.

No outro dia, começou tudo normal. Estava na sala agora, em meio a uma aula de biologia, percebi que a Camila me olhava sempre, mas quando tentava encara-la, desviava seus olhos, e acariciava seu namorado. O professor falava de um assunto que eu não prestava atenção, até que bateram na porta.


- Bom dia. - Disse meu professor, encarando um cara na porta, não fiz questão de levantar a cabeça para olha-lo.

- Vim buscar uma aluna. - Logo reconheci a voz, era de Luis, mas o que ele fazia ali? Ah não, Ah não!

- Desculpa Senhor, mas não podemos dispensar no me... - Tarde demais, Luis já invadia a sala, e se colocava na frente da minha mesa, me encolhi, sem saber o porquê de tudo aquilo.

- Por que você me deixou lá sozinho? Me drogou e foi embora? Sua vagabunda! - Ele berrava, atraindo todos os olhares da sala pra mim, Austin ria escandalosamente, mas a Camila parecia estar à ponto de explodir, fechando suas mãos como se fosse soca-lo.

- Para, aqui não, por favor.. - Murmurei, logo ele pegou meu braço, me puxando para fora da sala, enquanto o professor berrava que não era permitido, que chamaria meus pais.. Ah claro, que pais?

- Que vergonha de você, Lauren. Você acha que você é paga pra isso? - Disse ele, abrindo a porta de seu carro. Eu não queria entrar, mas passar mais vergonha era pior. Entrei sem resmungar, apenas sentia as lágrimas descerem pelo meu rosto.

- Desculpa, eu não fiz nada, você dormiu, e eu tinha que ir, foi isso.. - Chorei, quando ele encostou o carro em uma rua vazia.

- E você acha que pode ir sem permissão Lauren? - Continuei calada. - VOCÊ ACHA? - Gritou, batendo sua mão no vidro do carro, tive medo que o mesmo quebrasse.

- Não, eu... eu não vou fazer isso de novo.. - Gritei de volta.

- Bom mesmo, ou eu deixo você morrer, entendeu? - Puxou meu rosto, e beijou minha bochecha com força.

- Uhum... - Tentei fazer com que as lágrimas parassem. Mas infelizmente eu dependia tanto dele, afinal, sem ele as consequências seriam piores.

Ele não estava no clima pra sexo, e logo me deixou na minha verdadeira casa. Na verdade, era só um cômodo, onde eu ficava quando não ia trabalhar o que raramente acontecia. Subi as escadas, e logo notei uma garota parada na frente da minha porta: Camila.

- Lauren! - Disse ela assim que me viu um sorriso sincero tomando conta de seus lábios enquanto ela envolvia seus braços em mim.

- Hm, oi... - Murmurei, me afastando, e pegando a chave. - O que tá fazendo aqui?

- Eu fiquei preocupada. - Disse me olhando, enquanto eu abria a porta.

- Não liga, aquilo é normal. - Ri sem graça alguma, enquanto entrava na casa, ela entrando logo atrás de mim sem perguntar se poderia.

- Você não merece isso. - Sussurrou, voltando a se aproximar.

- Eu mereço sim, você não sabe o quanto.

Sai caminhando até uma parede, até sentir que ela me abraçava por trás, senti seus lábios tocarem carinhosamente meu pescoço, e eu sorri. Virando-me de frente pra ela, envolveu seus braços em meu pescoço, e ficou me olhando nos olhos, às vezes tinha que desviar de tão profundo que ela me olhava.

- Você não devia fazer isso... - Disse encarando seus lábios.

- Mas eu vou fazer. - Respondeu, aproximando seus lábios dos meus, e fechando seus olhos. Eu sabia que não deveria que ela não merecia aquilo, mas aquele toque fora tão sincero que eu não pude evitar, então deslizei minha mão até o seu rosto, segurando o mesmo com carinho, enquanto entreabria meus lábios, e passeava a pontinha da língua na dela, até que ela fez o mesmo, encaixando seus lábios nos meus. O beijo durou muito tempo, nossas línguas giravam numa sensação perfeita. Eu nunca havia beijado ninguém, nunca. Mesmo já tendo provado tanta coisa, nunca deixei que tocassem meus lábios. Mas o gosto dela era maravilhoso e era sincero, não, ela não iria me pagar depois. Mas o que ela estava me proporcionando agora era melhor que qualquer dinheiro. Afastamos os lábios quando precisávamos respirar, sorríamos, e pela primeira vez, eu não me importava com o que ia acontecer.

Logo ela voltou a me beijar, sua língua buscava pela minha com certa ousadia, enquanto suas mãos percorriam suavemente a lateral do meu corpo, logo deslizei as minhas pela sua cintura, levantando seu corpo um pouco, e colocando-a sentada sobre a mesa, ela então entrelaçou suas pernas em minha cintura, enquanto nossas línguas continuavam a dançar, avancei minhas mãos por baixo de sua saia, passeando as unhas pelas coxas dela, em resposta ela puxou meu cabelo com um pouco de força e ela puxou meu cabelo com certa força. Logo abandonou minha boca, descendo seus lábios pelo meu pescoço, e mordiscando por ali com certa força, me arrancando um gemido, que dessa vez eu não estava forçando. Levei minha mão na direção do seu sexo apenas pressionando meus dedos sobre a calcinha, e ela voltou a puxar meu cabelo. Então afastei sua calcinha para o lado, e fiquei massageando seu clitóris um tempo, até penetrar meus dedos nela. Ela se contorceu, e começou a rebolar nos meus dedos, enquanto eu fazia movimentos de vai e vem com eles. Ela deslizou suas mãos, colocando as duas sobre os meus seios, e começou a apertar e massagear os mesmos. Eu gemia baixinho junto dela, mas logo puxei suas pernas um pouco pra frente, e fui abaixando meu corpo, encontrando com a minha boca seu sexo. Comecei a passear minha língua por lá, pressionando ela sobre o seu clitóris, e ela voltou a gemer mais alto, continuei, passeando minha língua por todo o seu sexo, dando várias chupadas por ali. Até que o corpo dela tremeu, e ela empurrou suas costas pra trás, melando minha boca do seu gosto, dessa vez eu não me afastei como costumava fazer com outras pessoas, apenas me deliciei ali alguns minutos. Até que ela me puxou pros seus braços, e voltou a me beijar. Seu beijo dessa vez era carinhoso, e eu não queria deixar de beija-la, queria ficar lá pra sempre.


Eu deveria estar apaixonada.. Mas como?

Ela é da rua, mas é minhaOnde histórias criam vida. Descubra agora