O tempo não para.

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Oi gente linda!! Quero dizer que eu estou feliz pelas visualizações, mesmo!! Estamos chegando ao fim, é.. Triste, sim):  Mas, espero que gostem ♥

-x-

"Não para não, não para."

Já se passavam alguns meses desde que eu comecei o tratamento, e eu estava finalmente terminando. Eu estava curada, completamente curada! Eu poderia sair do hospital, e ter uma vida normal. A Camila esteve comigo durante todo esse tempo, e pela minha sorte, o Luis estava em viagem de trabalho e eu não sabia quando ele voltaria. Na verdade eu não queria o tratamento não foi tão difícil, eu pensei que seria pior, o negócio era eu saber controlar os meus horários, o que quase me matou várias vezes.

Eu estava agora esperando o médico entrar, e me dar alta, a Isabel estava na casa da mãe, teria que ficar lá até a noite, e depois iria direto pra casa, não sabia que eu já estaria lá, eu queria fazer uma surpresa pra ela. Caminhei pelo quarto, terminando de trocar de roupa, já estava com todas as coisas prontas. Eu ainda estava careca, mas já havia me acostumado com isso, raspar a cabeça foi a pior parte. Logo ouvi o barulho do médico abrir a porta, e sentei na cama.

- Minha querida Lauren.. - Ele entrou sorridente, se sentando ao meu lado.
- Oi. - Respondi ansiosa.
- Você está livre, querida. - Então ele se aproximou, segurando minha mão. Passou-me tudo o que eu ainda precisava fazer, e saiu.

Juntei minhas coisas e fui pra casa, o ônibus estava vazio, então não tive problema nenhum. Quando cheguei em minha casa tive aquela sensação de liberdade, enquanto liguei o som. Fui pra cozinha, procurando algumas coisas, eu deixaria um jantar feito pra ela. Coloquei uma toalha vermelha sobre a mesa, enquanto movia meu quadril ao som da música, corri até o armário pegando as taças e colocando sobre a mesa. Pela minha sorte, o Luis sempre deixava vinhos em casa, então coloquei junto das taças na mesa, separei talheres, pratos.
Deixei tudo prontinho lá e a comida no forno. Mudei de música passando pra uma mais calma soar pela casa, e fui tomar banho. Vesti um vestidinho preto, simples, mas ao mesmo tempo bonitinho, que era totalmente aberto na coxa. E fiquei esperando que ela chegasse quietinha no sofá. Ela logo chegaria toda, toda pra mim.. Continuei lá, esperando, apaguei as luzes, deixando apenas velas ligadas, uma ficava bem de frente ao meu rosto, então ela poderia me ver. Fiquei passeando o dedo perto dela, sem deixar encostar, apenas mantendo o mesmo aquecido. A música soava quase num sussurro quando ela enfim abriu a porta, entrou sem perceber que eu estava lá. Virou de costas e trancou a porta, aí sim pareceu notar a música. Girou seus olhos pela casa, notando as velas e então seus olhos correram para o sofá, enquanto eu abria um sorriso. Ela abriu a boca em forma de surpresa, por me ver ali. Novamente, no nosso sofá, depois de tudo o que passamos. Derrubou sua bolsa no chão, então ela caminhou rapidamente em direção aos meus braços, me levantei e ela se jogou neles em seguida, envolvi meus braços nas suas costas, e ficamos abraçadas por muito tempo. Até que ela se afastou, colando sua testa na minha.

- Não acredito que você tá aqui.. - Sorriu, roçando nossos narizes.
- É, eu estou.. Queria fazer uma surpresa pra ti. - Selei nossos lábios.
- Não sabe o quanto me deixa feliz.. - Voltou a me abraçar.
- Fiz até um jantar. - Eu ri, ela riu de volta se afastando, sabia que eu era uma péssima cozinheira.

O jantar foi maravilhoso, conversamos sobre várias bobeiras, principalmente as que sua mãe havia lhe contado, e rimos bastante por isso, às vezes segurávamos macarrão uma de um lado e a outra do outro, mas sempre acabávamos derrubando, e ela brigava comigo, me culpando por não conseguir segurar o macarrão. A companhia da Isabel era perfeita, ela sabia como conversar com alguém.. E sabia principalmente, como me fazer realmente feliz. É bem clichê, mas eu tenho que admitir que ela era tudo o que eu sempre quis.
- Fez? - Encarou meus olhos de sobrancelhas erguidas.
- Ah, eu comprei. Mas eu arrumei shiu! - Então ela voltou a rir, balançando sua cabeça negativamente, eu fiz um bico.

Ela é da rua, mas é minhaOnde histórias criam vida. Descubra agora