Me sinto mal

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NALY 

Já tinha se passado uma semana desde o ocorrido. Eu andava me sentindo tão mal, primeiro eu estava fraca quando acordei naquele dia por ter passado um dia e meio dormindo.

Segundo eu parei de sentir vontade de fazer as coisas mais simples, mas eu me esforçava para fazê-las. Tipo: comer e tomar banho. 

Terceiro, eu me sentia suja mesmo depois de uma semana. Eu sentia dores por todo o corpo.

As meninas perceberam a minha mudança drástica desde aquele dia. Eu me recusava a sair, a fazer exercícios, e a me comunicar com as pessoas. Vitor e Ana queriam saber o que estava acontecendo e passaram em casa para me ver. Eu disse que não tinha sido nada, mas eu não conseguia falar o que tinha acontecido... não conseguia falar o que eu estava sentindo.

Nos últimos dias eu andava muito cansada e com bastante tontura, eu também notei que meus seios estavam mais sensíveis. Eu não comia muito e isso só fazia piorar mais as coisas. 

Ana até queria me levar no médico para ver o que eu tinha, mas eu não queria sair, se eu saísse eu pensava que o médico ia fazer a mesma coisa que o Marcos fez comigo.

Eu chorava à noite lembrando de como eu acordei naquele dia.

Depois que eu caí no chão e o Marcos acordou, ele veio me "consolar". Ele ainda me levou para tomar banho, mas ele que me deu banho. Eu consegui achar voz e disse que não era para ele fazer isso, mas ele fez mesmo assim.

O que fez eu me sentir ainda pior, por estar acordada.

Depois disso ele não saiu do meu lado e passou o dia comigo e não foi trabalhar. Mas depois que eu me recusei a sair do quarto e de ficar ao lado dele, ele voltou a ser aquele mesmo fingido de sempre.

Mesmo eu do jeito que estava eu notei sua mudança repentina. Ele estava com ela de novo. 

Ele abusou de mim enquanto eu dormia, e agora estava com a amante, como se nada tivesse acontecido. Eu não tinha forças para contar para Mina sobre isso.

E falando nela... Ela é um anjo que me ajuda em tudo e se importa comigo. Como a Megan tinha família ela não podia ficar aqui, mas como a Mina tinha apenas um filho que morava em outro estado com os tios, por causa da faculdade.

Ela podia ficar comigo. Ela me dava todo o apoio que eu precisei durante esses dias, ela me forçava a comer quando eu não queria, ela me ajudava a tomar banho por não aguentar ficar de pé. Tem vezes que não consigo me segurar de pé, por não ter forças.

— Meg pega pra mim um pouco de água, por favor? — eu estava na cama deitada. Meg veio me chamar para levantar e viu que eu estava com febre.

— Tá bom. Vou avisar a Mina para trazer seu café. Você precisa comer alguma coisa. — ela saiu antes que eu pudesse responder.

Desde ontem que eu não me sentia bem, eu passei o dia inteiro com tontura e ânsia. Eu mal consegui comer porque não parava nada no estômago.

Não demorou e as duas entram no quarto Meg me ajuda a sentar na cama enquanto Mina trazia meu café.

— Como se senti? — Mina

— Cansada e com frio.

— Vou pegar uma blusa para você vestir. — Meg arrumou meu travesseiro e foi pegar uma blusa para mim.

Mina deixou a bandeja no meu colo, e pegou um comprimido que estava enrolado a um guardanapo na sua mão, e o copo de água que a Meg trouxe.

— Toma. Você tem que tomar esse comprimido primeiro. — ela me entregou o comprimido.

— Pra que? 

— São para você conseguir manter algo no estômago. — eu olhei ela confusa. — Eu conversei com o meu afilhado sobre o que estava acontecendo com você, e falei que você estava tendo ânsias. Ele me trouxe alguns remédios pra você tomar. Ele falou que vai ajudar.

Peguei o copo e tomei o remédio. Elas ficaram comigo até eu terminar de comer, Mina ficou feliz por não ter que me forçar a comer dessa vez.

Meg levou a bandeja para cozinha aproveitando para ligar pro marido, Mina ficou comigo no quarto. Ela me contou sobre o que ela achou estranho no Marcos.

Ela falou que um dia antes de eu ter acordado, ele estava ansioso para fechar um negócio que ele estava tentando fechar a 4 anos. Ela falou que quando ele chegou, ele estava feliz, e bêbado mas sóbrio. Comecei a chorar.

Ela falou que naquele dia ele recusou o jantar e dispensou ela para ir para casa. E quando chego de manhã eu já tinha acordado e ele tava lá, "cuidando" de mim.

Mina percebeu que eu estava chorando porque eu estava com a cabeça no colo dela, e as minhas lágrimas estavam molhando sua calça.

— Naly, o que foi? — se inclinou para ver meu rosto. — Em? O que ouve? — ela acariciou meu rosto.

— Mina... — eu estava começando a soluçar. — Ele... — eu nem consegui terminar a frase de tanto que eu chorava.

— Ele o que Naly? — ela ficou me olhando. — Ele fez alguma coisa com você? — eu continuei chorando e não a respondi. — Naly, ele fez alguma coisa? Ele te bateu?

— Não...

— Ele não te bateu?

— Não.

— Mas ele fez alguma coisa com você não foi? — demorei pra responder.

— Fez... — soluço.

— Naly o que ele fez? Você pode me contar. Naly eu quero o seu bem, mais que tudo nessa casa, você se tornou como uma filha que nunca tive. Pode me contar? Eu vou ajudar da forma que eu puder. — Eu tinha a Mina como uma mãe.

Ela sempre cuidou de mim naquela casa e sempre me ajudou com o que eu precisava. Não podia ter achado alguém melhor para ser uma segunda mãe. 

— Ele…  — suspirei. — Ele abusou de mim. Ele me estupro. — ela fico muda por um tempo. 

— Naly... Eu sinto muito. — ela me abraçou sem jeito. 

Depois acabei dormindo no colo dela. Era tudo que eu precisava colo, conforto e apoio. Mina disse que ia me ajudar e sei que ela faria tudo que tivesse ao seu alcance para me ajudar.

.........

Demorou mas saiu.

Espero que gostem☺

Bjs💋

Como Me Apaixonei Por Você. [Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora