Nunca é culpa sua

617 28 2
                                    

VITOR

Meu dia tinha sido puxado na empresa, mas pelo menos tinha fechado contrato com com uma rede de café. 

Não foi com o meu cunhado mas foi com uma boa empresa.

Eu estava cansado mas não tirava da cabeça a Naly, essa última semana que passou ela estava tão diferente... tinha mudado e voltado a ser aquela garota sem alegria e vigor que eu conhecia.

Não só eu como a Ana também estávamos preocupados com ela, da última vez que a vimos ela estava com roupas largas, blusa e calça de moletom num calor de queimar a cabeça. A primeira coisa que notamos foi isso, depois ela não ligou mais para nós e nem falou nada.

Três dias depois que fomos lá eu e a Ana estávamos marcando de ir para lá de novo. Mas quando eu cheguei em casa fiquei ocupado e não podemos ir, tivemos que deixar para outro dia.

Hoje quando cheguei do trabalho eu estava cansado mas só estava querendo um banho e cama. Depois de comer eu fui falar pra Ana que eu ia dormir mais cedo por conta do cansaço.

— Tá bom. E vê se não fica no celular, depois eu vou lá ver? — ela me deu um sermão parecendo uma mãe.

— Tá bom mamãe. — provoquei.

— Palhaço.

— Boa noite. — disse fechando a porta do quarto dela.

— Boa noite. — Fui para o quarto, escovei os dentes e depois deitei na cama, não demorou e eu já estava dormindo.

Eu estava tendo um sonho tão bom quando meu celular começou a tocar me fazendo acordar, tapeio o criado com os olhos fechados e pego o celular, nem olhei a identificação por causa do sono.

— Alô? — eu estava puro sono.

— Vitor? Vitor por favor ajuda... — era uma voz familiar, eu me arrumei na cama e fiquei sem entender.

— Calma quem é? — acendi o abajur e vi que era 01:59.

— Sou eu, Vitor. A Mina! A Naly sofreu um acidente aqui em casa. E está no hospital. — meu coração parou.

— Como? A-a Naly tá bem? O que aconteceu Mina? — sentei na cama já com um pressentimento ruim.

— Eu não sei direito, mas ouvi uns gritos enquanto eu estava na cozinha fazendo um chá para Naly poder dormir. Quando eu ouvi o Marcos gritar a Naly, aí eu saí para ver o que estava acontecendo e quando eu cheguei na sala, ela estava caída na frente da escada. — Eu estava em choque com o que ela tinha acabado de falar. — Vitor? Você tá aí ainda? 

— Ah.. Oi? Tô aqui sim. 

— Por favor Vitor preciso que vá e fiquei com ela no hospital, o Marcos está lá mas... Não quero ele perto dela. Depois de tudo que ele fez pra ela. — Oi?

— Ele fez o quê? Mina fala. O que o Marcos fez?

— Isso foi culpa dele, Vitor. A Naly cair da escada tudo que ela tá passando é culpa dele. — desgraçado. Eu sabia. Eu sabia e isso me deixou mais bravo ainda.

-— Qual hospital ela está? Eu vou pra lá agora.

— Ela está no hospital onde o seu amigo médico trabalha. É o mais próximo daqui.

— Tá eu tô indo pra lá agora. Quando eu chegar lá eu te aviso.

— Tá bom Vitor, obrigada.

— De nada Mina. — desliguei e coloquei uma roupa o mais rápido que eu consegui.

Antes de sair do quarto eu peguei meu celular e documentos e uma blusa de frio. Saí do quarto e fui acordar Ana, entrei no quarto dela e acendi a luz. 

— Ana! Ana levanta. — cheguei na cama e comecei a sacudir ela. — Ana levanta a gente tem que ir.

— Hhmm. Sai. — ela me impuro com a mão.

— Ana é sério, a gente tem que ir. Levanta.

— Porra Vitor deixa eu dormi. — ela viro para  mim e fico me olhando ou melhor tentando por causa da claridade.

— Não, Ana, a Naly precisa da gente. Ela está no hospital e a Mina acabou de ligar.

-— Quê? — ela despertou e sentou na cama tão rápido que nem pareceu que ela estava com sono. — Como assim ela tá no hospital? O que aconteceu? 

— Marcos. Foi o que aconteceu. 

— Filho da puta. 

— Vai colocar uma roupa o mais rápido que consegui e pega seus documentos. De preferência o RG, eu vou te esperar no carro. 

— Tá bom. Já vou descer.

Sai do quarto e fui para o carro, tirei ele da garagem e estacionei na frente de casa para ficar mais fácil. Eu acabei de estacionar e vejo Ana trancando a porta da frente.

Ela entrou no carro e fomos para o hospital. A parte boa era que não tinha trânsito e chegamos rápido, quando chego no hospital e saio do carro eu entro na sala de espera e chamo pelo Marcos.

O mesmo se levantou e eu fui até ele. Cheguei bem na frente dele e soquei a cara dele e segurei ele pelo colarinho, ele ainda estava de pijama. Eu queria estourar a cara dele ali.

— Seu desgraçado o que você fez? O que você fez com ela? — eu gritei na cara dele, dani-se se eu estava em um hospital. Ele é um desgraçado.

— Vitor, calma, a gente está em um hospital! — Ana veio e tentou soltar o Marcos das minhas mãos.

— Vitor foi um acidente, ela caiu, eu não tive culpa. 

— Você nunca tem culpa Marcos. Nunca. — eu sacudi ele e preparei o punho mais a Ana junto com dois seguranças que me tiraram de cima dele.

— Vitor? Chega. — Ana me empurrou e os seguranças me levaram para o outro lado da sala. 

— Sempre que acontece alguma coisa com ela você nunca tem culpa? Isso acaba hoje. — eu gritei e depois Ana me fez calar a boca.

— Vitor, calma. Caramba. Não precisa disso.

— Você está defendendo ele? — Apontei para ele. — É isso?

— Não Vitor. Não estou defendendo ele, estou mais preocupada com ela do que com ele. — ela olhou para ele e eu pude ver que tinha uma enfermeira cuidando dele. — Ele vai ter o que merece, e muito mais.

Ele ia ter o que merecia mesmo e eu ia dar isso a ele. Eu ia resolver tudo e esclarecer tudo, mas primeiro eu tinha que ver a minha irmã e saber como ela está.

Eu e a Ana ficamos conversando sobre contar ou não para nossos pais. Eles tiveram uma reunião no estado vizinho e não sabíamos se contávamos ou não. Parei de ouvir o que ela falava e passei a olhar para o Marcos que estava no balcão de fichas.

Fiquei encarando ele e lembrando do que a Mina tinha me falado ao telefone, sobre isso ser culpa dele e ele ser a razão para Naly estar passando por isso.

Eu vou falar com a Mina e vou descobrir isso, vou ver minha irmã primeiro e depois falo com ela, e aproveito e passo o diagnóstico da Naly no hospital para ela ficar sabendo.

Mas depois que eu conversar com ela eu vou falar com o Antônio e contar tudo o que ele tinha feito a minha irmã. Eu tinha provas de que ele estava traindo minha irmã com a secretaria, era só eu mostrar a ele.

"Você não me escapa Marcos. Vou estragar a sua vida da mesma forma que você fez com ela, só que.... pior." Pensei

Ele vai pagar por tudo. Ah se vai. Vou fazer da vida dele um inferno.


.......

Opa....

Saiu 😁😁😁.

Aproveitem mais tarde sai outro.😉

Bjs💋

Como Me Apaixonei Por Você. [Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora