Como Me Apaixonei Por Você. [Revisão]

Não vou assina

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Deu semanas... e a Naly já tinha saído do hospital, Vitor levou ela para casa dele. Lá Ana aproveitou para ligar para o agente e explicou a situação e falou que ficaria mais um mês, para cuidar da irmã.

Como o Vitor teve que voltar para a empresa, Ana ficaria com a Naly, e faria companhia para ela. Vitor até estava pensando em contratar uma pessoa para ajudar, Ana a cuidar da Naly, mas ela falou que não precisava. Até que o Vitor recebeu uma proposta de uma pessoa especial, para trabalhar na casa dele.

Mina tinha pedido demissão, e não ia mais trabalhar para o Marcos. Antônio concordou com a demissão dela, ele ofereceu a casa dele, mas ela queria ficar perto da Naly.

Mina foi muito bem recebida na casa do Vitor. Naly ficou feliz por ter ela sempre por perto.

Agora, o Marcos... Ele não gostou de ter que abrir mão da cozinheira, que já estava com ele à anos. Quando Mina chegou, para ele pedindo demissão, ele não queria aceitar, por saber que seria difícil, achar alguém que cozinha-se como ela. Ela disse que não podia mais ficar, por ter que se mudar.

Lógico que ela mentiu, ela não queria, se recusava a ficar em uma casa, onde tinha presenciado tudo aquilo e ainda mais. Ela não queria ficar, em uma casa onde a nova patroa seria a amante dele, a pessoa que teve parte da destruição de uma vida.

Ele aceitou a demissão dela, por que ela falou que já tinha achado alguém, para ficar no lugar dela, só por esse motivo que ele aceitou.

Seus dias de sofrimento haviam começado.

..........

MARCOS 

Eu estava cansado, melhor dizendo... exausto.

Depois que saí do hospital, pelo nocaute que o Vitor tinha me dado, minha vida tinha ido ladeira abaixo. Não pude mais ver a Naly, as coisas na empresa estavam indo mal, Baby não me deixava em paz, por causa da gravidez.

Ela queria escolher um nome para o nosso filho, e ele nem tinha nascido ainda.

Eu estava tão cansado por não conseguir dormir à noite, o que estava afetando tudo. Eu não consegui me concentrar, quando tinha reunião, minhas conversas com os investidores não era das melhores...

Eu estava no escritório tentando revisar um documento, a 20 minutos, mas eu não estava conseguindo. Eu voltava no dia do acidente, voltava na Naly deitada na cama do hospital, tudo por minha causa.

Se eu tivesse ficado no quarto...

— Droga. — Joguei a caneta em cima da mesa, me encostei na cadeira. — Eu só queria te ver mais uma vez... — Eu tinha feito merda com a minha vida.

Tok, Tok, Tok 

— Entre. — A porta se abriu e meu pai entrou. — Pai! — eu me arrumei na cadeira. Meu pai não estava falando comigo, desde o dia que ele e o Vitor apareceram aqui. — O que tá fazendo aqui?

— Eu vim te trazer isso. — ele chegou perto da minha parou e jogou um envelope branco em cima da mesa, não estava gostando da forma que ele estava me tratando.

— O que é isso? — peguei o envelope e abri.

— São os papéis do divórcio para você assina. — Eu olhei para ele sem acreditar. — O quê? Eu falei que ela ia pedir o divórcio. Agora você tem que assinar. — eu olhei pro papel, e engoli seco.

Ela não podia ter pedido o divórcio? A gente tinha que conversar primeiro?

Com as mãos trêmulas, e o coração disparado, eu tirei o papel de dentro do envelope. Eu pude ler bem grande no papel, DIVÓRCIO. 

A assinatura dela já estava lá, meu peito doeu quando eu vi que ela já tinha assinado, eu podia não assinar, assim pelo menos teríamos mais tempo para conversar, queria que ela me perdoasse. Mas como ela já tinha assinado, não podia fazer muita coisa.

— Não vou assinar isso. — falei me encostando na cadeira de novo. — Quero falar com ela primeiro.

— Marcos, você não tá podendo exigir nada! Você vai assinar esse documento, e eu mesmo vou entregar para o Vitor. 

— Por que você vai entregar pro Vitor? Foi ele que pediu isso? — apontei para o papel.

— Não, Marcos. A própria Naly que pediu o divórcio, e como é o advogado do Vitor, que está cuidando disso, eu vou entregar para ele. — ele sempre no meio de tudo.

— Mesmo assim, eu não vou assinar isso. Eu quero falar com ela. 

— Já falei que não! Assina logo esse papel Marcos, e para de fazer drama. Se tivesse feito as coisas certas, você não teria que assinar papel de divórcio nenhum. — Meu pai estava ficando vermelho pela raiva.

Eu não queria assinar aquilo, se eu assinasse eu não poderia falar com ela, para gente voltar e tentar de novo. Eu não queria aquilo.

— Assina logo esse papel Marcos. — Olhei para o meu pai. — Você jogou fora tudo que você tinha. Agora arque com as suas responsabilidades. Você vai ser pai, agora aprenda a agir como tal. — ele falou tudo isso calmo.

Eu peguei a caneta, sentindo um nó na garganta, os olhos arde e o peito doer, respirei fundo antes de encosta a caneta no papel.

Assinei com a maior dor e arrependimento, que eu já senti.

— Ótimo. Agora... — meu pai pegou o papel e coloco de volta no envelope. — Vou levar isso para o Vitor. — eu estava olhando para outro canto da sala. — Se você tivesse pelo menos, tentado conhecer ela... talvez isso não esteria acontecendo. — assim meu pai saiu me deixando sozinho na sala.

Eu comecei a chorar de novo. Quando bateram na porta, e sem aviso a abriram.

— Marcos? — era a Baby, eu não queria ela aqui. — Você está...

— Fora!

— Mas...

— Eu falei FORA Baby. Me deixa sozinho!

— Tá bom! — ela voltou e saiu da minha sala.

Eu ia receber uma certidão de divórcio em breve, eu não podia mais falar com ela, e nem tentar uma comunicação. 

Ficamos casados por 6 meses, e eu nunca peguei o número de telefone dela, todas as vezes que eu tinha que falar com ela, eu ligava para o telefone fixo de casa, era sempre uma das meninas que atendia.

Eu só queria poder vê-la de novo. 

Queria poder dizer que a amo. 

E que eu sinto a falta dela. 

.......

O peso da culpa dói, né gente?

😁😁😁

Aproveitem, e depois me falem se gosto.

Bjs💋