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-Fiz pra gente—coloquei a xícara de café quente na mesinha na nossa frente.
-Obrigado amor—encarou o violão em seu colo.
-Não vai tocar?— me sentei e coloquei o pé sobre a mesa.
-Estou pensando—colocou o violão no sofá ao seu lado.
Estávamos curtindo alguns dias de "férias" em Campos do Jordão.
-Eu gosto quando você toca — apoiei minha cabeça em seu ombro.
-Você quer que eu toque o que?— fez carinho no meu rosto.
-Qualquer uma amor—sorri de lado.
-Eu toco e você canta.
-Nem ferrando—neguei rapidamente— eu não sei cantar—o encarei.
-Sabe sim.
-Claro que não amor— balancei a cabeça.
-Eu gosto da sua voz—deu de ombros—Podemos cantar juntos,então?—
-Eu te ajudo.
-Preciso de uma música—pegou o violão,posicionou em seu colo. Começou a batucar o dedo sobre o violão pensando em alguma canção.
-Um sertanejo— coloquei os pés sobre o sofá.
-Jorge e Mateus?—
-Seu astral!—sorri.
-Huuum—pegou o celular e procurou a letra— eu não sei como toca ela no violão— me encarou.
-Vai na fé— vejo ele tentando pegar o ritmo.
-Vou tentar pegar o refrão que é mais Fácil—fechou os olhos e tentou pegar o ritmo.
Ele começa a tocar e começo a remexer meus pés pra tentar pegar o ritmo.
-Dizendo pra mim que é sobrenatural,esse amor fora do normal. Dizendo pra mim que eu sou o seu astral. Que esse amor que está em mim é tão real—ele me encara e pressiona os lábios—Vai amor.
-Eu viajei no seu olhar no teu sorriso,nos teus segredos. Eu descobri o que é amar pelo toque dos seus beijos—olho pra Veiga que começa a cantar comigo— Eu viajei no teu olhar,no teu sorriso,nos teus segredos. Eu descobri o que é amar,pelo toque dos seus beijos.
-Êh,oh-oh-oh,Oh,Oh,no...Oh,Oh,Oh-oh...uh.
Ele toca mais uma pouco e depois finaliza.
-Eu largo a odontologia e você larga o futebol—Raphael riu—E vamos cantar pelo mundo.
-Primeiro que vamos morrer de fome— rimos.
-Está querendo dizer que não formamos uma boa dupla?—levantei uma sobrancelha.
-Não formamos uma boa dupla pra cantar—se explicou—Mas para outras coisas você sabe que mandamos muito bem—sorriu de lado.
-Muito bem?—tirei o violão do seu colo.
-Os melhores!—subi em seu colo,tirei meu casaco e segurei a sua nuca.
-Ah,bem melhor assim!— ele agarrou a minha nuca.
-Adorei essa sua roupa!— encarou o decote nos meus seios.
-É,eu percebi— segurei o seu queixo e puxei pra cima e o beijei.
