Cap 10

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!!!CAP NÃO REVISADO, qualquer erro favor me avisar :)!!!!!
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Jisung dormiu de mal jeito à noite, o que ocasionou um leve torcicolo no lado esquerdo do seu pescoço, contribuindo para o progresso da sua irritação matinal.

Cansado, vestiu apenas uma blusa preta de mangas longas, esta sendo a primeira que encontrou pelo quarto, e os jeans que já estava acostumado, logo pegando a moto e seguindo o caminho da faculdade, carregando consigo todo o desânimo do mundo.

Ao chegar nos portões de entrada, porém, algo fê-lo despertar minimamente, visto que não era de receber olhares tão curiosos de pessoas que nem conhecia direito, mas resolveu deixar o fato de lado e abriu caminho pelo campus. No meio do trajeto, encontrou Kim Yugyeom, um colega de turma com quem trocou poucas palavras uma ou duas vezes, mas que agora fez questão de cumprimentá-lo com bastante presunção.

-Oi-Jisung respondeu, ainda que estranhando o comportamento do moreno.

-Nem vou perguntar se você está bem, porque já vi que está muito bem — Yugyeom sorriu enigmático e voltou a caminhar na direção contrária a qual o Han estava indo. Nos vemos depois, uh?

Jisung franziu o cenho, mas não teve muito tempo para pensar a respeito, pois logo seus olhos encontraram um conjunto de traços específicos perto da entrada de um dos prédios e qualquer tipo de pensamento que não envolvesse aquele rosto foi deletado da sua mente.
Antes que pudesse perceber, seu maxilar já havia trincado e seu olhar desanimado tornou-se perfurante, ácido, carregado de uma mágoa palpável. No entanto, nos olhos que o encaravam de volta conseguia enxergar apenas preocupação, vergonha e quem sabe um pouco de arrependimento, mas não era como se acreditasse naquela farsa.

-Jisung? - Hyunjin o chamou, tocando seu braço, mas os olhos do loiro continuaram fixos no mesmo lugar. - Você já viu o que o pessoal tá falando?

-O que?-soou meio ríspido, embora sua raiva

não fosse direcionada ao amigo.

- Olhe - Hyunjin entregou o celular e finalmente conseguiu fazer Jisung mudar de foco. Os olhos do último citado se arregalarem conforme escaneavam o ecrã. - Eu nem tinha visto as notificações do grupo da minha turma. Quem me perguntou sobre isso foi Chan, quando fui tentar entender a bagunça que aconteceu entre vocês dois.

-Chan viu isso? -Jisung sentiu um frio na barriga, se referindo à foto em que ele e Minho apareciam abraçados.

-Viu - Hyunjin deu de ombros com certo desdém, desprezando qualquer coisa que envolvesse o cara que magoou seu melhor amigo. - Ele disse que queria falar com você direito, mas, pelo visto, você já estava numa muito melhor.

Jisung tornou a cravar o olhar no ex-noivo, mas o mesmo já não o olhava de volta, então, devolveu o celular para Hyunjin e saiu batendo pé. O Hwang o chamou, porém não deu atenção e prosseguiu com suas passadas furiosas em direção a qualquer lugar que não lhe possibilitasse a visão do rosto estupidamente bonito de Chan. O chão podia queimar sob seus tênis, tamanha era sua raiva.

Jisung detestava quando se intrometiam em sua vida, e detestava ainda mais quando inventavam coisas a seu respeito. Ele não tinha nada com Minho, oras! Se o Lee não houvesse o abraçado daquele jeito, provavelmente nem teria o tocado intencionalmente, não havia motivos para dizerem o contrário.

E também não havia motivos para Chan acreditar nessas falsas especulações.

Era isso, afinal. O que mais estava deixando Jisung bravo era o fato de o ex-noivo estar presumindo que ele já havia começado a seguir em frente, sendo que a realidade era totalmente contrária. Por mais idiota que fosse e ele sabia que era - -Jisung não queria fechar o caminho, pois, lá no fundo, alimentava uma ínfima esperança de Chan voltar atrás e perceber que sua decisão havia sido um completo erro. Ele nem devia pensar na possibilidade de perdoá-lo, se não fosse pelo seu maldito coração batendo de forma tão acelerada, então, sim: se Chan dissesse uma única palavra, Jisung voltaria para seus braços sem nem pensar duas vezes, e o Han se odiava por isso, mas não era algo com que pudesse lidar. Amava-o tanto que não conseguia agir racionalmente.

Seus olhos marejaram sem sua permissão, ficando embaçados, mas voltaram ao normal assim que os fechou com força ao ouvir a voz de Minho o chamando de algum lugar.

-Não enche! - respondeu grosseiramente, sem parar de andar.

Minho suspirou, triste. Já imaginava que a reação de Jisung depois daquelas fotos não fosse uma das melhores, mas não era sua culpa. Bem, talvez fosse um pouquinho, uma vez que foi ideia sua abraçá-lo em público, todavia não pensou que fossem tão famosos a ponto de atraírem um paparazzi.

-Acho que estraguei tudo - murmurou, com os lábios rosados formando um biquinho, as mãos enfiadas nos bolsos do moletom cinza.

-Para, não foi sua culpa - Jennie carinhosamente apertou seu ombro, tentando confortá-lo.-0 Jisung-...

- É um idiota - completou Felix, portando tanta raiva quanto o Han, e saiu atrás do mesmo. Mas ele vai ver só.

Você vai fazer o quê? - Changbin segurou o

braço do ruivo, o fazendo se virar rapidamente.

- Vou dar na cara dele.

-Felix! - Minho advertiu, sua incredulidade sendo notável a quilômetros de distância.

-Eu avisei que não ia ficar quieto se o visse te tratando mal de novo, não avisei?

Mas também não precisa tentar bater nele!

- Concordo disse Changbin. - Ainda me pergunto de onde saiu tanta violência.

- Você tem cinco segundos pra me soltar-Felix

direcionou seu olhar letal para o Seo, este que engoliu em seco e hesitou pelos próximos três segundos, mas, quando chegou no quarto, o receio falou mais alto e o fez largar o braço do namorado, que se virou e continuou seu caminho em direção a Jisung.

- Deixa que eu supervisiono — avisou Jennie, seguindo o australiano a uma distância segura.

Felix desviou de alguns grupos de universitários e entrou no prédio que Jisung frequentava. Aquele ponto já havia o perdido de vista, mas acreditava que ele havia entrado ali por faltarem poucos minutos para o início da primeira aula. Sua suspeita foi comprovada quando avistou uma cabeleira loira no fim de um dos corredores menos movimentados, e apertou o passo para o alcançar.

-Ei! - chamou sua atenção. Jisung se virou e o olhou com uma cara de poucos amigos, mas Felix não se intimidou. - Quem você pensa que é para falar assim com os outros? Ainda mais se tratando de alguém que é bobo o suficiente para engolir suas grosserias e só tentar te ajudar! Além do mais, não foi o Minho que saiu espalhando esses boatos, não tem porquê se revoltar com ele desse jeito!

-É tão bom cuidar da própria vida, já tentou experimentar? o tom de Jisung deixava claro que não estava aberto a discussões.

- Você é um idiota mesmo - não que Felix não soubesse disso antes. Mas ok, fica aí com sua ignorância. É até melhor, porque você não merece a compaixão do Minho nem de ninguém. E se eu já não gostava de você, saiba que agora te detesto!

Devo comunicar aos jornais?

-Vai comunicar o raio que o parta. E você- Felix trocou de foco quando Jackson passou por eles-vai cuidar da sua vida, seu desocupado!

O chinês arregalou os olhos, até conferindo seu redor para se certificar de que aquilo era com ele mesmo.

-Er... Bom dia?

- Não se faça de sonso! Que tipo de futuro jornalista sai repassando notícias sem ter certeza da veracidade delas? Vocês são um bando de incompetentes!

Jisung aproveitou o esporro que Jackson estava levando e saiu de fininho, indisposto para levar adiante o desentendimento com Felix.

Ninguém precisava dizer, ele sabia que não merecia a amizade de Minho, assim como não merecia a amizade de ninguém. Sua inconstância, impulsividade e irritabilidade o afastavam dos outros e, assim como o australiano havia dito, fazia com que o detestassem. Hyunjin e Jeongin eram muito persistentes, pois, do contrário, já teriam perdido a paciência e também o deixado de lado. E tudo que Jisung podia fazer, mesmo que não admitisse, era sentir muito por ser tão complicado.

Listen to me - Minsung Onde histórias criam vida. Descubra agora