A revolta da natureza

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                     Marian

Eu estava analisando o arco e tentando usá-lo, mas minhas tentativas foram em vão. Apesar de ter sido um pouco baixo o que eu fiz com a Rose, jogo é jogo e eu farei o que for preciso para vencer.
-Aqui é um bom lugar para a gente ficar- falou Brian se referindo ao local que a gente escolheu para passar a noite.
-Por enquanto, amanhã começaremos nossa caça- respondi olhando para o céu alaranjado do pôr do sol.
-Nossos mantimentos ainda dão para uns dois dias. Também tem algumas frutas comestíveis, apesar de serem poucas em consideração as venenosas.
- Não iremos caçar animais, seu besta. Eu sou do distrito 4, esqueceu seu imbecil?
-Calma aí, cabeça de sardinha- falou Brian usando um apelido que eu não gosto nada nada- Eu sou o único aliado que você conseguiu ter. Você sabe que eu poderia muito bem ter me aliado com a Karine.
-Então vá atrás da Barbie falsificada, se não quiser ouvir minha explicação- respondi em grande estilo. Imagine eu sendo trocada pela aquela loira falsa? Claro que ele não fará isso.
-Fale logo, Marian.
- Nós vamos caçar a orfãozinha, a mudinha e o velhote, e é claro, o Finni. Melhor que caçar coelhos ou pássaros.
- Você quis dizer a Rose, a Lisa e o Peeta- ele resolveu abrir a boca.
-Claro. Quero eliminá-los eu mesma.
- Só não elimine a Karine, se não eu vou te eliminar eu mesmo- respondeu grosseiramente.
- Eu não vou eliminar a sua namoradinha, tá ok? Não por enquanto. No top 8 é cada um por si.
- Eu sei. Não aguentaria seus chiliques mais do que isso- ironizou Brian.Que só por meio de ironia ele falaria algo assim. Tipo, eu dando chilique? Nunca, meu bem!-
-Você vai sentir muita saudade minha que eu sei.
- Não, você não sabe.
 
                           Lisa

Estava tudo tranquilo até agora, o que podia ser estranho em um jogo desses. Nosso abrigo noturno tinha ficado melhor do que eu esperava, tudo graças ao Peeta. Rose conseguiu fazer um arco e agora estava fazendo várias flechas. Eu queria ver a cara da Marian ao ver essa cena da Rose, que é mais talentosa do que ela mesma pensa.
-Você disse que foram quantas mortes até agora, Lisa? -perguntou minha nova amiga.
-Foram seis mortes, todas no banho de sangue. Quando entramos na floresta ecoou 6 tiros de canhão. Depois disso não teve mais nenhuma- eu respondi
- Eu não escutei quase nada desses tiros aí que você falou- ela confidenciou.
-E você lá escuta alguma coisa, Primrose?-brincou Peeta.
- Você está até parecendo meu pai falando-Rose virou os olhos ao falar e todos nós rimos.
-Não vão se acostumando, até agora tudo está calmo e só tivemos mortes no início do jogo. Se continuar assim eles vão dá um jeito de eliminar a gente- Peeta disse se referindo as intromissões que os idealizadores faziam nos jogos.
Em resposta a Peeta, um barulho de tiro de canhão pode se ouvir.

                             Finnick

Eu não tinha comida, nem água, mas pelo menos eu tinha um abrigo, por assim dizer. Uma árvore, que dava um ponto de vista do perímetro e além das muitas folhas, que serviam de esconderijo. Foi dessa árvore que eu vi Karine e um dos gêmeos do Distrito 3 se aproximarem conversando.
-Pelos meus cálculos, os tributos já eliminados iram aparecer agora no céu- O garoto disse.
-Talv...-e antes que ela respondesse, começou a aparecer os tributos como ele vai dito.
Sete rostos apareceram em cima de minha cabeça e graças à Deus nenhum deles era da Rose, ou de alguém do grupo dela. O alívio foi tão grande, que sem querer me mexi e causei um barulho nas folhas.
-Você ouviu isso? -O tributo do Distrito 3 disse.
-O que? -Karine respondeu olhando ao redor e então seus olhos se fixaram onde eu estava e minha única reação foi descer até ela.
-Olá- disse para que percebessem que eu estava lá. 
-Finnick- respondeu Karine surpresa.
-Teria como não me matarem- eu falei de forma engraçada, mas seguro do que dizia ao ver as armas que eles haviam conseguido.
-Fica frio, cara-disse o menino do 3- Você tem uma inimiga em comum com a gente, você vivo aumentam as chances dela não está.
-Marian? -perguntei me referindo a inimiga em comum.
-Sim- ela assentiu.
De repente, ouvimos duas pessoas discutido e sons de uma possível luta. Ai eu tive uma ideia:
-Vamos subir na árvore em que eu estava e ver o que está acontecendo.
Os dois assentiram e subimos na árvore. De lá podemos ver dois tributos lutando: o menino do 1 e o menino do 7. Até que o representante do Distrito do luxo deu um corte certeiro no seu adversário com um punhal. De cima da árvore observamos a imagem do jovem começar a sumir e depois escutamos o som do tiro de canhão. Menos um, eu pensei.Mas, não esperávamos ver o que aconteceu em seguida: as árvores ao redor do local da luta caiam uma a uma. Nossa única solução foi pular da árvore em que estávamos e corrermos. Já tínhamos corrido uns 100 metros e as árvores ainda estavam caindo,até que ousamos olhar para trás e elas tinham parado. Em menos de 24 horas de jogo eu já tinha quase morrido, queria ver a cara da Rose se soubesse

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