O Último Jogos Vorazes

Amigos.

Peeta

A água veio tão rápido, que não tivemos muito tempo para pensar. Me mexo na água de forma desajeitada e começou a nadar. Olhando ao meu redor, procuro desesperadamente por todos e acabo por perceber ao longe Karine se afogando e John indo em seu socorro.Tentei alcançá-los, porém a correnteza e as árvores que eram derrubadas pelo caminho não deixavam.
-Segura a minha mão- John gritou para Karine e ela o faz.
Ao tentar mantê-la na superfície da água, John é puxado por uma onda e levado para outra direção. Antes que Karine afundasse novamente, Finnick lhe salva. Além do som das ondas e da destruição causada por ela ouvimos a voz do tributo do distrito 3 em suas últimas palavras no jogo:
-Foi uma honra jogar com vocês-e assim junto com ele, a água também começa a desaparecer.
-A honra foi nossa- Karine responde, mas já é tarde.
-Estão todos bem? -eu pergunto.
-Sim- um coro de vozes me responde.
-Obrigada por ter me ajudado, Finnick- Karine agradece- Se não fosse você e o John, eu já estaria voltando para casa agora.
-Eu que tenho que agradecer por tudo que vocês fizeram por mim.
-Tem que agradecer mesmo- Rose se manifesta com um tom revoltoso- Aquela sua amiguinha quase que me matou sufocada.
-Mas você não iria morrer- Finnick rebate.
-A sensação não foi essa. Devia ter te deixado lá com sua namoradinha, então.
-Não é com ela que eu quero namorar- Finnick diz e faz com que Rose fique sem saber o que dizer. Antes que ela pense em algo, Lisa acaba por dizer o que já deviamos ter feito:
-Será que vocês podem continuar com isso durante o caminho, a gente precisa sair daqui logo.
Assentimos com a cabeça e ela continua:
-E se abracem de uma vez, que todos aqui sabemos que é isso que vocês querem fazer-e é exatamente isso que eles fazem. Rose pode até não confessar, mas eu vi lágrimas sendo formadas em seus olhos.

                           Rose

Finalmente achamos um lugar para acampar que agradasse Peeta, que agora não achava o nosso antigo seguro. Fizemos a nossa fogueira e os horários de guarda. Finnick nos explicou tudo o que aconteceu com ele. Antes que podessemos em fim descansar, Peeta nos lembrou de algo muito importante:
-Temos que fazer um plano para pegar os tributos que faltam.
-Sim, mas o que faremos depois?- pergunta Lisa de forma séria.
-Cada coisa de cada vez, depois pensamos nisso- ele responde e ela concorda com a cabeça.
-E também não sabemos se vamos sobreviver até lá- eu resolvo falar.
-Isso mesmo, Primrose.-Finnick zomba-Anime a todos com seus pensamentos mórbidos.
Todos riem ao contrário do que eu havia pensado que fizessem.
-Animação zero para voltar para o D2, hein?Lisa resolve entrar na brincadeira- Seu distrito é tão ruim assim?
-Quando seu único amigo mora em outro distrito, às vezes é sim- respondo.
-Mas agora você tem uma amiga em seu distrito- Karine me diz pegando na minha mão.
-E uma amiga no 10- Lisa também fala.
-E muitos no 12-Peeta diz por vez- A Katniss se faz de durona, porém ela amou te conhecer.
-Obrigada - eu falo para os três- Obrigada de verdade. O Distrito 2 está de portas abertas para todos quando quiserem vir me visitar.
         
                             *****
Acordo e avisto Finnick ao meu lado.
-Por que não me acordou antes?- pergunto.
-Você me pareceu bem cansada ontem e se preocupou tanto comigo, que quis te recompensar com uma noite de sono.
-Você também precisa dormir e eu também não vou conseguir mais dormir.
-Nem eu- ele olha nos meus olhos- Quer companhia?
-Claro.
Um silêncio se instala.
-As estrelas daqui são tão brilhantes, que parecem até reais- quebro o silêncio.
-Sim- ele concorda- Mas nenhuma se compara a estrela que está ao meu lado.
Eu sorrio, é claro.

                             *****
Já estamos a quase duas horas-segundo Peeta-tentando caçar algo, mas parece que os idealizadores querem nos matar de fome. O acampamento que passamos a noite já foi desfeito, o nosso plano é não ficar em um novo lugar a cada dia. A mata está em um silêncio mortal, que é desfeito ao som de uma flecha que acerta o abdômen de Karine. Ao alto de uma árvore estão os dois tributos que sobraram além de nós e que estão nos atacando em plena luz do dia, mesmo estando em menor número.