Poema

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Chae-rim havia acordado mais cedo, quase pulando da cama com medo de estar atrasada. Assim que ligou o celular e checou o horário, se sentiu aliviada, mas ainda estava com sono.

Foi até o banheiro, lavou o rosto e escovou seus dentes. Colocou seu uniforme, fez o cabelo e passou uma maquiagem rosada e leve.

Chae estava ansiosa, não conseguia parar de pensar em qual seria a reação do rapaz, ou até mesmo de Yejin quando soubesse. As mãos tremiam um pouco, até ela conseguir se acalmar e sair de casa.

- Tchau, pai! Até mais tarde. - Disse enquanto fechava a porta da casa e saía a caminho da escola.

A garota entrou na sala, que estava vazia, tirou o envelope azul da bolsa e colocou em cima da mesa de Ricky, voltando ao corredor para que se ele chegasse, não ficasse a sós com ela.

Ficou esperando por alguns minutos no corredor, vendo alguns alunos entrarem, até avistar a amiga Yejin.

Correu até a mesma, dando um abraço forte. Se sentia aliviada, parte da sensação de nervoso que havia sentido foi embora ao poder estar com ela.

- Bom dia, Jijin! Fico feliz de você ter chegado logo, eu iria morrer se demorasse mais.

- Ah, não é pra tanto. Sei que sente minha falta, mas morrer? - ela ri.

- Sim, eu sinto sua falta - põe um de seus braços em volta dos ombros da amiga - Mas, não é esse o motivo. Eu fiz um poema para o Ricky, e eu estou nervosa, não queria ter feito isso.

- VOCÊ FEZ MESMO UM POEMA? - Yejin gritou pouco antes de Chae tampar sua boca com a mão.

- Não fale alto, Yejin! Ele pode ouvir e descobrir tudo. - Tirou a mão da boca da mesma.

- Me desculpe, eu só fiquei surpresa. Mas você fez um poema como? Não xingou ele, né? Sei que não gosta dele mas assim não vai funcionar.

- Não, pelo contrário, eu escrevi coisas tão bonitas que você sentiria nojo se lesse.

- Eu não quero nem imaginar. - Yejin suspirava - Você pode parecer indiferente, mas é tão melosa quando se trata de romance.

- É porquê nunca gostei de alguém, você sabe. Então posso suprir essa falta de experiência escrevendo, é bom para mim.

- É bom para você porque nunca provou o real, espera que tenha um amor como os livros clichês de romance e fantasia.

- Não fale isso, Jijin! Você pensa dessa forma porque não acredita que possa existir algo bonito desse jeito.

- Bom, em parte é verdade. Enfim, vamos entrar, o seu amor já está vindo. - Se referia a Ricky, que estava vindo do corredor para entrar na sala.

- Bom dia, Shen Rui! - Chae-rim disse enquanto forçava um sorriso.

- Me chame de Ricky, por favor. - O rapaz entra na sala sem ao menos olhar para ela.

Os três se sentam, até que Ricky percebe o envelope azul. Olhando para Chae-rim:

- É sério? Isso é o que? Alguma carta dizendo o quanto me odeia? - dizia segurando o envelope que ainda estava fechado.

- Veja você mesmo, docinho. - A garota piscou com um dos olhos.

Ricky estava intrigado com a maneira que a mais nova o estava tratando, porém ignorou a situação e resolveu abrir o envelope;

"Estou cega por uma luz ofuscante,
É como se fosse magia
Aquele que em meu coração plantou;
Uma dourada fantasia.
Como um sonho,
Que quero manter na realidade
Como a chuva rara do verão,
Que cura minhas mágoas com fragilidade.

Todo o cenário,
Que se encontram seu doce rosto,
São coloridos
Posso sentir, com você
Que o espaço vazio em mim foi preenchido.
Em seus olhos,
Que brilham e refletem
Um sentimento puro
Que me deixa alegre.

In Bloom - RickyOnde histórias criam vida. Descubra agora