In Bloom - Ricky

Roda-gigante

- Por que nós quatro?

- Só aceite, Jijin. Sem falar que já estamos indo, não pode desistir agora.

Chae-rim estava tentando fazer de tudo para que a amiga fosse, ela queria muito que toda a angústia que sentia por Dohyun passasse finalmente.

No fundo, ela sabia que Yejin ainda gostava dele, e que não seria só uma resposta. A questão era saber o que o garoto sentia.

Elas chegaram ao parque, já era a noite, e o mesmo se encontrava todo iluminado e colorido, cheio de balões e bolhas de sabão. Era como um sonho mágico para Chae-rim, que gostava de fantasia.

Foram até os rapazes que estavam na fila de uma barraca de doces, compraram algumas coisinhas para comer e muita água. Afinal, seria completamente vergonhoso vomitar em um momento daquele.

Comeram e foram até os brinquedos, montanha-russa, carrinhos bate-bate e outros.

Dohyun tinha visto um daqueles jogos de tiro ao alvo, aonde o prêmio dependia de quantos pontos fizesse.
Comprou várias fichas, sabia que não era bom com mira, mas tentaria ganhar ao menos algo pequeno.

A cada cinco vezes que atirava, pelo menos quatro ele errava, o que tirava muitas risadas do resto do grupo.

Até que finalmente acertou um dos menores alvos, o que o fez ganhar muitos pontos.

- Qual desses você quer, rapaz? - o moço da barraca apontava aos ursos de pelúcia na prateleira.

- Venha aqui, Yejin. - ele a chamava com a mão - Pode escolher, é para você.

- Ah... - ela olhava as diversas opções - Eu quero aquele!

- Um coelho? - ele ria - que bonitinho.

- Obrigada, Dohyun.

- Não precisa agradecer. Aonde vamos agora?

- Vamos até a roda-gigante, é bem alta. - Ricky respondeu.

Seguiram até a fila da mesma, que era um pouco grande. Esperaram até a vez deles chegar.

- Nesse brinquedo aqui, são só duas pessoas por vez. Os quatro não podem ir juntos.

- Então vamos, Chae-rim - Ricky pegou a mão da garota e entrou na cabine do brinquedo.

Se sentaram juntos e continuaram olhando a vista do parque, até chegarem quase ao topo.
Era realmente mais alta do que as outras, e Chae começou a evitar olhar pelo vidro.

- O que você tem? Está com medo?

- Um pouco... - ela olhava ao chão da cabine.

- Não achei que tivesse medo de altura, você não parece ter medo de nada.

- Não é medo, é que é bem mais alta.

- Venha aqui, vai se esquecer da altura.

Ricky puxou a garota para perto dele, colocando uma de suas mãos no rosto da mesma e a beijando devagar. Fez de conta como se não existisse mais nada ou mais ninguém ali, apenas os dois.

Ele parou o beijo aos poucos e manteve Chae-rim perto, olhando nos olhos da garota, que estava tão vermelha que parecia que iria explodir.

Nunca tinha passado por sua cabeça que algum dia ela iria beijá-lo, ela sentia tantas coisas que não sabia sequer o que dizer;

Ela sentia um pouco de raiva por beijar alguém que ela jurava não sentir nada, se sentia burra por ter aberto essa brecha a uma pessoa como ele (da maneira que ela o via), sentia um pouco de vergonha, mas se sentia bem.