(VIII) 𝕷𝖆𝖗 𝖉𝖔𝖈𝖊 𝖑𝖆𝖗

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Logo, o reverendo caiu por completo, aparentemente desmaiado, porém, apenas estava exausto por sentir tanta dor por tanto tempo, como uma prisão interna

Já o puritano, voltou a consciência, seus olhos já haviam voltado a sua coloração normal, azuis como o céu, e sua feição era confusa.

mas..

se sentia tão bem, a ardência em seu rosto.. pelo motivo da agressão de a poucos minutos, já não ardia mais, seu corpo era leve, e subitamente sentia uma vontade enorme de sorrir, uma vontade de viver, sem toda a tristeza de antes, se sentia estranho por esta bipolaridade repentina, logo então.. questionou-se do por que seu pai estar deitado no chão em sua frente com a respiração descompensada

O reverendo ainda deitado no chão, o suor descendo sem parar, seu corpo estava quente e suas mãos ainda em choque com a temperatura.

O puritano mesmo com o misto de sentimentos, se sentia confuso, e ao se lembrar do acontecido, não acreditou que tinha visto sua mãe tão de perto, sentia que era a última vez que teria visto ela, após voltar a realidade viu que nada era tão bom assim, estava bem de frente com seu pai, lhe atormentando a vida.

Mas era algo fora do comum, se sentia leve, após ter aquela lembrança, e também.. algo que em sua mente ainda não tinha processado, aquele homem não saía de sua cabeça, mesmo sendo algo curioso, também era tenebroso, seus olhos negros eram assustadores, porém.. aquele homem tinha um charme inexplicável, park não entendia.

Mas ao ver seu pai se levantar com dificuldade, recuou rapidamente, tentando a todo custo se soltar da maca, amedrontado.

O revendo ao se levantar, olhou para seu filho e pensou mil coisas para tentar lhe atormentar, ao lhe falar coisas horríveis teria que pagar por todas elas, palavra por palavra.

Os olhos do reverendo pareciam que saía fumaça de tanto ódio que ele sentia, mas para o azar do puritano, seu pai sabia disfarçar bem

- ola, reverendo, vejo que seu filho está muito melhor, vamos te examinar park? Acho que quer muito voltar pra casa, acertei??

park olhou para o médico, suplicando internamente para que o doutor ouvisse seus pensamentos, e que a última coisa que ele queria nessa vida, era voltar pra casa com seu pai.

- ele está ótimo, doutor, novinho em folha, Jajá tera alta, sim?

- exatamente, reverendo, vejo que sua reza é poderosa, seu filho está saudável como um bebê, já terá alta, apenas preciso finalizar alguns exames para seguir com o protocolo, mas está tudo ótimo, é o que a aparência diz

O doutor ri com humor

- ótimo, não vejo a hora de voltar pra casa

O reverendo diz, encarando o park sem hesitar

- eu imagino, já teremos os resultados, mas já podem aprontar tudo para voltar, vejo que tem muitos afazeres, senhor reverendo

- acertou, doutor, ando muito ocupado, muitas responsabilidades, deveres, ser reverendo e pai, é bem complicado e dá muito trabalho

O mesmo ri.

O jovem puritano ao ver aquele teatrinho sujo que seu pai estava dando para o doutor bem na sua frente, não estava acreditando

- mas é assim mesmo, reverendo, mas você é um homem de fé, e da conta de tudo, sim?

- com toda certeza, doutor, sem dúvidas..

Seu pai lhe olha no fundo dos olhos

- darei conta de tudo.

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Já em casa, o puritano até gostaria de usar a bendita frase "lar doce lar", mas toda vez que ele pisava o interior daquela casa que transmitia nada mais e nada menos que memórias ruins era como se toda sua energia e alegria fosse sugada alí dentro tornando-o num jovem melancólico e oprimido pelo seu pai que mantinha uma imagem de si e lutava para preza-la.

Jimin nem tempo de comer direito teve após chegar em casa e o seu pai já o mandou para o quarto afirmando a este para se preparar que na manhã seguinte tinha culto e era isso, o Park mais novo nem sabia distinguir ao certo o que aconteceu com ele e seu pai durante a estadia no hospital mais cedo pois a luta para distinguir a realidade do fictício ainda era persistente em sua cabeça e simplesmente era demais para lidar com tudo aquilo no momento, desde os lugares obscuros em que foi parar até às suas memórias de infância, ele queria entender tudo aquilo , queria entender porquê as peças daquilo que é realidade não se encaixavam, porém ele deixaria isso para outra ocasião pois a sobrecarga emocional tomou conta dele e então o puritano entrou em seu quarto olhando tudo silencioso ao redor, mas silêncio este que não o transmitia calmaria alguma, na verdade era no silêncio que ele ouvia seus pensamentos mais barulhentos e atormentadores levando-o a fadiga dia após dia, então o pequeno deita em sua cama e espera tudo apagar ao seu redor, espera ser tomado pelo sono a medida que sua mente barulhenta se acalme também.

Mas...

nada aconteceu, o sono não veio e a insônia tomou conta do pequeno trazendo pensamentos traumáticos e invasivos para este, Park então se encolhe na cama e começa a chorar e a medida que seu choro se intensifica ele tenta perceber o porquê de tal choro instantâneo, porém nem ele sabe mais a resposta para suas dores, pois se encontrava mais perdido que uma bóia em alto mar, e incapaz de se acalmar, Jimin não percebeu quando a atmosfera no quarto tinha ficado diferente, parecia que ele não estava mais sozinho e só então constatou isso quando atrás dele, a cama havia afundado, como se alguém estivesse deitado alí com ele, e é então que esse alguém se revela para ele..

- shii...não chore mais. - após Park ouvir tal coisa, ele simplesmente se encolheu na cama de medo, sua cabeça estava tão nublada que ele não teve tempo de reagir ao toque instantâneo em seus cabelos, percebendo agora que a presença alí o acalentava então seu choro intensificou ainda mais e ele se virou para a figura agora chorando em seu peito, e a medida que ele chorava, mais aquele ser passava a mão em seus cabelos dando-lhe conforto.

-Não chore, meninos bons não choram - somente agora, após o puritano se acalmar um pouco, ele percebe então que aquela nova entidade em seu quarto não é seu pai, pois seu pai nunca em sonhos faria algo assim para consolar o próprio filho, até porque muito pelo contrário ele era o causador de suas mágoas, então com essa dúvida e medo repentino, Park então olha para cima avistando nada mais e nada menos do que um rosto estranhamente conhecido para si levando um susto internamente tentando ligar seu cérebro para a realidade e mal ele sabia que aquilo era tão real quanto seus olhos o afirmavam, mas acontece que Jimin tentava descobrir o que Jeon fazia alí com ele..

-Olá, meu puritano..

Continua..

𝐒𝐀𝐕𝐄 𝐌𝐄 ' [𝓟𝓳𝓶+𝓙𝓳𝓴]Onde histórias criam vida. Descubra agora