18 - Feliz Natal

17 2 0
                                    

Mesmo no dia seguinte as masmorras continuava barulhenta e agitada. A festa de comemoração ainda perdurava e quase nenhum sonserino era visto no resto do castelo, exceto quando um grupo pequeno saia para buscar comidas e bebidas, e depois voltavam para a algazarra lá embaixo.

Mas durante a manhã Cygnis resolveu não participar mais da festa. Foi difícil deixar a comunal, sempre tinha alguém querendo a parabenizar, conversar ou se tornar amiga dela, e Adrian sempre que a via a arrastava para ficar com ele e o resto do time ou conhecer outros amigos dele.

Depois de inventar uma desculpa esfarrapada, sobre precisar respirar um pouco, conseguiu fugir da sua comunal. O café da manhã já havia acabado, mas ainda conseguiu achar seu irmão e os outros nos corredores. Aquela era a primeira vez que vira Harry depois do jogo.

— Oi, Harry! — O cumprimentou, com um pouco de medo dele estar ressentido com ela por pegar o pomo. Mas ficou aliviada quando ele sorriu para ela.

— Você foi muito boa ontem — ele disse — Eu nunca pensaria em me jogar da vassoura para pegar o pomo, foi impressionante.

— Foi mesmo — Rony concordou, mas não parecia muito feliz — Por mais que eu não tenha gostado de ver a Sonserina ganhando, o que você fez foi incrível. Nunca tinha visto nenhum jogador fazer isso antes.

Ela sorriu para eles. Mesmo que não parecessem muito felizes com sua vitória, ela os entendia, se a Grifinória tivesse ganhado, também não estaria tão feliz.

Eles estavam indo para a cabana de Hagrid e a convidaram para ir junto. Hagrid também não parecia tão satisfeito com a vitória da Sonserina, mas a parabenizou por pegar o pomo, enquanto lhes preparava uma xícara de chá forte.

Então o assunto da vassoura enlouquecida de Harry surgiu.

— Foi Snape — explicou Rony — Hermione, Cygnus e eu vimos. Ele estava azarando a sua vassoura Harry, murmurando, não despregava os olhos de você.

— Bobagens — disse Hagrid — Por que Snape faria uma coisa dessas?

— Concordo com Hagrid, isso não faz o menor sentido gente.

Mas Cygnus, Harry, Rony e Hermione se entreolharam, depois encararam Cygnis e ela entendeu o que estava na mente deles. O Dia das Bruxas. Ela se conteve para não revirar os olhos.

Hagrid percebeu que eles pareciam conversar por olhares e os olhou desconfiado.

— O que foi?

Harry decidiu contar a verdade.

— Descobri uma coisa — falou a Hagrid — Ele tentou passar pelo cachorro de três cabeças no Dia das Bruxas. Levou uma mordida. Achamos que estava tentando roubar o que o cachorro está guardando.

Hagrid deixou cair o bule de chá.

— Como é que vocês sabem da existência do Fofo?

— Fofo?

— É... é meu... comprei-o de um grego que conheci num bar no ano passado. Emprestei-o a Dumbledore para guardar a...

— O quê? — perguntou Harry, ansioso.

— Não me pergunte mais nada — retrucou Hagrid com impaciência — É segredo.

— Mas Snape está tentando rouba-lo.

— Bobagens — repetiu Hagrid — Snape é professor de Hogwarts, não faria uma coisa dessas.

— Então por que ele tentou matar Harry? — perguntou Hermione.

Cygnis se forçou a não responder. Ainda acreditava na inocência de Snape.

— Eu conheço uma azaração quando vejo uma, Rúbeo, já li tudo sobre o assunto! A pessoa precisa manter contato visual e Snape nem ao menos piscava, eu vi!

Anseris - Os Gêmeos Esquecidos『1』Onde histórias criam vida. Descubra agora