Capítulo 4 [ A Peça que a História Prega ]

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A visão de Jhoana voltou para o templo, com os homens armados a sua frente, e uma dor insuportável por toda a extensão de seu braço. Sua punho apontava para cima, ela estava vendo o próprio reflexo na superfície vermelha da "maçã" colada em seu ombro.

Apesar de ter voltado, sua visão não era a mesma. Ao redor dos homens, das paredes, de si mesma e de todo o ar, via esferas vermelhas quase invisíveis. Ouvira a voz vinda de fora novamente, dando outra ordem. Antes de deixar os homens se moverem, Jhoana, em um movimento brusco, tombou seu punho com toda a força em direção ao chão. Ao tocar, todas as esferas que ela via foram jogadas dali, como uma explosão, empurraram todos os homens contra as paredes, que se partiram.

A explosão derrubou todo o templo. Jhoana ergue o braço direito, se defendendo dos escombros caindo sobre ela. Quando a fumaça baixou, Jhoana então viu, no lado de fora, o homem de barba e roupas brancas, com o capuz sendo jogado para trás pelo vento. Ele estava montado em um cavalo branco, que se assustou com a explosão. Um pouco à direita, no fundo, Hector chegando com dois cavalos, ele parou, desceu do cavalo e começou a se aproximar.

O homem de barba branca, montado no cavalo branco, demonstrava estar assustado. Ele fitava o braço de Jhoana, refletindo a luz da noite. Então, perplexo, disse:

– Você... Conseguiu!

– Quem é você? – Gritou Jhoana, irritada.

– É claro... – Abaixou a cabeça, ele – Deixe-me apresentar, meu nome é Cortez, sou apenas um explorador da região. Isso que você acaba de pegar irá mudar nosso futuro! Você precisa vir comigo.

– Eu não vou! – Afirmou ela, sem pensar.

Os homens com armas começaram a levantar. Jhoana continuou:

– Se seus homens não baixarem as armas agora, vocês não vão conseguir explorar mais nada!

– Escute, criança, essa pedra no seu ombro não lhe dará dinheiro, somente a dor. Mas comigo, você pode conseguir o que deseja, só precisa fazer algo por mim.

– Você já podia ter pego ela, porque me deixou pegar? – Questionou ela.

– Venha comigo e eu vou te explicar o que irá acontecer agora.

Antes que pudessem conversar mais, do alto, caia sobre os pés do homem, Cortez, um objeto redondo e preto.

Jhoana olhou, de longe Hector havia jogado, nada mais que uma caixa de som. Ao bater no chão, a caixa fez um barulho estridente, pegando todos de surpresa. Puseram as mãos sobre as orelhas, tentando reduzir a distração do som. Jhoana rapidamente correu em direção a Hector que já corria novamente em direção aos cavalos.

Os homens com armas começaram a erguer as armas, apontando para eles.

– Não! Parem, deixe-os irem. – Gritou Cortez.

Os homens abaixaram as armas, com exceção de um, mais longe, que não ouviu.

Nem puderam ouvir com clareza o som estremecedor do tiro, rasgando o ar.

Um pé no suporte da cela do cavalo, o outro no ar. Com toda a agressividade, a bala rasgou o traje pesado de Hector.

Um grito de dor e ele caiu na areia. O cavalo se assustou e começou a correr.

Jhoana que já estava no seu cavalo notou o que aconteceu e pulou rapidamente em direção ao seu amigo.

Os homens ao longe ainda estavam mirando para eles, enquanto Cortez corrida na direção do homem que atirou. Ele forçou seu cavalo a empurrar o homem com a arma, derrubando-o no chão.

GOLDEN (OBYON-Livro3)Onde histórias criam vida. Descubra agora