A visão de Jhoana voltou para o templo, com os homens armados a sua frente, e uma dor insuportável por toda a extensão de seu braço. Sua punho apontava para cima, ela estava vendo o próprio reflexo na superfície vermelha da "maçã" colada em seu ombro.
Apesar de ter voltado, sua visão não era a mesma. Ao redor dos homens, das paredes, de si mesma e de todo o ar, via esferas vermelhas quase invisíveis. Ouvira a voz vinda de fora novamente, dando outra ordem. Antes de deixar os homens se moverem, Jhoana, em um movimento brusco, tombou seu punho com toda a força em direção ao chão. Ao tocar, todas as esferas que ela via foram jogadas dali, como uma explosão, empurraram todos os homens contra as paredes, que se partiram.
A explosão derrubou todo o templo. Jhoana ergue o braço direito, se defendendo dos escombros caindo sobre ela. Quando a fumaça baixou, Jhoana então viu, no lado de fora, o homem de barba e roupas brancas, com o capuz sendo jogado para trás pelo vento. Ele estava montado em um cavalo branco, que se assustou com a explosão. Um pouco à direita, no fundo, Hector chegando com dois cavalos, ele parou, desceu do cavalo e começou a se aproximar.
O homem de barba branca, montado no cavalo branco, demonstrava estar assustado. Ele fitava o braço de Jhoana, refletindo a luz da noite. Então, perplexo, disse:
– Você... Conseguiu!
– Quem é você? – Gritou Jhoana, irritada.
– É claro... – Abaixou a cabeça, ele – Deixe-me apresentar, meu nome é Cortez, sou apenas um explorador da região. Isso que você acaba de pegar irá mudar nosso futuro! Você precisa vir comigo.
– Eu não vou! – Afirmou ela, sem pensar.
Os homens com armas começaram a levantar. Jhoana continuou:
– Se seus homens não baixarem as armas agora, vocês não vão conseguir explorar mais nada!
– Escute, criança, essa pedra no seu ombro não lhe dará dinheiro, somente a dor. Mas comigo, você pode conseguir o que deseja, só precisa fazer algo por mim.
– Você já podia ter pego ela, porque me deixou pegar? – Questionou ela.
– Venha comigo e eu vou te explicar o que irá acontecer agora.
Antes que pudessem conversar mais, do alto, caia sobre os pés do homem, Cortez, um objeto redondo e preto.
Jhoana olhou, de longe Hector havia jogado, nada mais que uma caixa de som. Ao bater no chão, a caixa fez um barulho estridente, pegando todos de surpresa. Puseram as mãos sobre as orelhas, tentando reduzir a distração do som. Jhoana rapidamente correu em direção a Hector que já corria novamente em direção aos cavalos.
Os homens com armas começaram a erguer as armas, apontando para eles.
– Não! Parem, deixe-os irem. – Gritou Cortez.
Os homens abaixaram as armas, com exceção de um, mais longe, que não ouviu.
Nem puderam ouvir com clareza o som estremecedor do tiro, rasgando o ar.
Um pé no suporte da cela do cavalo, o outro no ar. Com toda a agressividade, a bala rasgou o traje pesado de Hector.
Um grito de dor e ele caiu na areia. O cavalo se assustou e começou a correr.
Jhoana que já estava no seu cavalo notou o que aconteceu e pulou rapidamente em direção ao seu amigo.
Os homens ao longe ainda estavam mirando para eles, enquanto Cortez corrida na direção do homem que atirou. Ele forçou seu cavalo a empurrar o homem com a arma, derrubando-o no chão.
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GOLDEN (OBYON-Livro3)
AksiGOLDEN é uma história de ação de temática mais voltada ao humor, sobre dois jovens exploradores que buscam um suposto tesouro no deserto. Nisso, acabam dando de cara com mistérios da origem da própria vida e mitologias que os parece surreal. Até enc...