— Vamos onde? — perguntei a minha irmã.
— Ainda não comprei o vestido de casamento, você vai me ajudar com isso. — ela disse e eu sorri, animada.
Estava com medo e nervosa, porque era dificil pensar que nós passámos de brincar com bonecas para ir ver vestidos de casamento.
— E a mãe? Ela não devia estar presente? — perguntei.
— Sim, mas ela falou que estava se sentindo mal... — ela disse e eu olhei para ela, preocupada.
— Você sabe que... Ela não vai ficar por cá muito mais tempo, não sabe? — eu disse, e ela colocou o braço por cima de meus ombros.
— Eu sei, mas não vamos falar sobre isso.
Minha mãe estava tendo uns problemas á uns meses, estava sempre indo para o hospital e nunca ninguém sabia o que era.
Eu e minha irmã entramos numa loja de vestidos de casamento, e ficamos lá por mais de duas horas.
Ao inicio estava sendo legal, mas ela não se decidia.
— Okay, acho que é esse... — ela disse, saindo pela milésima vez do provador.
O vestido era enorme, branco, obviamente, e tinha muito volume, era um vestido de princesa da Disney.— Esse é lindo, Olivia. — eu disse e ela sorriu, olhando no espelho. — Vai levar esse?
— Vou. Esse é perfeito. — ela disse, e voltou para dentro do provador.
Ela voltou a vestir a roupa normal, deixando-me fora da loja esperando ela. Quando ela saiu, com o vestido na mão, o meu celular tocou.
Ethan.— Já venho. — eu disse e ela sorriu, já sabendo quem era. — Olá.
— Oi. Está tudo bem? — ele perguntou.
— Aqui sim, e aí?
— Também. Na verdade já voltamos faz um tempo, liguei para perguntar se iam demorar muito. — tentei evitar um sorriso.
— Estamos voltando agora. A Olivia não conseguia decidir qual vestido levar. — eu disse e ele deu uma risada.
— Compreensivel. Enfim, estou te esperando. Até. — ele disse, desligado a ligação.
— Vamos? — disse voltando para perto de minha irmã. Ela assentiu com a cabeça, chamamos um taxi e voltamos para o hotel.
Quando chegamos ao hotel, não sabia onde Ethan estava, então fui até ao quarto. E lá estava ele.
Abri a porta do quarto e ele estava fumando na janela.
— Credo Ethan. Quantos você já fumou? — perguntei, me referindo ao cheiro que estava dentro do quarto.
— Só um. — ele disse com um sorriso.
Estava mentindo.Eu achava completamente estranho o facto de em algumas semanas, já saber tudo sobre Ethan, em relação a manias, o que ele gosta ou não, a personalidade dele, menos a história dele.
Mas não devia perguntar. Não é da minha conta, e estamos ali trabalhando.
— O que vamos fazer hoje? — ele perguntou e eu olhei para ele confusa, me sentando na cama.
— Como assim? Acho que não temos nada planejado com Olivia. — eu disse.
— Eu sei, mas isso não quer dizer que a gente não possa fazer nada. — ele disse, jogando o cigarro apagado pela janela e olhando para mim.
— Provavelmente a Olivia vai querer ir jantar fora. — eu disse e ele se sentou na outra ponta da cama.
Ficamos em silêncio por alguns minutos, e ele deixou-se cair na cama, olhando para o teto.— Quer comer sorvete? — ele perguntou e eu olhei para ele confusa.
— Onde você vai arrumar sorvete? — perguntei.
— Vou comprar aqui do lado.
Havia um mini mercado perto do hotel, Ethan foi lá, demorou meia hora e voltou para o hotel com uma caixa enorme de sorvete de baunilha e duas colheres.
Ele entrou no quarto e se sentou na cama, do meu lado, e abriu a caixa de sorvete. Me entregou uma das colheres.
— Nunca tinha vindo ás Filipinas. — ele disse, na tentativa de fazer assunto.
— Nem eu. Bem, nunca fui a nenhum lugar sem ser a nossa cidade. — eu disse e ele sorriu.
— Se ajudar, eu também não. — ele disse e eu sorri de volta, enquanto comiamos o sorvete. Ele pegou a colher cheia de sorvete e passou no meu nariz, quando eu virei a cabeça.
— Filho duma put... — eu disse e fui interrompida pelo riso dele.
Ele se levantou da cama, deixando a caixa e a colher em cima da cama. Peguei a colher cheia de sorvete e persegui-o pelo quarto, enquanto riamos e corriamos pelo quarto, como duas crianças.
Alcançei-o e passei a colher na bochecha dele, deixando-o branco de sorvete. Ainda estavamos rindo e ele me pegou pelos braços, me empurrando para a cama. Eu dei uma risada ainda mais alta quando ele pegou a colher da minha mão e passou não só no meu nariz, mas como nas bochechas.
Ouvi a cama estalar.
— O que foi isso? — ele perguntou, ainda estava em cima de mim, com a colher na mão.
— Não sei. — disse, e ao perceber que ele estava em cima de mim, olhei para ele.
Havia sorvete por todo o lado. — Você pode...— Ah. Desculpa. — ele disse, saindo de cima de mim. Me levantei da cama, e fui até ao banheiro.
Peguei duas toalhas e entreguei uma para Ethan, e limpamos o sorvete.Ethan levantou o colchão da cama e vimos que a cama estava partida.
— Merda. — eu disse, e ele me olhou, pensando no que fazer. — Vamos ter de ligar para a recepção.
Ele assentiu com a cabeça e eu peguei o telefone do quarto.
— Olá? Sim. Quarto 412. A cama está partida.
— Vamos mandar alguém.
Desliguei o telefone e passado alguns minutos, estavam três homens no nosso quarto, arrumando a parte da cama que partiu.
Olivia entrou no quarto.
De todos os momentos que ela podia entrar, entrou agora.
— O que se passou? — ela perguntou confusa. Nicolas estava atrás dela, sorrindo para nós.
— A cama partiu. — disse baixinho.
Por mais que a cama tivesse partido por uma brincadeira, dizendo que a cama partiu, qualquer pessoa pensava merda.— Meu deus Luna. — ela disse.
— Não é o que você está pensando. — eu disse, atrapalhada com as palavras, e sentindo minha cara ficar quente.
— Nós estavamos brincando. Com sorvete. E acabou por partir. — Ethan disse e ela olhou para nós confusa. — Parece estranho, mas foi isso.
— Entendi... Bem. Vou vos deixar. — ela não acreditou.
Esperamos que os homens arrumassem a cama, e Olivia nos chamou para jantar.
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Namorado De Aluguel.
RomanceLuna Gray sempre foi uma aluna brilhante, sempre as melhores notas, e agora no seu primeiro ano de faculdade em literatura, as coisas não mudam. Não mudam, até ela se envolver numa competição de notas, e com o casamento da irmã a chegar e a mentira...