Capitulo 25 - Jogo de sentimentos.

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— Podemos falar? — Etha sussurrou, enquanto todos em volta da mesa estavam conversando.

— Eu não quero falar, Ethan. — estavamos numa mesa perto da praia, era só passar a rua e estaríamos na praia. Ele insistiu.

— Luna, por favor. — ele voltou a dizer.

— Licença. — disse, me levantando da mesa, e atravessando a rua para a praia.

Não queria estar ali, e não queria ter de mentir de novo sobre... Seja o que for que estava sentindo.
E definitivamente não queria que Ethan me seguisse, mas como sabemos, foi isso que aconteceu.

Ele se levantou da mesa e correu atrás de mim.

— Luna! — ouvi ele me chamando. A voz dele estava misturada com o som das ondas.

— O que foi Ethan?! — disse, com meus pés na água, me controlando para não explodir.

— Luna, nós precisamos falar... Sobre nós. — ele disse, puxando o cabelo para trás.

— Não existe nós, pelas suas palavras. — eu disse e ele suspirou.

— Você sabe que isso não é verdade. Não quero continuar com esse jogo de quem assumir primeiro os seus sentimentos perde. — ele disse e eu cruzei os braços.

— Parabéns, porque se isso era um jogo para você, você ganhou. — eu disse e ele ficou calado por alguns segundos.

— Luna, eu gosto de você. E você sabe, não preciso de falar para você saber. — ele disse.

— Você é só conversa Ethan, porque em vez de ficar no blablabla não prova? — eu disse, descruzando meus braços.
Estava farta daquela situação.

Ethan agarrou minha mão e me puxou, selando seus lábios nos meus, com uma mão na minha cintura e outra na minha bochecha. Não é nada bom que a mão de Ethan tenha exatamente o tamanho perfeito para encaixar na minha cintura, e não é nada bom que cada vez que ele diz o meu nome eu não consiga fisicamente olhar para ele porque o meu coração quase me saí boca fora. Mas hei de sobreviver.

Separamos-nos para recuperar o folego e ele colou nossas testas, com a respiração pesada.

O unico som que eu ouvia era as nossas respirações juntas e o som do mar.

— Você me faz querer coisas que eu não posso ter. — ele sussurrou.

— Eu não podia me apaixonar por você. — ele separou a sua testa da minha, me olhando. — Eu e Anna fizemos uma promessa. Que não iríamos nos apaixonar por ninguém da faculdade. — eu disse, tentando recuperar a respiração.

— E você leva isso a sério? — ele disse. — Todos fazem promessas e não as cumprem. — ele disse, começando a andar.

— Eu e Anna somos diferentes. Nunca quebramos uma promessa. Nunca. — eu disse, começando a andar com ele.

— Se você diz... Então, — ele se sentou. No mesmo lugar de sempre. — como ficamos? — ele perguntou. Eu me sentei do lado dele.

— Não sei... O que você quer? — perguntei, olhando para ele, com os joelhos encolhidos, encostados ao peito.

— Eu quero você. — ele disse e eu sorri. — Acho que... Bem. Podiamos tentar?
Talvez dê certo.

— Só há um jeito de descobrir. — eu disse e ele sorriu, se sentando mais perto de mim.

— Mas você tem que saber, e acho melhor te avisar antes. — ele me olhou confuso, quase que "preocupado".

— Sim...?

— Eu... Hm. Você sabe que a unica pessoa que eu namorei foi Joe, e ele.. Ele fez o que fez, e como você deve saber, eu espero, qualquer garota que passa por uma traição, fica com traumas e paranoias. Acho que não preciso de avisar você sobre isso.

— Eu sei. E eu tenho noção disso. Não vai ser fácil, quer dizer, eu nunca tive um relacionamento na vida. Mas vai dar certo. — ele disse e eu sorri.

Não queria deixar esse momento, não queria deixar esse país, não queria deixar essa praia, não queria deixar minha irmã, e defenitivamente não queria deixar todos esses momentos.

Andamos de volta para o hotel e fomos para o quarto.

— Não queria deixar a praia. — eu disse, me jogando para cima da cama. Ele se deitou do meu lado.

— Vamos voltar aqui. Nas férias. O que acha? — ele disse e eu dei uma risada, enquanto ambos olhavamos para o teto.

— Com que dinheiro? — perguntei.

— A gente dá um jeito. — ele disse e eu sorri, olhando para ele. Ele me olhou de volta. — E quem sabe um dia algum de nós tenha a possibilidade de viver aqui.
— eu sabia o que ele queria dizer com aquilo.

E por mais que fosse cedo de mais. Por mais que eu não soubesse o que aquilo fosse dar. Por mais que nenhum de nós soubesse o que fazer, eu entrei.

— Ah, você já está pensando em casa? — eu disse, dando uma risada, voltando a olhar para o teto.

— Eu não falei isso. — ele disse, voltando a olhar para o teto com um sorriso.

— Sei. Está bem. Mas quero duas pias no banheiro. — ele deu uma risada.

— Porquê duas pias? — ele perguntou confuso.

— É romantico. Sempre adorei a ideia de um casal ter duas pias no banheiro.

— Você é estranha. — ele disse com uma risada.

— Mas você não reclama. — eu disse, levantando a cabeça, e colocando o meu braço no peito dele, olhando de cima para ele.

— Olá. — ele disse e eu dei uma risada leve, puxando-o para um beijo.

Esse beijo era diferente.
Não era como os outros, como o beijo na mesa da sala de quimica, era um beijo calmo. Eu não conseguia acreditar que eu mentir á minha familia sobre ter namorado, que realmente iria acabar tendo um. E sinceramente, não podia estar mais feliz.

Ethan se afastou do beijo.

— Quando você percebeu? — ele perguntou. Sorri.

— No dia do sorvete. — eu disse. — E você?

— No dia da festa. Quer dizer, eu sabia que tinha interesse em você. Não beijo qualquer uma.

— Mas isso não tem nada a ver, você estava bebado. — eu disse e ele ficou calado. — Está brincando. — eu disse suspresa, com um sorriso.

— Eu tive que arrumar uma desculpa, o meu melhor amigo gostava de você. — ele disse e eu dei uma risada.

— Filho da puta. — eu disse e ele riu.

Nesse momento, os dois rindo, olhando para o teto, eu sabia que tinha encontrado alguém realmente bom.

Alguém que realmente gostasse de mim.

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