Capítulo 2

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-- Então, vocês realmente não falaram nada? -- Jimin questionou nos olhando de forma seria.

A lanterna do meu celular apontava para seu rosto de forma dramática.

-- Eu juro que minha boca naquele momento foi um túmulo... Se bem que eu dei uma zoada no uniforme daquele polícia, era muito ridículo -- Jk falou sorrindo.

Eu e Jimin nos olhamos em desaprovação.

-- Certo. E você Tae? -- Jimin me perguntou e então os dois me encararam de forma severa.

-- Talvez eu tenha falado algo... -- disse erguendo as mãos em rendição.

-- Porra... -- Senti o desgosto na voz de Kook. -- Qual a bomba dessa vez?

-- Uma coisa que rolou na festa e eu não contei para vocês foi que... -- tento contar, mas Kook decide me interromper.

-- Tem haver com a gata da delegacia? -- Jk perguntou com um sorriso malisioso, mas logo em seguida é apagado por Jimin que bate em sua cabeça.

-- Cala boca aí! -- Jimin alerta.

Jk esfrega a mão no local da agressão dando risada.

-- Na hora que eu estava escapando com a Jennie um de meus sapatos caiu e tive que deixá-lo para trás -- voltei a contar, agora tendo a atenção dos dois bem pregadas em mim. -- Na delegacia o policial perguntou se o tênis era meu, então eu menti, porque mesmo que eu não tenha matado meu primo eu ainda cometi crime bebendo bebida alcoólica em uma festa clandestina sendo menor de idade -- falo bravo. Então respiro fundo antes de continuar -- A questão é, eu menti e agora preciso ficar em alerta, porque por algum motivo o babaca daquele polícial implicou comigo... -- finalizo frustrado.

-- Certo... -- Jimin sussurra mais para si.

-- Acho que não é tão ruim -- Jungkook fala com caltela -- talvez se nos livrarmos do seu outro par de tênis podemos ficar em paz com isso.

Concordo com minha cabeça de forma tensa e Jimin imita meu gesto. Nos olhamos de forma cúmplice tornando o silêncio menos denso.

-- Meninos, querem cookies? -- Minha mãe grita da cozinha nos tirando do tranze.

Jk levanta no desespero, ele abre a porta do meu quarto escuro deixando as luzes dos cômodos a fora entrarem nos cegando.

-- Tô indo, tia! -- Kook grita.

Me viro para Jimin que estava com um olhar perdido.

-- Não podemos contar nada disso a ninguém. Meus pais não sabem de nada, odiaria decepciona-los mais do que já decepciono -- falo com uma voz profunda.

▰▱▰▱▰▱

Ir para a escola era sempre um sacrifício, mas hoje em específico estava difícil, pois o frio estava gritante, o que é estranho, porque na Carolina do Sul costuma ser sempre quente no decorrer do ano.
Por sorte meu pai me deu carona para a escola, e no caminho foi a mesma conversa desconcertante de sempre.

-- Eei, filho -- ele começou com seu tom amigável -- Alguma menina... ou menino na sua mira?

Soltei uma risada de nervoso.

-- Pai...

-- O que foi? Só quero que saiba que sou um pai moderno, sua mãe que me ensinou -- ele disse em um tom amistoso.

-- Talvez tenha uma menina, mas não sei -- digo me distraindo com a vista da janela dos carros em movimento.

-- Vai com tudo! Qualquer coisa pede umas dicas para seu amigo Jungkook, ele parece ser muito bom com as garotas.

beach killer - TaennieOnde histórias criam vida. Descubra agora