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No cume majestoso de uma colina escarpada, beijada pelo vento salgado do mar, Blairys encontrava-se absorta na beleza serena da vastidão aquática, onde as águas se estendiam até ao horizonte distante. Sob o dossel celeste de azul suave, gaivotas sobrevoavam graciosamente os protagonistas dessa narrativa costeira, os históricos galés que desdobravam os mistérios do mar com suas velas eriçadas, exibindo o lendário brasão da casa do dragão.
Envolvida pela brisa marinha que acariciava delicadamente sua pele, ela apreciou a paz do ambiente enquanto afagava com ternura as escamas reluzentes do fiel companheiro, que ronronou com a demonstração de afeto.
Um momento de tranquilidade, antes de partir rumo a Dorne, na sua jornada em busca dos ingredientes devidamente listados no papel que guardava em segurança nas vestes.
— Pronto, garoto? - Como se entendesse cada palavra, o dragão agitou suas assas poderosas, respondendo com entusiasmo.
Com um salto ágil, a princesa lançou-se para o dorso da besta, apertando com firmeza as rédeas em suas mãos, pronta para decolar. No entanto, antes que pudessem levantar voo, uma sombra colossal projetou-se sobre ela, mergulhando o terreno em plena escuridão. Um rugido estrondoso ecoou no ar, e o coração de Blairys disparou ao identificar a rainha dos dragões, que aterrou bem à sua frente.
O impacto da criatura com o solo, agitou o dragão menor que balançou o corpo, alarmado com a proximidade desta.
Com palavras dóceis, a princesa acalmou o companheiro de voo. Contudo, seu olhar tornou-se uma tempestade quando pousou sobre a figura masculina que ostentava um sorriso irritante no rosto.
Mas em que Diabos ele estava a pensar ao assustar uma criatura tão imprevisível e selvagem como um dragão?!
— Partindo tão cedo, sobrinha? - Provocou, ciente do impacto de sua aparição nos planos da Targaryen.
— O que faz aqui, Aemond? - Questionou Blairys, tentando disfarçar a inquietação em sua voz.
O cavaleiro soltou uma risada enigmática, como se estivesse se divertindo com a situação. — Não é hilariante como o destino faz questão de cruzar os nossos caminhos?
A audácia dele só aumentou a sua frustração. — Por favor, tio, se parasse de me seguir para tudo o que é lado... - Replicou com ironia.
— Ora, dado o seu comportamento recente, completamente insensato, devo acrescentar, receio que não tenho outra escolha senão acompanhá-la. Afinal, caso algo lhe acontecesse, Rhaenyra não hesitaria em acusar a minha família e declarar guerra aberta. - Mentira, aquilo não passava de uma farsa. — Além disso, o súbito interesse no território Dornês deixou-me intrigado. Confesso, estou ansioso para desvendar o seu segredinho.
Determinada, ela respondeu com convicção, resistindo às provocações do homem.
