Capítulo 13

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A manhã surgia envolta numa névoa espessa, quando o acampamento real começou a ganhar vida

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A manhã surgia envolta numa névoa espessa, quando o acampamento real começou a ganhar vida. As tendas luxuosas, ostentando os estandartes escarlates e negros da Casa Targaryen, destacavam-se como sentinelas diante o pano de fundo enigmático da floresta. Cada tenda era um símbolo de opulência e poder, um refúgio de grandiosidade em meio à vastidão selvagem e indomada da natureza.

Os primeiros vislumbres de luz, tímidos e fragmentados, tentavam romper a barreira nebulosa, banhando o acampamento num brilho etéreo. O som metálico de armas sendo preparadas e o murmúrio disciplinado dos servos compondo uma sinfonia de atividades matinais. Os cavalheiros, com suas armaduras resplandecentes refletindo os escassos raios de sol, ajustavam suas montarias e afiavam suas lanças com precisão. A anual caçada ao javali não era apenas um evento, mas também, uma demonstração de destreza e bravura, onde cada movimento, cada gesto, era carregado de significado e tradição.

Dentro da tenda real, um contraste gracioso se desdobrava com elegância. As damas com vestidos de seda e veludo e cabelos cuidadosamente trançados e adornados com joias reluzentes, estavam reunidas ao redor de mesas decoradas com frutas frescas e flores silvestres. O aroma suave do chá misturava-se ao perfume das rosas, criando uma atmosfera de sofisticação. As vozes femininas, melodiosas e ritmadas, ecoavam fofocas da corte, tecendo uma rede de segredos e alianças veladas. Risos suaves e olhares furtivos revelavam mais do que palavras jamais poderiam, enquanto leques de renda se moviam em gestos coreografados, ora ocultando sorrisos, ora enfatizando uma confidência.

Blairys suspirou, frustrada, enquanto seus olhos percorriam a sala, observando a interação monótona e tediosa. A atmosfera carregada de banalidades era quase insuportável para a Targaryen. Permanecer ali, envolta em conversas vazias, era um verdadeiro martírio. No entanto, seu título real vinha com privilégios que ela prezava, mas também com responsabilidades inevitáveis que ela suportava com resignação.

— Princesa.

Emergindo lentamente de seus devaneios, a princesa ergueu ligeiramente a cabeça, dando de caras com o herdeiro de Winterfell.

— Meu Lorde... — Cumprimentou ela, com uma reverência cheia de graciosidade. — Não devia estar lá fora, a preparar-se ao lado dos outros nobres?

Com um sorriso gentil, ele respondeu: 

— Creio que não me identifique com esse gênero de atividades. — Disse ele, levando a Targaryen a arquear a sobrancelha em surpresa. — Assim como a princesa deve compreender.

Seguindo a linha de visão do homem, Blairys virou-se e deparou-se com as demais senhoras, que tagarelavam incessantemente. A constatação veio como uma brisa sutil: ele realmente tinha um ponto.

— Mais do que possa imaginar... - Confessou num suspiro sereno, revelando uma conexão que transcendia qualquer palavra.

— Permita-me ajudá-la. — Num gesto cortês, o nobre estendeu a mão, seus olhos brilhando com uma mistura de curiosidade e respeito. — Vossa Alteza agraciaria, este humilde cavaleiro, com a honra da sua companhia num breve passeio?

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⏰ Última atualização: Jun 29 ⏰

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