Cap 16 - Laura Mikaelson pt.1

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Enquanto Laura e Snape estavam lidando com Set; Dumbledore perdia a paciência em Hogwarts.

Os planos de Dumbledore estavam indo de mal a pior com o sumiço de Harry Potter. Ele sabia que a causa era Laura, pois Snape desapareceu também e agora Draco, Luna, Ron e Hermione. Laura estava tirando toda a munição que ele tinha para finalizar a guerra q ele mesmo criou.

Foram anos manipulando Tom para ser um vilão e mais outros anos manipulando Harry e usando Snape como uma arma descartável. Dumbledore nunca foi o velho bondoso que pintaram.

O que seria do mundo sem um vilão e um herói para manter o equilibrio da vida mágica? Era o q ele pensava. Tudo pelo bem maior. Tudo para que a evolução bruxa acontecesse, mas muitas vidas foram perdidas por causa desse discurso.

O fato era que Laura teria sido a arma para a derrota de Voldemort, mas as circunstâncias foram contra as expectativas. Dumbledore fez de tudo para que a família Mikaelson tivesse um herdeiro e que este fosse de fato o filho do Lord Das Trevas, pois assim pai e filho lutaria épicamente. Era perfeito, mas Laura nasceu sem controle.

Ter o poder que Laura tem fora o motivo de Dumbledore jamais conseguir que a jovem fosse sua arma. Laura era instável e naturalmente possuía poderes das trevas. A verdade era que Dumbledore acreditava que a menina fosse para o lado das trevas se juntar ao pai.

Perder o controle foi sem dúvidas o estopim para Dumbledore. Como Laura ousava interferir no bem maior? Ele achava que tirar sua verdadeira varinha ainda na infância fosse prejudicar o controle mágico dela e impedir que seu poder ficasse tão maior quanto o seu próprio. Mal sabia Dumbledore que a criação de Laura consistia em revelar todos os segredos de sua família e por consequencia do mundo bruxo.

Seria Laura de fato quem iria trazer paz ao mundo bruxo, mas não manipulada por Dumbledore.

*Anos antes Plataforma 9 3/4 fim do período letivo de Hogwarts 1975*

Laura com seus 15 anos descia da plataforma em direção ao ponto de encontro para esperar seu motorista. Toda a vida foi assim; seus avós ignoravam sua existência, mas mantinham as aparencias.

Desta vez seu avô a esperava radiante e Laura estranhou o comportamento do mesmo; afinal por que aquele velho estava sorrindo tanto para ela?

- Olá querida bem-vinda de volta. - Disse estranhamente feliz.

- Por que a felicidade?

- Você está de volta oras.

- Engraçado que no natal você me disse outra coisa. - Laura disse arqueando uma das sombrancelhas.

- Quando chegarmos sua avó e eu vamos explicar o motivo dessa felicidade querida. Agora vamos temos que almoçar ainda e há um banquete lhe esperando. - Seu avô permanecia enérgico e alegre demais.

O caminho fora semi-silencioso já que, enquanto o motorista conduzia o belo e caro carro, seu avô cantarolava uma antiga musica de ninar. Laura olhava o avô pelo canto dos olhos e mantendo a varinha antiga de sua mãe a postos para qualquer surpresa, além claro, de suas barreiras oclumentes; se seu avô pensava que poderia ataca-la sem que ela estivesse preparada estava muito enganado.

- Como fora seu ano querida? - O matriarca da família Mikaelson perguntou sorridente.

- Não me chame assim. - Laura permaneceu olhando pra frente. - Não sei o que deu nessa sua cabeça velha, mas não caio no seu jogo.

Seu avô suspirou tristemente.

- Estamos chegando e você irá entender Laura eu juro. - Após proferir tais palavras derrotado ele se manteve calado para não incomodar Laura o resto da viagem.

Ao chegarem na mansão Laura foi recebida com abraços por sua avó e uma felicidade genuína que a mesma jamais havia visto. Depois de 15 anos sendo criada como um monstro, era muito estranho todo esse carinho.

Na sala de jantar a mesa estava repleta de vários tipos de comida que Laura nunca vira antes. Sentaram apenas ela e seus avós que agora aparentavam um certo nervosismo.

- Laura... - seu avô iniciou apreensivo. - Gostaríamos de começar lhe pedindo perdão por tudo que fizemos. - Havia tristeza em seu olhar. - Quando sua mãe apareceu grávida ficamos imensamente felizes e ao ficarmos sabendo quem era seu pai decidimos proteger vocês duas para evitar que perdessemos nossos bens maiores. Eu sei que fizemos atrocidades, mas juro que estávamos sendo enganados por Dumbledore e acreditávamos estar criando alguém tão horrível quanto o próprio Voldemort.

"Dumbledore nos fez acreditar que seu núcleo mágico era pura magia negra e que seria questão de tempo para que fosse para as trevas, mas nosso erro maior foi não entender que suas explosões mágicas vinham da falta de um treinamento adequado."

O avô de Laura tinha lágrimas nos olhos e sua avó já estava aos prantos. Estariam mesmo arrependidos? O que mudou?

- Acontece querida... - Sua avó se pôs a falar assim que se acalmou um pouco. - Que fazemos parte da ordem da fenix comandada por Dumbledore e... bem somos, assim como seu pai, herdeiros de Salazar. - Sua avó voltou a chorar.

- Seu tio avô, meu irmão... - Seu avô voltou a falar. - teve uma filha que usou amortentia em um trouxa e teve um filho com ele, seu pai. Por consequencia de seus atos meu irmão passou tudo para mim antes de seu falecimento a algumas semanas atrás e fomos visitar o castelo mais antigo da familia. Laura lá estão os quadros de Salazar e seus pais Merlin e Morgana; foi graças a eles que descobrimos os planos de Dumbledore e também a verdade sobre você. Nunca soubemos que seu pai era um Mikaelson também. É claro que entendemos que jamais deveríamos tê-la tratado mal todo esse temo, afinal você é apenas uma criança inocente. Por favor se puder nos perdoar...

- Ninguém me consolou quando vi minha mãe morta no quarto. Ninguém me perdoou por ter destruído a estufa antiga depois de ficar com tanto medo que perdi o controle da magia. Ninguém permitiu que eu fizesse amigos quando criança a não ser por Lupin, mas ele é um licantropo então pra vocês tudo bem já que ele é um monstro certo?

" Não me digam que estão arrependidos, pois não estão. Querem uma arma contra Dumbledore e contra meu pai? Ótimo vou fazer isso pra que eu possa ter um futuro bem longe daqui e possa ser muito feliz já que aqui eu nunca fui e nunca vou ser, mas me recuso a ser treinada por vocês. Sei que era isso que vocês queriam e eu não vou ceder a nada que prometerem."

Laura levantou sem tocar em seu almoço e foi para seu quarto correndo tristemente. Ao entrar ela se trancou com os mais fortes feitiços e silenciou o quarto para ninguém escuta-la. Naquele momemto Laura chorou o que a muitos anos não chorava; dor, tristeza, mágoa, solidão e raiva. Foi assim que ela passou o dia.  Apenas chorando.

Quando estava perto de anoitecer recebeu uma coruja de seu amigo Lupin perguntando se ela queria vê-lo e ela o fez. Aparatou, mesmo sendo ilegal, para a montanha em que eles ficavam juntos e lá contou tudo ao amigo que a abraçou e consolou. Lupin era o único amigo de Laura e eles se tratavam como irmãos. Foi Laura quem o ajudou em sua primeira transformação na lua cheia e foi Laura que o ajudou a ver beleza em sua forma de lobo.

- Separados somos bons? - Lupin perguntou.

- Mas juntos somos melhores. - Laura respondeu.

Esse era o acordo entre eles. Essa era a definição deles.

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