Panquecas - VI

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As panquecas do jeito brasileiro do livro de receitas já estavam prontas, agora só faltava o molho ficar pronto. O silêncio era confortável e George cantarolava enquanto cortava e adicionava tomates a panela para o molho caseiro.

Eu o observava em silêncio, terminando o líquido de minha taça, a visão de George de avental lilás é engraçada mas reprimo a risada para mim.

— aí caralho - soltou do nada e sacudiu o dedo depois pressionando o mesmo com sua mão.

— oque houve? Se cortou – me levanto rápido para me aproximar embora tropeçando um pouco depois das três taças.

— é, me cortei distraído, só faz um feitiço aqui por favor e eu termino o jantar

Uh vamos nós.

— oh ok.

Pego minha varinha que estava no sofá e caminho para a cozinha novamente respirando fundo e tentando concentrar todo o meu foco para que de certo.

George está esperando com a mão em volta do dedo quando me aproximo, sorrio nervosa e ele deixa o dedo livre para que eu olhe, uma gota de sangue respinga em meu tapete verde, seu corte é bem feio.

Episkey - mas nada acontece a não ser firulas amarelo gema. — perai, acho que pronunciei errado. Episkey, Episkey.

Mas a única coisa que acontece é George me olhando confuso.

— Que saco, devo estar pronunciando errado — disfarço sabendo muito bem oque está acontecendo.

— está falando certo s/n, oque está havendo? Vi que não conseguiu consertar os vidros também. - sua notação me pega de surpresa.

— o dia foi cheio – lágrimas discretas surgem nos cantos de meus olhos e abaixo a cabeça para que ele não perceba mas é inútil porque minha voz fica falhada — devo estar pouco concentrada, vou pegar o kit de primeiros socorros.

Vou até o banheiro onde está guardado a maleta e pego para levar a sala, aproveito o momento para deixar escapar a lágrima que estava prendendo, seco o rosto e volto para George novamente.

Quando volto ele está baixando o fogo e tampando a panela.

Ele observa com cuidado o seu curativo que está sendo feito, tenho dificuldade para cortar a fita sem magia e ele percebe.

— não vai mesmo me contar o seu problema com a magia? – diz baixo, como se tivéssemos rodeados de pessoas e com um segredo.

— não tem problema nenhum, eu só estou cansada hoje.

— isso nunca foi problema para executar magias, Hale. Confia em mim.

— eu confio.. eu confio, acho mas é que.. eu só não quero falar disso agora, não me sinto preparada para abrir o jogo tão cedo entende?

— ah ok, eu emocionei um pouco também – ele fica desconcertado e tento deixar claro de que o problema sou eu e minhas confusões.

Nos estamos conversando tão perto um do outro que consigo sentir o seu perfume. Inspiro mais algumas vezes sem saber oque falar. Sou surpreendida quando ele pega em minhas mãos, alisando-as com delicadeza.

— Sabe.. eu venho pensando em você desde que nos conhecemos pela primeira vez.

— na vez que você deixou minha cozinha brilhando? ‐ brinco, apesar de nervosa com o toque.

— é.. mesmo quando eu quero trabalhar ou dormir você vem na minha mente e eu não sei o porquê disso. Enfim, só queria desabafar um pouco, se você quiser passar mais tempo comigo, talvez tomar algum café lá em casa as vezes.

— oh, estou surpresa, mas claro eu adoraria um bolo de cenoura pós expedientes. – digo um pouco ruborizada e noto que ele chega mais perto.

Suas mãos que estavam segurando as minhas agora estão subindo pelos meus braços, seus dedos brincam dedilhando até que chegam ao meu pescoço onde afastam os meus cabelos não tão compridos.

Dou um mais um passo a frente o encorajando para que ele faça oque quer. E então com essa discreta permissão ele acaba com o espaço entre nós.

Seus dedos estão cobertos por meu cabelo enquanto sua outra mão me puxa da cintura para mais próximo de si. Antes oque eram dois selinhos agora já era uma mistura de línguas se encaixando em um beijo lento e doce.

O beijo lento e respeitoso precisava de algumas pausas para respirar, mas logo estávamos grudados de novo, como imãs.

— George?

— hm - sua resposta foi curta e logo ele veio encaixando seus lábios novamente

— George

— meu Deus Hale, aproveita o momento - fala aborrecido, soltando a mão do meu cabelo e deixando as duas em minha costelas.

— o molho George, vai queimar o o molho.

— PUTA QUE PARIU POR QUE NÃO FALOU ANTES? - disse se virando rápido para o fogão para desligar o fogo e mexer a colher para separar o molho do fundo.

— eu tentei avisar, mas você estava alucinado me beijando

— ah tá.

Rimos um pouco enquanto ele faz graça colocando o molho nas panquecas como um chef de cozinha trouxa.

💜🥄

Foi isso por hoje, espero que gostem!

Vem acontecimentos por ai hein.

Votem e comentem se puderem!☆

Um beijo e nos vemos em breve!♡

Purple Love - George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora