Purple Love - George Weasley

Vidraça - V

Presumo que toda vizinhança escutou os barulhos de vidro quebrando. O comércio recém fechado pós sol, a tranquilidade pairava na rua.

Com a varinha em mãos abro a porta e após breve avaliação é fácil perceber que o estardalhaço foi na loja dos gêmeos, mas agora não aparentava ter ameaça nenhuma.

Atravessei a rua fechando o casaco pois o vento assoviava. Fred e George junto de seus pais e mais alguns ruivos que eu não conhecia pareciam estar averiguando o estrago. Pelo jeito não estavam no momento que aconteceu.

— aqueles comensais de merda, se eu pego um deles aii.. – bufava Fred

— você nada, não me faça lhe dar uns tapas – disse molly não sabendo se ficava irritada pela fala do filho ou pesarosa pelo prejuízo da vidraça.

Me aproximei de George para cumprimenta-lo

— hey George 

— oi malia, você em minha humilde e quebrada residência? - me encantei que mesmo em um momento delicado seu senso de humor estava intacto

— eu escutei alguns barulhos, vim ver se quer ajuda em algo, limpar sei lá

— até parece que você não é uma bruxa também. Não vamos varrer caco por caco, apenas alguns feitiços e já está nova. Se quiser ajudar, posso lhe oferecer um prato no jantar

Oh, ok vamos lá.

Deixo com que George se afaste e vá para o outro lado da loja, todos estão fazendo feitiços então com minha varinha em mãos tento reparar alguns danos da vidraça.

— Reparo – falo, mas sem resposta — Reparo - falo mais três vezes, porém o máximo que acontece são faíscas saindo da varinha.

— tá com dificuldade Malia? – perguntou Hermione

— bom.. na verdade sim, eu tenho que ir ali em casa se você puder ajudar nessa parte.

Me esquivo para que não chegue mais perguntas, na única vez que olho para trás enquanto estou caminhando de volta, vejo que George estava prestando atenção na conversa. Ele tenta vir atrás de mim, mas é interrompido por Fred que puxa ele para conversar sobre algo das mercadorias estragadas.

Subo direto para casa, sou recebida por meu filhote ainda sem nome, seu rabinho balança e eu o pego no colo para que sente no sofá comigo. Meu peito sobe e desce com a respiração, uma lágrima cai junto com a dor aguda do meu peito. Inspiro fundo no pescoço do cachorrinho e me acalmo com o cheiro do seu shampoo para cachorros.

Duas horas haviam se passado desde que eu chegava em casa novamente, agora já tinha tomado banho e estava com pijamas quentinhos e confortáveis de ficar em casa. Terminava de encher o pote de ração quando escutei bater a porta lá em baixo na loja.

Meu coração deu um salto, já se passavam das 21h e eu sozinha em casa, peguei minha varinha embora não fosse me ajudar em nada e desci as escadas pé por pé.

Quando afastei uma brecha da cortina vi a cabeleira ruiva na porta. Abri a porta e finalmente consegui respirar aliviada.

— George porra, você me assustou.

— Desculpa, eu não percebi que era tão tarde. Vim saber porque você saiu correndo aquela hora. - disse ele entrando, fiz menção para que ele me seguisse até o andar de cima.

— ah..eh eu lembrei que não tinha colocado água para meu filhote, e eu cortei o dedo em um vidro.

— ah, eu poderia ter ajudado com o dedo. – George havia sentado no sofá sem convite nenhum e a agora fazia carinho nas orelhas do filhote — que lindo, qual o nome?

— não tem ainda, não consegui pensar em nada realmente bom, as vezes eu chamo de coisa – me sento ao seu lado,  mas deixando um espaço de uma pessoa.

— que falta de criatividade Hale, vou pensar em algo. Mas que belos pijamas.

Me envergonho totalmente quando lembro que abri a porta para ele com esse pijama.

— para, é muito confortável e quentinho.

— não tem problemas, mas eu vim saber tambem se você ainda quer jantar lá em casa. - o filhote agora escalava George e ele deixava em cima de seus ombros com um papagaio de pirata.

— PIRATA – gritei sem enrolação

— que susto mulher! Onde tem piratas?

— o nome dele, vai ser pirata – digo sorridente por finalmente encontrar um nome

— uhh, é bom, mas e a janta?

— bom, não tenho muita vontade de sair de casa agora, se você não se ofende. Já estou até de pijamas

— ah

— mas se você quiser cozinhar alguma coisa aqui, espero que sua família não se importe. - ofereço, eu realmente não tenho vontade de sair mas tenho muita fome.

— não, minha família não se importa e eu vou fazer o melhor jantar que você já comeu – saltou do sofá e saiu caminhando para achar a cozinha.

Sirvo uma taça de hidromel enquanto ele procura os utensílios para sua receita.

💜⚠️

Prox capítulo vai ser o George cozinhando para ela.

Oque acharam da aproximação, muito rápida?

Se puderem votar e comentar!

Obrigada a quem leu, sumi pq tinha provas.

Um beijo e até breve!♡