17/ Breathe

132 16 6
                                    

                                  - CAPÍTULO DEZESETE -

                                              - RESPIRE -




                                                  .......




   Fazia um bom tempo que a mais nova da família Archeron não tirava um tempo somente para si; e assim ela fez

   Antes do sol raiar alto no céu, ela levantou da cama, se trocou e arrumou uma mochila para o que tinha preparado para hoje. Silenciosamente, saiu do quarto indo em direção a cozinha e deixou um bilhete em cima da mesa, como sempre fazia

   Sai para dar uma volta, volto mais tarde!

   - Dhara

   Era muito cedo, não iria acordar seus pais para avisar onde ia, então quando saia sempre deixava um bilhete

   E saiu

   Seguindo a trilha que conhecia tão bem com Melisys ao seu lado, seguiram até estar à beira do rio e se deixaram acompanhar a correnteza. Isso enquanto aproveitava o silêncio e apreciava a beleza do lugar assistindo o sol nascer

   Chegaram ate umas pedreiras não muito grande em uma parte rasa do rio e decidiu ficar por ali. Adhara se aconchegou na pelagem fofa da loba pegou o caderno juntos dos materiais de pintura que trouxe e começou a rabiscar

   No começou pensou em desenhar a vista a sua volta, ate a imagem da ruiva no trono vir em sua cabeça junto do quarto de espelho; e como se fosse automático começou a pintar aquela fêmea que viva em seus pesadelos, uma hora ela outra hora pintando o quarto. Sem parar, simultaneamente, Adhara não percebeu como sua loba a olhava ou como o dia a sua volta, não parou quando a dor no pulso começou ou quando o estomago começou a doer por falta de comida; ela não conseguia parar

   Não conseguia parar, parar de pensar naqueles malditos sonhos, parar de pensar naquela conversa estranha, parar de procurar saber quem era aquela passou fantasma ao lado da ruiva, parar nas 245 pessoas que morreram e ela não fez nada, parar de reviver aquela festa, aquela noite. Ela não conseguia parar de pensar e aquela voz no fundo da cabeça também não ajudava

   — Adhara?

   Ela parou, rapidamente virou o olhar em direção a pessoa que a tinha chamado, tentou acalmar a respiração, mas aquela estava desregulada

   Respira

   Respira

   Respira

   Uma tarefa que todos nascem sabendo, mas que naquele momento era a coisa mais difícil de se fazer para a pequena fêmea

   Respira

   Ela sentiu quando seu a pessoa que a tinha a chamando a pegou no colo e a abraçou, sabia que ela falava algo para si, mas Adhara não consegui entender oque a pessoa dizia. Também começou a sentir a língua áspera de Melisys e a sua pata em seu braço, mas não consegui ver ela, estava tudo escuro

   Respira

   — Respira

   Respira

   — Respira

   O coração mais do que acelerado, o peito voltou a subir e descer e Rhysand se sentiu mais calmo

   — Respira filha, tá tudo bem! – ele sussurrou no ouvido dela – Vai ficar tudo bem!

A Corte de Passado e FuturoOnde histórias criam vida. Descubra agora