trauma

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As semanas foram tranquilas, o grupinho se reunia e Chan e Minho ficavam juntos sempre que podiam. Viviam fazendo planos para depois da aula e intercalavam os finais de semana com passeios no parque, sessões de cinema e jantares em restaurantes aconchegantes ou simplesmente ficar em casa, matando tempo juntos. O relacionamento deles só crescia a cada dia, e a cumplicidade entre Chan e Minho era evidente para todos.

Chan estava feliz com o que estava vivendo ao lado de Minho e não podia e nem conseguia mais negar que estava apaixonado por ele. Ele estava cansado de tentar esconder e mentir para si mesmo. Afinal, quem em sã consciência não se apaixonaria por alguém como Minho?

Do outro lado, a mente de Minho vivia pregando peças, pois ele não se achava o suficiente para o mais velho, sempre se questionando o que o outro viu nele. Ele sentia que não tinha nada de bom para oferecer. Não o entendam errado, ele estava feliz com Chan e sentia algo especial por ele, mas seus medos e inseguranças o impediam de avançar plenamente no relacionamento. Vários pensamentos pairavam em sua cabeça: "Será que ele está feliz comigo?" "Por que ele ainda não desistiu de mim?" "Quem, em sã consciência, se apaixonaria por alguém como eu?"

Ele sabia que tinha se apaixonado pelo mais velho, e, mesmo que tentasse esconder o que sentia, seu coração traía suas intenções a cada batida. Os pensamentos sobre o mais velho ocupavam seus dias e permeavam seus sonhos noturnos. Cada encontro, cada conversa, tornava-se um precioso. Se apaixonou no momento em que o viu sorrir, no momento em que sentiu seus lábios, no momento em que sentiu seu toque, se apaixonou de uma forma avassaladora, como nunca antes. Mesmo negando e lutando contra esse sentimento, foi tão inevitável como se deliciar com uma boa refeição, inevitável como não dançar a sua música favorita, como não sorrir ao ouvir o riso de uma criança, foi inevitável.

Mas ele ainda estava enfrentando uma batalha interna, tentando encontrar a autoconfiança necessária para se entregar ao relacionamento, mas era difícil. Ele lutava contra seus demônios internos, onde a insegurança sempre falava mais alto que sua consciência, e isso estava causando um grande desgaste emocional.

Minho sabia que precisava tomar uma decisão, pois estava ciente de que essa situação não poderia perdurar. Ele não queria machucar Chan e nem correr o risco de perder sua amizade, tornando tudo ainda mais complexo.



Ily - minchanOnde histórias criam vida. Descubra agora