Minho estava destruído; a realidade o atingiu em cheio. Ele não imaginava que aquilo fosse acontecer. Desde o início, lutou contra o sentimento, mas não deu muito certo.
Ele agora estava no chão, encolhido como se tivesse sido exposto, sua cabeça doía e seus olhos ardiam de tanto chorar, choro esse que não cessava. Sua respiração estava descompassada. Seu corpo doía, na verdade, tudo nele doía. Sua mente continuava trabalhando para afundá-lo ainda mais. Ele só conseguia pensar no seu ex e no estrago que ele fez em sua vida, dizendo coisas horríveis e o deixando no momento em que mais precisava
"Eu vou embora Minho, cansei de ficar com você. Você não presta pra nada, nem pra fazer um simples trabalho você serve, eu teria vergonha de ser assim" ou "você não tem nada de bom aí dentro de você, quando eu olho pra você só vejo um vazio, quando você vai mudar? Sinceramente, é melhor você morrer logo, pouparia o tempo de muita gente"
As frases dolorosas continuavam a atormentar a mente de Minho em um loop implacável. A cena se repetia com tanta clareza que ele podia ver seu ex ali na sua frente, cuspindo todas aquelas palavras
Ele se apertava na tentativa de se lembrar de que aquilo não estava acontecendo, que era apenas uma lembrança ruim. No entanto, não conseguia. Sentia até o cheiro do outro e aquilo estava acabando com ele. Chorava, gritava e soluçava. Gritava para tentar tirar tudo de dentro de si, mas não adiantava; a cada grito, se engasgava mais com sua dor e desespero
"Minho? Eu estou ouvindo seus choros, pelo amor de Deus, deixa eu entrar e te ajudar", disse Jisung em meio a batidas desesperadas na porta.
A voz angustiada de seu amigo o fez sentir-se menos sozinho em meio à sua dor. Minho pensou se deveria deixar o outro entrar. Ele valia aquele esforço? Valia aquela lágrima? Cada vez mais Minho se afundava.
Sem esperar por uma resposta, Jisung conseguiu abrir a porta e deparou-se com seu amigo de uma forma que nunca tinha visto antes. Correu para abraçá-lo e colocá-lo no colo, como se fosse uma criança. Fez carinho em suas costas e em sua cabeça, começou a cantarolar uma música e a se balançar na tentativa de acalmar o outro.
"Jisung, vai embora, me deixa aqui, me deixa sozinho. É isso que eu mereço", Minho disse enquanto se agarrava no amigo, chorando ainda mais com aquele ato..
"Eu não vou embora Minho, eu vou ficar aqui com você, até o fim. Eu te amo Minho, muito. Me deixa te ajudar, me deixa te tirar desse lugar"
"Faz parar Ji, dói muito. Eu não quero mais sentir isso, eu não aguento mais. Tô exausto." minha gritava de desespero. Só queria que aquilo tudo acabasse.
Jisung secou suas lágrimas e parou de chorar, querendo ser a força de Minho naquele momento. Ele não precisava perguntar o que tinha acontecido. Ele sabia. Sabia que Minho descobriu que tinha se apaixonado por Chan e que o ex dele estava presente em sua mente naquele momento.
Ele viveu o término junto com Minho, sabia o quão tóxico aquele cara tinha sido e como deixou uma marca em Minho. Só que não esperava ver Minho assim novamente. Ele sabia que o amigo frequentava a terapia, mas mesmo assim, sabia que recaídas aconteceriam, mas não imaginava que seria daquela forma.
Sem esperar mais, Jisung pegou Minho no colo, que ainda estava chorando e se debatendo, e o levou para o banheiro. Ele o colocou dentro do box, de roupa mesmo, e deixou a água cair em cima do amigo, não se importando em ficar molhado, só querendo acalmar o mais velho.
O som calmante da água e o toque acolhedor de Jisung talvez tenham ajudado Minho a encontrar um momento de tranquilidade em meio à tormenta emocional.
"Se acalmou um pouco?" Perguntou jisung de forma doce e carinhosa
"Um pouco, mas tudo dói. minha cabeça dói muito." Disse ainda soluçando.
"Você consegue tomar banho sozinho?" Viu o outro acenar que sim com a cabeça "ótimo, enquanto isso eu vou pra cozinha preparar algo pra você comer e separar alguns remédios, tá bom?"
O mais velho só conseguiu falar que sim e viu o outro sair pela porta. Começou a tirar sua roupa para tomar um banho e tentar relaxar. Só que foi em vão, caiu sentado no box e as lágrimas voltaram a cair, de forma mais contida, mas elas estavam lá. Se permitiu chorar mais um pouco. Estava ficando cansado, seus olhos já estavam pesados, estava no seu limite.
Jisung vendo que o amigo estava demorando, entrou no banheiro e viu o amigo ali sentado. Ele se encaminhou até o mais velho para ajudá-lo a se secar e colocar uma roupa. Com cuidado e carinho, Jisung cuidou de Minho, mostrando sua preocupação com o bem-estar do amigo.
Em seguida, Jisung ajudou Minho a deitar na cama e se assegurou de que ele estivesse confortável. Preocupado com a condição emocional de Minho, Jisung ofereceu-lhe comida para que pudesse se alimentar.
Percebendo a angústia de Minho, Jisung também lhe deu um calmante e um remédio para a dor de cabeça, buscando proporcionar algum alívio em meio à turbulência emocional.
Minho se sentiu amparado pela preocupação e gentileza de seu amigo. A presença cuidadosa de Jisung trouxe algum conforto em meio à sua dor emocional.
Jisung cuidou de Minho com tanto carinho e preocupação que, ao voltar para o quarto, encontrou seu amigo já dormindo. Sem hesitar, ele abriu o armário de Minho para trocar as roupas molhadas e deitou-se ao lado dele.
Abraçando-o suavemente, Jisung transmitiu um gesto de afeto e proteção para que Minho se sentisse seguro mesmo durante o sono.
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Ily - minchan
RomansaOnde Minho tinha medo de se relacionar, mas encontrou em Bang Chan o refúgio que sempre queria Ou Onde Bang Chan não estava procurando um relacionamento e viu em Minho tudo o que sempre precisava.