decisão

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A preocupação tomava conta de Chan, já estava no segundo dia que não tinha notícias de Minho, não via nem jisung pra saber o que tinha acontecido

Andando pela faculdade, pensativo sobre os últimos acontecimentos, Chan teve a sorte de esbarrar em Jisung e não perdeu tempo em se dirigir ao encontro do amigo mais novo

"Oi ji, tudo bem? Sabe notícias do Minho?" Bang Chan perguntou um tanto quanto ansioso.

"Oi Chan, o Minho não tá muito legal, então ele ficou no dormitório esses dias." Jisung disse meio incerto do que falar, não era um assunto dele.

"Sério? Eu passei lá esses dias, mas ninguém me respondeu", Chan não conseguiu esconder a tristeza, só queria saber o que tinha acontecido para poder ajudar. "Então eu vou passar mais tarde lá novamente para ver se ele precisa de ajuda com algo..."

"Não! É... não acho que seja uma boa ideia, Minho quer ficar sozinho", Jisung percebeu a cara de interrogação que Chan fez e, antes que ele falasse alguma coisa, continuou. "Não, você não fez nada de errado. É que o Minho às vezes precisa lidar com algumas coisas, e ele quer ficar sozinho no momento, só dê o tempo dele que ele vai te procurar para conversar"

"Mas..." respirou fundo e se deu por vencido "tudo bem, vou esperar. Mas você me dá certeza que ele tá bem fisicamente? Que ele não está machucado?"

"Olha Chan, eu preciso ir... tô atrasado pra minha aula, qualquer coisa falo com você" jisung saiu rápido demais querendo fugir da pergunta.

"Espera!!!" Gritou em vão, quando viu jisung já estava longe.

Aquela conversa não tinha sido nada esclarecedora. Ele não sabia se Minho estava bem, se precisava de alguma coisa. Só sabia que ele estava passando por alguma coisa e que era pra esperar o tempo dele.

Nas últimas semanas, Chan respeitou o pedido de Minho e deu-lhe o espaço necessário. No entanto, a preocupação continuava presente em seu coração. Ele sentia falta da companhia de Minho e se perguntava como poderia ajudar seu amigo.

Para tentar ocupar a mente e lidar com suas próprias ansiedades, Chan se dedicou mais aos estudos e também encontrou conforto em suas outras amizades. Ele conversava frequentemente com Jisung, que lhe assegurava que Minho estava gradualmente se recuperando.

Durante aquelas semanas, Minho enfrentou momentos difíceis, vendo as mensagens de Chan, mas sem coragem de responder. Cada vez que lia as mensagens, ele se sentia culpado.

Lidar com suas próprias emoções e inseguranças tornou-se uma tarefa extremamente desafiadora para Minho. Ele sentia-se esmagado pelas emoções e pela sensação de ser um fardo para os outros..

Jisung foi todos os dias da semana falar com Minho e ver como ele estava. A companhia do amigo sempre deixava o ambiente mais leve, e eles encontravam conforto nas conversas sinceras que compartilhavam

"Chan veio me procurar" disse quando estavam almoçando em cima da cama do mais velho " veio me perguntar de você e eu disse que você precisa de tempo e..."

" A gente, por favor, pode falar de outra coisa?" Minho disse com a voz já embargada. Ele morria de saudades do mais velho, mas como sempre, o medo e a insegurança o dominavam.

Dito isso, Jisung começou a falar sobre assuntos aleatórios, compartilhando histórias engraçadas sobre sua família e seu grupo de estudo. As risadas de Minho encheram o ambiente, e Jisung sentiu seu coração se encher de alegria. Ele sabia que o amigo conseguiria superar seus desafios e sair daquela fase difícil.

Ouvir a risada de Minho foi uma lembrança reconfortante para Jisung de que a alegria ainda estava presente em seu amigo. Ele queria ter certeza de que Minho faria a escolha certa para enfrentar suas questões internas, e por isso, estava disposto a apoiá-lo em todos os momentos.

Já se passaram duas semanas desde a crise que Minho teve. Ele finalmente estava apto a encarar o mundo lá fora, mas ainda não estava confiante em encontrar com Chan. No entanto, precisava voltar para a aula, pois não queria ficar reprovado por falta.

Com a ajuda de Jisung, Minho se arrumou para ir para a aula. Ele andava olhando para os lados, buscando por Chan, mas para o seu alívio, o amigo não estava à vista.

Jisung percebeu a ansiedade de Minho e tentou acalmá-lo, dizendo que tudo ficaria bem e que, se ele não se sentisse pronto para conversar com Chan, poderiam dar um pouco mais de tempo antes de se encontrarem novamente.

No segundo dia, assim que Minho pisou na faculdade, seus olhos se encontraram com os de Chan. Em um instante, o mundo ao redor pareceu parar, e tudo ficou em silêncio, deixando apenas os dois ali, olhando um para o outro.

Minho queria transmitir através de seu olhar tudo o que sentia, todas as emoções que não conseguia colocar em palavras. No entanto, ao sentir seus olhos encherem de lágrimas, ele se viu incapaz de manter o contato visual e precisou desviar o olhar, sentindo-se vulnerável diante do amado.

Sem hesitar, Minho puxou Jisung pelo braço e saiu às pressas daquele lugar. Ele não queria que Chan visse suas lágrimas e sua fragilidade, mas Jisung compreendeu e respeitou sua decisão.

Fora da faculdade, Jisung abraçou Minho, oferecendo-lhe apoio silencioso. Ele sabia o quanto seu amigo estava passando por momentos difíceis e não quis forçá-lo a enfrentar algo que não estava pronto para lidar.

Minho sabia que precisava conversar com Chan, pois não era justo deixá-lo no escuro sobre o que estava acontecendo. Ele compreendia que tudo aquilo era fruto de suas próprias inseguranças e medos, e sentia-se responsável por ter afetado o relacionamento deles. E ele sabia o que tinha que fazer, ele não podia mais ficar com o mais velho, não queria mais ser um fardo. Mas acabar com isso que eles criaram estava sendo muito doloroso. Minho amava Chan, mas sabia que ele não era a pessoa certa para o mais velho. Não achava justo trazer tanta bagagem para o outro.

Com um resquício de coragem, Minho decidiu mandar uma mensagem.



Ily - minchanOnde histórias criam vida. Descubra agora