chapter four

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bárbara petrov
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Na manhã do dia seguinte, liguei para Angeline

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Na manhã do dia seguinte, liguei para Angeline.

— Como assim ele disse que não quer mais ir para o Havaí? — ela gritou comigo pelo telefone.

— Foi o que ele disse, Angeline — respondi, calmamente.

Por mais que estivesse me pagando pra trabalhar com ela, eu não ia abaixar a cabeça e correr em direção a um cantinho pra chorar quando Angeline gritasse comigo. Eu era uma mulher autossuficiente e uma ótima profissional. Pouco me importava se ela era famosa e ia casar com Victor Augusto. Ela tinha que me respeitar da mesma maneira que eu a respeitava.

— Mas eu já tinha avisado todo mundo que ia ser no Havaí! Meu vestido já está sendo feito e é para o calor. Victor quer se casar nesse frio do caralho de Nova York? Por que? — ela perguntou.

Suspirei e dei de ombros. Se ela não conseguia entender Victor, quem conseguiria?

— Não sei, Angeline. Liga pra ele e definam isso logo, porque tenho que sair atrás do salão, do buffet, dos convites, das flores, da confeitaria, da igreja e da lista de presentes. Vocês já sabem onde vão passar a lua de mel? — suspirei de novo.

Por que eu não podia ter escolhido um trabalho que desse menos trabalho? "O trabalho enobrece o homem". Pelo amor de Deus, quem foi que disse essa idiotice?

— Sim, já sabemos. 5 dias em Paris, 4 em Londres, 4 em Madrid, 5 em Veneza, 5 em Tóquio, 4 em Dubai — corri para pegar meu bloquinho e comecei a anotar — Exatamente nessa ordem. Por favor, prepare todas passagens com as companhias aéreas. Acho que não tenho que te lembrar que todas devem ser compradas na primeira classe. Quero sair na manhã do dia 23, já que o casamento vai ser dia 22.

— Tudo bem, está tudo anotado — suspirei alto — 22 de dezembro? Essa é a data definitiva?

— Sim.

— Tudo bem, então. Vou providenciar tudo até lá. Tem preferência de empresa aérea? — perguntei, finalizando.

— Não.

— Tudo bem.

— Vou ligar para Victor e te retorno em cinco minutos com a resposta do local do casamento.

Angeline desligou na minha cara.

Nem tive chance de dizer nada. Bufei e olhei meu caderninho de anotações. Eles iam ficar quase um mês fora. Eu ia ter que ligar para a assessoria de Camilo de novo e manda-los clarear a agenda dele do fim de dezembro até a metade de janeiro.

Meu celular tocou e eu atendi.

— O casamento vai ser em Nova York mesmo — Angeline confirmou.

— Tudo bem. É bem mais fácil arrumar tudo por aqui, até porque Nova York é uma cidade especializada em tudo. Seu casamento vai ser divino, Angeline. Não se preocupe — eu a acalmei.

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