chapter twenty seven

1.8K 110 46
                                    

bárbara petrov
point of view

Não foi de maneira racional que acabei me decidindo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Não foi de maneira racional que acabei me decidindo.

Eu estava encarando a tela do meu celular e a mensagem de Victor em um segundo e, no segundo seguinte, estava parada em frente ao Four Seasons. Sabia que era burrice, estupidez, idiotice, a pior coisa que eu poderia fazer àquela altura do campeonato. Depois de todas as ameaças da minha mãe, depois de tudo o que eu vi das pessoas que amava, depois de Victor ter me dito tantas palavras ruins, depois de ter ficado quieta sobre Angeline, mesmo depois detudo, constatei, com um leve desespero, que ainda queria Augusto. Mais do que qualquer coisa.

A parte racional do meu cérebro travava uma luta com a parte emocional e eu não percebi que o resultado eram as lágrimas que caíam dos meus olhos. Você é muito estúpida, Bárbara. Vá embora! Fuja! Saia da vida desse homem, ele não te quer e não te merece. Ele vai se casar amanhã e você está fazendo o papel de vadia nessa história. Você está fazendo tudo errado mais uma vez. Vire-se e volte para casa. Você não quer ser lembrada como uma destruidora de lares, você não quer perder o emprego, você não quer nada disso.

E, ao mesmo tempo em que eu concordava com essa parte racional, minha parte emocional entrava em ação e tornava tudo mais claro e mais decisivo. O único argumento emocional que eu tinha contra minha própria razão era: não quero que nada de ruim aconteça, só quero ficar com Victor nesse momento. Cansei de ser forte, cansei de lutar, só quero ficar com Augusto.

Segundos depois, eu já estava na frente da suíte de Victor. Não precisei tocar a campainha e nem bater na porta, ele já estava me esperando. Mas ao invés do que eu esperava, ele não tinha uma expressão vencedora, ele não parecia estar feliz por ter me arrastado até lá. Ele parecia quase tão triste e dividido quanto eu, e foi por essa razão que ele não me perguntou por que eu estava chorando. Por essa razão, ele simplesmente abriu os braços e eu me afundei nele, imersa em todo o seu ser e toda a sua plenitude.

— Não achei que você ia aparecer — ele sussurrou em uma voz triste — Uma parte de mim ainda tinha esperanças, mas achei que fosse você seguir com o seu plano.

— Não sei o que me fez vir aqui — sussurrei de volta, com tranquilidade — Só sei que também não conseguia me ver passando a noite com qualquer um que não fosse você.

— Bárbara, eu... - Victor puxou meu rosto e me fez encará-lo nos olhos — Eu não sei o que te dizer, me desculpe por tudo que eu já te fiz, por ter te arrastado para dentro desse caos...

Coloquei meu dedo indicador em seus lábios e neguei com a cabeça.

— Não vamos falar disso agora. Eu vim aqui para estar com você, não quero que mais nenhuma briga aconteça — murmurei.

Victor assentiu com a cabeça. Nós entramos na suíte e eu fechei a porta atrás de mim com o pé. Caminhamos juntos até o quarto, os corpos ainda colados e os pés se embolando. Augusto segurou meu rosto e encostou os lábios nos meus. Um calor se espalhou pelo meu corpo inteiro e eu me senti viva de novo, como não me sentia há muito tempo. Eu sabia que sentia falta de Victor, mas não sabia que sentia tanta faltaassim.

Amor, Sexo e Casamento Onde histórias criam vida. Descubra agora