GP de Mônaco •
Narração: Allana Senna— Pronta, Allana? — Ouvi a voz de Lorenzo me chamando.
— Só mais um minuto! — Gritei.
Os Leclerc — Charles e Lorenzo — e os Schumacher me fizeram sair de casa em uma noite preguiçosa para a festa. Ninguém se importa com a pandemia pelo o que estou vendo.
E bem, se for pra sair de casa desarrumada, eu nem vou. É claro que a produção seria exagerada e maravilhosamente perfeita. Meu vestido de seda não falhou nessa missão e me deixou uma tremenda gostosa.
Eu me comeria.
Passei meu perfume e ok, estava cem por cento pronta. Peguei a bolsa de ombro e coloquei algumas necessidades nela, documentos, gloss, remédio, calcinha caso eu dormir em outro lugar, carteira, máscara descartável, álcool em gel, maquiagens, elástico para prender o cabelo e fotos do meu pai e do Jules. Geralmente eu fico com muita saudades quando bebo, não é atoa que eu evito o álcool.
Abri a porta do quarto e já fui descendo as escadas. Eu já estava me sentindo perfeita, mas agora com o olhar de Lorenzo, céus, estou me sentindo fantástica! Ao chegar no último degrau, dei uma voltinha, sorrindo largamente para o meu amigo fiel.
— Você não cansa de ser perfeita? — Lorenzo caminhou até mim e me estendeu a mão — Se eu tivesse um filho de cinco anos e fosse engenheiro igual você, provavelmente estaria com a maior cara de velho.
— Não viaja, você é lindo! — Apertei sua bochecha — Alguém viu meu celular?
— Tirei do carregador agorinha, toma! — Charles me mostrou meu aparelho e eu peguei, o jogando dentro da bolsa — Vou buscar a Charlotte, nos vemos na festa.
— É, pelo que vemos hoje é só nós dois.
— É, Lolo, só nós dois.
Fomos à garagem e entramos no carro que agora pertencia a Lorenzo, chegamos bem rápido a festa que era a beira mar, assim como minha casa. Descemos do carro e coloquei minha máscara, passei álcool nas mãos e segurei o braço de Lorenzo. O segurança mediu as nossas temperaturas com o termômetro e podemos entrar tranquilos na festa.
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Saudades - Max Verstappen (F1 - 01)
RandomEmbora o ambiente da Fórmula 1 não fosse o lugar mais machista no mundo dos esportes, ainda sim era difícil ser mulher e trabalhar nesse meio, ainda mais como engenheira mecânica. Porém, Allana, nunca abaixou a cabeça pra ninguém além de sua mãe. E...