Embora o ambiente da Fórmula 1 não fosse o lugar mais machista no mundo dos esportes, ainda sim era difícil ser mulher e trabalhar nesse meio, ainda mais como engenheira mecânica.
Porém, Allana, nunca abaixou a cabeça pra ninguém além de sua mãe. E...
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Socar Azerbaijan GP, Baku City • 06/05/2021 | Narração: Allana
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Os dias em Mônaco foram ótimos, mas infelizmente a realidade me chamou de volta para a vida agitada de corridas.
Eu evitava Max a todo custo, e pra piorar a situação, a família Piquet chegou no treino livre, me deixando toda desconcentrada e me enchendo de perguntas desnecessárias.
Meu atual sonho é jogar um ¹macaco na cabeça do Nelson filho, eu só aturava a Penélope, ela é um doce de menina.
A corrida iria começar em alguns minutos, eu falava com meus mecânicos, o carro estava livre de problemas e tínhamos tudo para vencer.
Meu humor estava nas alturas até a família de intrusos chegar, se eu descobrir quem foi que liberou a família entrar na garagem, nossa, eu quebro na porrada.
Dei um suspiro, caminhei para o outro lado e sentei na cadeira, olhando para a minha garagem. Hoje vai ser um dia cheio. Observei Horner, ele parecia estar tão cheio quanto eu, ele sentou ao meu lado.
— A família Piquet está aí, não quero distrações pro Super Max e muito menos deixar ele nervoso. Quem foi o palhaço que achou interessante deixar pessoas descer pro box enquanto estamos trabalhando? Palhaçada!
— Acredite, estou pensando a mesma coisa. Estou ficando louca, tá difícil trabalhar com Netflix e a família terrorista na minha cola.
— Você tá precisando de sexo.
— Realmente, estou mesmo. Fiquei sabendo que o Toto tá solteiro, acho que vou investir nele. O que acha, chefe? — Provoquei.
— Garota, eu te expulso daqui! — Sorriu, bagunçando meus cabelos.
— Você não vive sem mim, Horner — deitei minha cabeça no ombro do meu chefe.
— É, você não tá nada bem hoje. Tem certeza que quer trabalhar hoje? — Segurou minha mão — Eu posso ficar no rádio.
— Nem pensar. É Race Week, hoje é dia de gritar com o Max e ele obedecer.
