Embora o ambiente da Fórmula 1 não fosse o lugar mais machista no mundo dos esportes, ainda sim era difícil ser mulher e trabalhar nesse meio, ainda mais como engenheira mecânica.
Porém, Allana, nunca abaixou a cabeça pra ninguém além de sua mãe. E...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
• GP da França, Le Castellet 🇨🇵 • 20/06/2021 | Allana Senna 🩰
É, eu parei o mundo em pleno father's day. As pessoas estavam gravando até meus passos, sem contar que Kelly estava ao meu lado. Hoje os sites e perfis de fofoca vão lucrar bastante com o conteúdo que eu tô trazendo.
Tentei seguir meu caminho para o vip dos convidados da Red Bull. Foi difícil, mas eu consegui chegar. Subi os mínimos degraus e o segurança liberou minha entrada. Ainda não estava tão cheio, faltava uma hora e meia para a corrida, os pilotos saiam da drivers parade nesse momento.
— Eu vou atrás da Penélope. — Kelly avisou. — Se cuida, Mucilon.
— Você também. — Ela tocou meu ombro e seguiu atrás da filha.
— Mamãe! — Arthur correu e se jogou em meus braços, lugar onde sempre será dele. Abracei seu corpo enquanto suas pernas passavam pela minha cintura. Meu garotinho está crescendo, céus, quase não aguento mais com seu peso.
— Oi, amor da minha vida! — Beijei seu rosto, caminhando para onde ele estava sentado com a Ada. — O que estavam fazendo?
— Estávamos desenhando. — Sentei na poltrona que ele estava antes. Arthur se aconchegou no meu colo e deitou sua cabeça em meu peito.
— Hum, meu pequeno artista. — Passei a mão em seus cabelos. Ada me entregou uma folha de papel com um desenho feito com giz de cera.
Tinha quatro pessoas e um carro de F1. Entre as nuvens havia uma pessoa com asas e sorrindo. Abaixo estavam dois adultos e uma criança no meio, ao lado do homem de boné estava o carro. Já quero chorar.
— Podes explicar-me a tua arte, Rei Arthur.
— Esse é o papai Bi. — Apontou para o homem desenhado entre as nuvens. — Aqui é você e eu. — Apontou para a mulher e a criança no meio dos dois adultos, e depois apontou para o homem e o carro. — Aqui é o papai super Maxy e o carro que você fez pra ele.
Aí, meu Deus do céu. Ele acabou de dizer papai super Maxy. É até estranho ver como as borboletas no meu estômago parecem voar em felicidade e confusão agora. Elas não ficavam tão animadas dessa forma a muito tempo.
— Gostou, mamãe? — Perguntou e olhou para meu rosto. Seus olhinhos azuis estavam tão brilhantes e lindos. — Está chorando? — Segurou meu rosto com as suas mãozinhas e passou os seus polegares embaixo dos meus olhos, fazendo-me fechar os olhos e aproveitar do seu carinho.
— A mamãe está terrivelmente feliz hoje. — Lhe abri um sorriso sincero. — Seu desenho está lindo, eu gostei bastante e garanto que o Maxy também vai gostar.
— Quando chegarmos no hotel eu vou dar o meu desenho pra ele. — Segurou o papel e analisou sua arte. — Pode levar pra garagem com você? É pra dar sorte na corrida hoje e o papai Maxy subir no pódio.
