12 - Terceira noite de terror

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Levou algum tempo para que a casa fosse posta a venda novamente devido à investigações, afinal de contas, como podia um casal tão jovem morrer simultaneamente de infarto? Mas foi o que havia ocorrido. Nenhum dos dois possuía herdeiros, o que fez o casarão voltar novamente para as mãos do governo e ser comprado por uma família de seis pessoas e mais uma vez, os vizinhos sentiram um cheiro podre vindo da casa uma semana após a família se mudar, já que toda a família, do mais jovem, com vinte anos, ao mais velho, o pai de sessenta, estavam mortos da mesma forma: Infarto, provocado por medo, pavor, já que foram aterrorizados por Wei Wuxian do mesmo modo que o primeiro casal havia sido.

Mais investigações e boatos começaram a surgir da mansão depois da morte da família. As pessoas tinham pânico de passar na frente dela, evitavam sua calçada e a noite, passavam de carro na toda, pois juravam que às vezes viam alguém perambulando pelas janelas, alguém de cabelos compridos. As histórias eram cada vez piores e a mansão que todos desejavam ter para si, caiu no esquecimento e ninguém mais a quis por um longo tempo.

🌟🌟🌟

Levou três anos para alguém se interessar no casarão, que estava com um preço bem abaixo do preço que deveria ter para uma casa que seria vendida já mobiliada. Três anos de descida incessante de Wei Wuxian e aquela alfa e aquela ômega com certeza iriam provar do que ele era capaz agora que estava cheio de puro caos.

🌟🌟🌟

Elizabeth entrava na casa completamente encantada, com sua alfa logo atrás. As duas haviam vindo morar no Japão há dois meses em caráter de negócios e haviam se encantado pelo país, decidindo ficar e residir ali, já que o povo era diferente e melhor que os dos Estados Unidos.

_Liz, você parece uma criança pequena nesse lugar.

A ômega passou os braços em volta do pescoço da outra e a beijou.

_Eu amei o presente Mary, nunca vi um lugar tão lindo como esse. Apenas tenho algumas ressalvas de decoradora de ambientes. Não revire os olhos amor, você sabia que eu iria falar. Eles não deveriam ter modificado a mansão. Tiraram o piso inteiro de tábuas para colocar porcelanato e com certeza deveriam ter detalhes em gesso no teto que tiraram para pôr esses nichos de luzes indiretas. Eu gostaria muito de poder ver a arquitetura original desse lugar. – Elizabeth entrou num escritório e abriu um enorme sorriso – Pelo menos algo mantiveram aqui. Esse quadro é magnífico. Quem o pintou, parece que retratou a essência do modelo.

A ômega se aproximou mais da lareira e ficou uns bons minutos admirando o quadro enquanto Mary olhava o escritório num todo. Era um excelente lugar para se trabalhar.

_Amor, a moldura foi entalhada a mão. – disse despertando a curiosidade da outra.

_Esse quadro deveria estar na sala de visitas e não aqui nesse escritório. Ele é bonito e tem um ar antigo.

_Consegue saber de que século é?

_Apenas avaliando, mas posso te dizer que o chinês ali retratado em algum momento viveu na Europa por suas roupas. Não sei se ele é um alfa ou um ômega, mas tem uma beleza bastante incomum.

_Realmente... Mas minha alfa é mais bonita.

Mary sorriu e beijou Elizabeth. O beijo das duas se intensificou e quando deram por si, Elisabeth estava sobre a mesa do escritório, com a blusa erguida, sendo lambida de forma lenta num dos seios. Os gemidos dela ecoavam pelo escritório e corredor da casa, mas logo eles se converteram em um grito de pavor, que fez Mary sair de cima dela e a encarar.

_O que há!?

_Tem algo brotando do teto!

A alfa olhou para cima e viu uma mancha escura que não estava ali e estava aumentando e se assustou. Era bem possível que aquela casa que havia ficado fechada por anos tivesse desenvolvido ninhos de aranhas.

Coven (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora